quinta-feira, 11 de abril de 2013

Tripalium - Trabalho


 Mosteiro do Monteserrat

     Com a queda do Império Romano do Ocidente no ano 476, a Catalunha sofreu um vazio de poder, que foi preenchido prontamente pelos visigodos, povo germânico proveniente da Escandinávia. Apesar de suas origens bárbaras, os visigodos já haviam sido cristianizados e seguiam as leis romanas, o que facilitou sua adaptação às províncias romanas da Península Ibérica.
     Nesse século, foi feita a primeira menção ao famoso Mosteiro do Monte Serreado. Os visigodos dominaram toda a região até 711, quando ocorreu a invasão muçulmana da península, realizada principalmente por berberes do norte da África. Em 717, Barcelona caiu nas mãos dos muçulmanos.

     O Mosteiro de San Isidoro, popularmente conhecido como "La Trappe", localizada na cidade de San Isidro de Dueñas ( Palencia ), que as suas origens remontam, de acordo com alguns especialistas, o século VII, que foi restaurada após a Reconquista , durante o último terço do século IX como um mosteiro beneditino lêem-se nos seus primeiros textos citados a 15 de Fevereiro de 911 pelo primeiro rei de Leão, Garcia I. 
1073 - Doada ao mosteiro beneditino de Cluny , tornando-se um de seus Priorados e permanecem propriedade primeiro mosteiro de Cluny na Península e no centro das mudanças litúrgicas que substituiu o rito visigótico . O mosteiro é o principal mosteiro beneditino península alcançou seu esplendor até o Mosteiro de San Zoilo em Carrión de los Condes. Seu declínio ocorreu durante o século XIV, especialmente com a queda dos beneditinos na Península, até o século XV, é realizada a renovação e restauração do Reis Católicos, separando e juntando Cluny observância de San Benito, em Valladolid, e obtendo uma nova prosperidade.
     Contam-se diferentes desastres ocorreram ao longo dos séculos, como um incêndio em 1604 e a ocupação por tropas francesas na Guerra da Independência espanhola para uso como quartel e, eventualmente, ser abandonado como resultado do confisco de Mendizabal , em 1835 .

Entre muitas informações escritas, o que mais me aguçou entre  outras  curiosidades  foi Tripalium, que descreviam comunidades de eremitas 





Tripalium

Os frades eram homens calmos e lentos, sempre com grande afinco ao trabalho, ainda que voluntario, era sempre concebido como um castigo por reprimir a liberdade como aos escravos.
Sabemos que na antiguidade os povos esforçavam-se para apenas sobreviver. Competiam uns com os outros em lazer e caça. Esta maneira de pensar começou na época baixa medieval, sem que saiba quando, mas aparece documentada desde o tempo dos Carolíngios, e estendeu-se por alguns seculos, e com alguma graça, chegou aos nossos dias. Depois venho encontrar registos do seculo XI com novas ideias de filósofos e pensadores eclesiásticos, com a expressão idiomática, que, «Tem que se construir o mundo. Quem não trabalha não come.»
Como a palavra trabalho não existia no vocabulário universal na época medieval, a não ser “tripalium”, leva a crer que no seculo XII começa-se a definir regras de trabalho e estatutos de ofícios, e que fosse dessa forma a ver a importância do labor que continha em si uma recompensa, visto que não só exigia o esforço lustroso e cansativo, mas saudável pela ocupação do tempo.

O trabalho apareceu com a implantação das ordens religiosas nas suas comendas, passando a ser uma via (insígnia) de resgate espiritual. Os cistercienses pela voz dos seus abades fizeram esquecer o antigo mito, de que trabalhar não era castigo como no tempo da escravatura, desde que fosse renumerado materialmente ou em valor monetário, apesar que, tinha também a criação contemplativa cheia de inercia, que movimenta a mente e, esta o corpo. Que o cansaço era necessário para renovação física para uma saúde vitalizante.

As primeiras ermidas por hábito eram construídas num terreno declive num pedaço de terra cultivado, sobre um telheiro quadrado ou oval, com um postigo ou gateira na porta, com janelas arejadoras que mal iluminavam. A iluminação era feita por velas de sebo dado ás de cera serem de fabricação cara, apesar dos grandes riscos de atear fogo aos madeiros utilitários e aos caibros que suportavam os telheiros de colmo


ISBN 978-989- 20- 1122-6
IGAC -1071
Autor Alves Fernandes