quarta-feira, 11 de maio de 2022

A toponímia must’arab / Moçárabe

 

A toponímia must’arab atesta esta convivência, que se prolongou muito para além das datas comummente definidas como balizas históricas, pois estas populações continuaram entre nós, numa frutuosa coexistência, muito depois de 1249 (conquista do Algarve) ou de 1496 (édito de expulsão dos judeus de Portugal).

Devoção entre os moçárabes, São Félix, Santo Adrião e Santa Natália,

https://stringfixer.com/pt/Mozarabic_rite

Assim, os cristãos moçárabes puderam venerar os seus santos (Santa Maria, S.

Vicente, S. Brás, S. Cucufate, S. Sisenando, S. Manços, Santa Iria, S. Paio, S.

Mamede…),

 

A única liturgia moçárabe referida na Sé Velha de Coimbra, onde, em certas ocasiões, se celebra missa no rito hispânico. (Coimbra, Lorvão, Vacariça, Anadia, Lafões, )

as comunidades falavam, na sua maioria,  idiomas românicos tradicionais e, simultaneamente, o árabe

Mesmo depois  da Reconquista, os milhares de árabes que viviam na península ficaram entre nós, uns como escravos, outros como forros ou livres.

D. Afonso Henriques deu carta de fidelitatis et firmitudinis às comunidades de Lisboa, Almada, Palmela e Alcácer do Sal.

: a partir do reinado de D. Pedro I, os

Mouros continuaram a residir na periferia das cidades, nas cerca de vinte mourarias ou aljamas, de que há notícia nos séculos XIV e XV.

a longa convivência tornou inevitável a entrada de numerosos arabismos na língua portuguesa, calculando-se que constituam cerca de 8% do nosso léxico.

Porta moçárabe, no interior do antigo mosteiro de S. Jorge de Milreus (1084), em Coimbra

técnicas do tijolo na construção das paredes;  ; os arcos de ferradura, os ogivados e os de “pleno cintro”;

janelas geminadas ou de ajimez;

Pavimentos de tijolo e / ou de azulejo;

 

Telhas vidradas e polícromas de inspiração oriental; - impossível

Ornamentação baseada em motivos florais estilizados e geométricos;

 Tectos de madeira concebidos segundo a técnica do alfarge:  lavor de alfarge, também denominado almoçárabe, dominou, aliás, toda a arte decorativa de interiores em Portugal, desde a conquista árabe até ao primeiro terço do Século XVIII.

Alarifes mouros, ou inscrição (já pouco nítida) nas paredes das igrejas.

 

 A instabilidade político-social e o clima de guerra civil que se vivia terá até levado algumas figuras proeminentes da sociedade goda a encorajar os Árabes a entrarem na Península. Alguns autores consideram que não terá havido “conquista da Al-Andalus (Hispânia) mas uma ocupação, conseguida com base na entrega espontânea das terras por visigodos no acordo motivado, pela vitalidade inovadora da civilização muçulmana. a debilidade e a falta de coesão do    estado visigodo-

Assim, na Hispânia, passaram a coexistir cinco grupos etnicossociais: os baladiyym, provenientes da Arábia, senhores da Ibéria e do norte de África;

 Mouros ou berberes da Mauritânia, parcialmente islamizados pelos árabes

Os muwalladim [muladis],  

 “ must’arab ou mustarib, ou submetido aos árabes, arabizado”; Hispano-godos ou hispano-romanos submetidos ao domínio muçulmano que viviam em comunidades separadas e dispunham de instituições e autoridades próprias.  os judeus, com os mesmos direitos que os moçárabes.

 

 Topónimos moçárabes que se relacionam com as características do terreno

Disseminados um pouco por toda a toponímia portuguesa, Arneiro(s), Arnado, Arnal, Arnela(s) e Arnosa (além de inúmeros compostos) são nomes de lugar.

Continuadores e derivados do latim ARENA ‘areia’, que também conservam -Nintervocálico, ao contrário das formas galego-portuguesas areia, areal, areeiro,

areosa…, também muito frequentes entre nós.

      Moçárabes (de musta’rab que significa “arabizados”), ou (entre os árabes), que são cristãos hispano-visigótica que viviam  em Al-Andalus,   adaptados a  alguns costumes árabes sem se converter ao islamismo, territórios conquistados pelos muçulmanos misturava-se com os muçulmanos no período que compreende desde a invasão árabe da Península Ibérica (711) até ao final do século XI.

( dom Juan Miguel Ferrer Grenesche, vigário-geral da Arquidiocese de Toledo,  especialista em rito moçárabe.)

Particularmente na região do antigo reino visigodo de Toledo. Povo com   uma liturgia  que nasceu no século IV, na península ibérica com o antigo reino visigodo de Toledo  com seu riquíssimo património.  chegou ao  nosso tempo.

 Podemos imaginar,  porém, que os Muçulmanos de  início não puderam influenciar os costumes e as crenças musta’rab, pois eram uma minoria militar e política e se limitavam a manter a situação sob controle.

Alguns cristãos de origem visigótica, não convertidos ao catolicismo pensaram em converterem-se ao arianismo fazendo-se muçulmanos. Quanto às  tentativas de converter os muçulmanos ao cristianismo, foi  uma    provocação.

  A interrogação está na  reforma gregoriana. Seria o fim do rito moçárabe  , em favor do rito romano?

    Mosteiro moçárabe de San Miguel Escalada levantado em 913 no lugar de uma pequena capela visigótica. a planta  e basilical , de três naves – inspirada em  igrejas pré-romântica . o ambiente é  muçulmano requintado – colunas e arquivoltas de  pedras , molduras de estuque , capiteis  e ornatos das arquitraves. As paredes e ladrilho de pedra em arquitectura moçárabe-muçulmano num  átrio isolado -  espaço  sagrado, distanciado de  uma aldeia de taipa com o reboco  barro  calcado com palha a descobrir-se sob ardência da luz intensa do sol, transformado em tom dourado.

     O Mosteiro de San Miguel de Escalada é um mosteiro espanhol que se localiza no Caminho de Santiago, relativamente perto da cidade de Leão, na província de mesmo nome, e do qual hoje apenas resta uma igreja.

     Em 973 o bispo de Astorga fez erguer numa aldeia perdida dos arredores de Ponferrada o templo de santiago de Penalva no meio da rusticidade de uma montanha com paredes de pedra solta que, contrastam com as colunas, arcos de ferradura e rendilhados ornados de estuque. As colunas são de rocha metamórfica do arcaísmo, extraídas das pedreiras locais.  

 Os monges de rito romano começaram, assim, a estabelecer-se na Espanha sob a protecção dos reis, e por isso os dois ritos, romano e moçárabe, passaram a conviver. Isso até o já citado Concílio de Burgos, de 1080, em que, sob a direcção da coroa de Castela, que com Aragão retomavam territórios dos árabes. Afonso VI, em 1085 expulsando os árabes.

 Fonte dos Alfanados (Viana do Castelo), Fanadia (Leiria), Vale Fanado (Beja) e Fanates (Coimbra) são alguns dos muitos topónimos relacionados com FANU ‘templo’ e com o verbo fanar, do latim FANARE ‘consagrar’, que, por influência hebraica, evoluiu semanticamente para ‘circuncidar’ e daí para ‘castrar, amputar’ —, sentido em que o verbo foi já usado por Fernão Lopes: «…mamdou tomar huus seis ou sete Portugueeses (…) e mandouhos todos deçepar das maãos e fanar dos narizes…»

(Crónica de D. João I, parte I, p. 382).

 

 qasr ‘fortaleza, palácio’,

Alenquer - topónimos híbridos em que o artigo árabe é anteposto ao nome latino, IUNCARIU ‘juncal’, locativo que, na época proto-histórica, se revestiria da forma iunquerio.

Tejo, do latim TAGU, terá evoluído, nos dialetos moçárabes, para *Tajo e Tejo,

Alvalade influência do árabe al-balat ‘zona plana, chão’.

Grândola, do latim GLANDULA, diminutivo de GLANDE

 Latina PALATIU ‘palácio’,

PINU ‘pinheiro’

Espichel (Setúbal), nome derivado de *espiche / espicho — Originário do cruzamento do latim SPECULA ‘atalaia’ e SPECULU ‘espelho’.

São Brás de Alportel - PORTELLU, diminutivo de PORTU ‘abertura, passagem entrada de um porto.

‘bouça; mata de carvalhos jovens’:-  Carvalhosa

Alcolombal e Columbeira - ‘pombal’ (pomba)

Calveiras, Calvaria(s)  Calves, Quinta de Calvel -  lugares de pouca vegetação,  tal como sucede com a forma popular covo ‘lugar sem vegetação’

Alcácer, Alcaçarias,  e Cacela   são topónimos românicos arabizados. veiculado pelo árabe qastallâ, deriva do latim CASTELLU

Alandroal e Barranco da Alandroeira assentam no nome da planta loendro (LORANDRU), a que se aglutinou a(l).  a denominação dos lugares onde abundam os alandros (‘arbustos ornamentais conhecidos por cevadilha’)

Feliteira, Feiteira, Feitos e  Feitoso - testemunham a abundância de fetos no nosso território.

Carapinha(s), Carapelhos, Carapinheira, Carapinhal  - *CARPA / CARPINUS ‘espécie botânica arbustiva / arbórea’.

Alpendrada (Setúbal) e Alpendurada(s) - morfologia inclinada dos terrenos.

Sine (s), Messines SINU ‘curva, concavidade, baía’.

Moreno (s) deriva do  latim MAURU ‘habitante da Mauritânia ( Mouro)

Espadana (s), Espadanal – derivam da planta   SPATHA -‘espátula; espada’, reportando-se, provavelmente, à planta cujas folhas estreitas e compridas se assemelham a uma espada.

Quando, em Abril ou maio de 711, Tarique atravessou o estreito de Gibraltar e desembarcou no promontório do Calpe, D. Rodrigo, o último dos reis godos reinava na Península Ibéria -  Al-Andalus –( nome que os árabes davam) e  três anos depois  passou para a posse dos   árabes .

“A debilidade, a falta de coesão por parte do estado visigodo, e a instabilidade político-social e o clima de guerra civil que se vivia terá até levado algumas figuras proeminentes da sociedade goda a encorajar os árabes a entrarem na Península. Alguns autores consideram mesmo que não terá havido uma “conquista” árabe, mas uma ocupação espontânea à civilização muçulmana. “

      Hispânia, passou a pertencer a cinco povos étnico-sociais: baladiyym, provenientes da Arábia; berberes da Mauritânia, parcialmente islamizados; os muwalladim [muladis], hispano-godos convertidos ao islamismo.

 

     Os judeus e os moçárabes (must’arab ou mustarib, que significa ‘submetido aos árabes, arabizado) com direitos específicos regidos pela comunidade árabe. Hispano-godos também submetidos ao domínio muçulmano, mas não assimilados. Viviam em comunidades separadas e dispunham de instituições e autoridades próprias. Os descendentes dessas populações homogéneas continuaram a viver em Al-Andalus muito depois de 1249 (conquista do Algarve) ou de 1496 (édito de expulsão dos judeus de Portugal).

     Mouros e sarracenos, Os topónimos de algumas vilas e aldeias com grandes comunidades são testemunhadas a presença de norte a sul do país:

Vilar de Mouros (Caminha), Eira dos Mouros(Monção), Mourosas (Cinfães), São Martinho de Mouros (Resende), Meda de Mouros (Tábua), Cova dos Mouros (Palmela), Horta dos Mouros (Almodôvar), Azinhal dos Mouros, Esteval de Mouros (Loulé), Cerro dos Mouros (Silves), Presa dos Mouros (Lagoa), Moura, Cabeço da Moura (Tomar), Mourão, Mouraria (Caldas da Rainha, Albufeira), Vale de Moura (Évora, Santarém), São Pedro de Sarracenos (Bragança), Serrazim (Vila Verde), Serrazina (Oliveira de Azeméis, Condeixa-a-Nova) …

     A “pegada” dos mollites, ou seja, dos muladis está igualmente marcada nos nossos nomes de lugar: Moldes (Arouca, Paredes de Coura, São Pedro do Sul, Viana do Castelo, Vila do Conde, Vila Nova de Famalicão), Cela de Moldes (Arouca) e Torre deMoldes (Barcelos).

      Os judeus nos legaram vários topónimos: Judeu (Loulé), Malhada do Judeu (Faro), Malhada dos Judeus (Moura), Monte do Judeu (Moura, Serpa, Fronteira), Monte dos Judeus (Arronches, Castelo Branco), Porto Judeu (Penela, Monchique), Vale de Judeus (Setúbal), Vale Judeu (Loulé), etc.

a presença das populações moçárabes está ainda assinalada na toponímia —Casal da Monservia (Loures), Casal de Monservia (Sintra), Moçarria (Santarém), Monçaravia (Alenquer), Monsarros, Vila Nova de Monsarros (Anadia), Monte de Monçarves (Viana do Alentejo) — e na antroponímia antiga: Maria Mozaraba, Petrus Mosarabe (1167), Dominicus Mozaravinus (1232).

Toponímia testemunha a presença de mouros  em Meda de Mouros (Tábua),

A “pegada” dos   muladis em São Pedro do Sul

 

E a presença das populações moçárabes está ainda assinalada na toponímia — Casal da Monservia (Loures), Casal de Monservia (Sintra), Moçarria (Santarém), Monçaravia (Alenquer), Monsarros, Vila Nova de Monsarros (Anadia), Monte de

Monçarves (Viana do Alentejo) — e na antroponímia antiga: Maria Mozaraba, Petrus Mosarabe (1167), Dominicus Mozaravinus (1232).

Alandroal – planta loendro  que se aglutinou a(l)

Alandros ‘arbustos ornamentais conhecidos por cevadilha’.  qasr ‘fortaleza, palácio’.

O latim  Altariu ‘altar; elevação onde se fazem sacrifícios’ é continuado, na

 Toponímia, do galego-português outeiro, que contrasta com a forma moçárabe alter, presente em Alter do Chão e em Alter Pedroso (Portalegre), onde se verifica aimela, passagem de [a] tónico a [e], bem como a apócope da vogal final.

Alvalade  -  topónimos híbridos, documentados a partir de 933: Albalat, Alualad, Alualati. Campo de Alvalade Grande e Campo de Alvalade Pequeno

Carapinha (s), Carapelhos, Carapinheira, Carapinhal e Carapeto(s)-

espécie botânica arbustiva / arbórea’. Anaptixe de [a], amplamente documentada em fontes moçárabes, onde é bastante frequente o aparecimento de uma vogal entre consoantes.

Qastallâ, deriva do latim Castellu

 Cabo Espichel (Setúbal), nome derivado de *espiche / espicho

Pax Julia dos romanos era vulgarmente conhecida por Pace,

TAGU, terá evoluído, nos dialetos moçárabes, para *Tajo e depois Tejo,

Brejo - *Bragu ‘terreno pantanoso, alagadiço’, de origem celta. documenta-se desde 1176

Benavente - é um nome que continua Aventi, o genitivo do nome próprio românico Aventus, ao qual se aglutinou o náçabe árabe ben.

 Viegas – nome romanizado  Egas , (corte de  espada’), também se aglutinou o náçabe árabe ben.  Uegas (1278)

Pai Viegas - Paio <- Pelaio – PELAGIU

Monte Aiseque, numa inquirição de D. Afonso III —

Monchique - está também presente atípica terminação moçárabe -ique.

 Ourique - nomes de lugar -radica no genitivo do antropónimo godo Auricus com  as formas antigas Oric, Ouric, Ourich, Aurich e Aulich)

Paleografia é o estudo de textos manuscritos antigos

 

Paleografia é o estudo de textos manuscritos antigos

 

Filologia: Conhecimento e interpretação dos testemunhos escritos; segundo dizia: O aprofundamento da paleografia, em termos técnicos, ou seja a pura e simples leitura não tem sentido prático. Ela é válida se relacionada com a investigação histórica, entendendo o sentido do que se quer dizer.

 O paleografo  de  olho acostumado através da prática que apura e traz a rapidez e o entendimento do documento da escrita e do sentido da ideia que  quer dizer…

Leva algum tempo a Comparar letras e palavras no mesmo texto ou em outras partes do documento, percebendo que seja da mesma pessoa. Com o cuidado redobrado  em encontrar a partes de interesse , eliminando as formas pétreas do texto processual.

 A escrita até ao Século XVI foi evoluída do latim. Traz diferenças significativas com a actual.

O início da paleografia enquanto ciência remonta ao século XVII.

Século XVII – pequenas mudanças, ou mudanças de significado e na maneira de escrever, com sons diferentes e significados diversos, um tanto  mesclado. Só nos séculos XVIII-XIX – a mudanças da escrita se aproximam da escrita do século XX.

– Mudanças significativas do seculo XIX

 

 Os documentos mais estudados pela paleografia são anteriores ao século XVIII. estudo das formas de escrita (cursiva, gótica, carolina...)

paleografia diplomática (estudo de documentos oficiais)

papirologia (estudo de papiros)

codicologia (estudo de códices).

 Epigrafia- Epigrafo-  estudo da escrita  sobre pedra.

 Paleontologia linguística, - Ciência natural que estuda a Vida do passado da Terra e seu desenvolvimento ao longo do tempo geológico

 

Bacelar, apelido de origem toponímia, usado do nome da torre com o mesmo nome na freguesia do Cerdal, termo de Valença.

Baldaia, é possivelmente uma alcunha.

Balsemão, origem toponímia da vila com o mesmo nome em lamego. Incorporada na casa dos morgados que no seculo XIX é atribuído o título de viscondes de Balsemão.

Barahona de origem toponímia de Espanha. Família que se fixou em cuba, Alentejo no seculo XVI, na quinta de Nossa Senhora da Esperança.

Bensaúde, vindo de judah Hassiboni ou Ben Saud, qou do seu filho Abraão Bensaúde.

Bernardes, apelido de origem patronímica que foi usado por famílias sem laços de consanguinidade

Bocanegra – boccanera- veio da alcunha de Misser Egidio Boccanera.

Bom é apelido de origem francesa que se fixou em Portugal.  

Borrego – borreco – alcunha assim como carneiro.

Botelho é derivado de uma quinta situada nas margens do rio lima. Em 1633 surge o conde de s Miguel Francisco Botelho. No seculo XIX é atribuído o título de visconde de Botelho a Nuno Goncalves de Arruda Coutinho Soares de Albergaria Botelho de Gusmão.

Braamcamp de origem holandesa. Hermano José Braamcamp, filho do João Braamcamp e de Maria Henriqueta van heck que residiram em Portugal ao serviço da Prússia.

 

O rico-homem veio a ser o homem bom

Alcoforado era alcunha a um bem cheiroso

Julgado de Azurara da beira fundado entre 1223 e 1245, hoje é do concelho de Mangualde

Antunes, usado por famílias sem nada em comum.

Alves é um nome abreviado do apelido Álvares usado por famílias sem nada em comum

- Adiceiro mineiro da Adiça

- Cíntio - O Sintrense

 Colinbriense =conimbriguense =

- Asteque- homem do México

- Çaloio- saloio; mouro convertido cristão. 

- Ilho-   de  Ílhavo.

 

Palavras de origem latina aparecem de duas formas distintas no campo destinado à etimologia. Sabendo-se que algumas eram transmitidas de geração a geração, por meio do latim falado, o qual foi sofrendo muitas alterações fonéticas e semânticas devido ao seu uso ininterrupto. Nesse caso, seguindo as pesquisas atuais da filologia românica, o étimo dos substantivos e adjectivos aparece no acusativo (sem apócope do -m), que é o caso lexiogénico das palavras de origem latina mais básicas das línguas românicas.

 Por vezes encontramos palavras rasuradas do latim clássico ou medieval, 

  (por exemplo, nas palavras terminadas em -ção não herdadas do latim vulgar e surgidas em movimentos de ampliação vocabular no final da Idade Média, por imitação de outras línguas românicas, como o francês e o espanhol, que usavam, respectivamente, -tione -ción). 

 Palavras vindas do tempo medievo sofreram alterações fonéticas especiais por terem tido, muitas vezes, rápida divulgação popular.

 Toda etimologia que possa ser reconstruída, embora falte documentação que a comprove, também virá com o asterisco, que é um símbolo tradicional para representar as reconstruções.

 Em latim, por vezes, marcam-se as diferenças de quantidade vocálica por meio dos mácrons (ā, ē, ī, ō, ū) e das braquias (ă, ĕ, ĭ, ŏ, ŭ).

 Jeira – terreno que uma junta de bois pode lavrar num dia.

 

Quando comecei a ouvir e ter a noção das palavras tinha medo de as dizer…a misturam-se na boca saindo com dificuldade.

Cheguei-me a convencer que para aprender português, primeiro havia que decorar a lista dos seus erros…

   Ouvia dizer: - Cartão-de-visita das pessoas levadas a sério era a etiqueta, que, passava pela apresentação de estar bem vestido, simpatia e boa disposição.

 

As pessoas passavam pelas regras da aprendizagem severa.

Conheci gente com diferentes Sociolectos em diferentes horas do dia, de acordo com a pessoa a quem se dirigiam. Por vezes tornando-se idiolectos, falando consoante as pessoas da sua família, do trabalho ou da política.

Conheci os que compunham bons textos - palavras com vários pesos e sonoridade- palavras com conotações diferentes. 

 

Dentro dos quatro grandes géneros literários estão os subgéneros literários, que descreveremos e detalhamos neste artigo para que você possa facilmente classificar os diferentes tipos de textos e escritos. La retórica los ha classificado em três grupos importantes: épico o narrativo, lírico y dramático, a los que se añade con frecuencia el género didáctico.

 

 As siglas são letras maiúsculas do alfabeto que, sozinhas, representam palavras completas

 

ADS – a Deus ou adeus; Frz = Fernandez; Alvrs =Álvares

B = beato;

D = dom; P = padre;  PNAM = Padre Nosso, Ave Maria

Jub. = jubilado; Mag. = majestade; igr. = igreja;

Sor = senhor; Sto = santo; Tam = tabelião; Cappam = capitão;

 ahera = a herdeira; aladra = a ladeira;  avangda = a vanguarda;

GEOTOPONÍMIA

 

GEOTOPONÍMIA

 L

 

LAGOA – O termo, vindo do latim lacuna, que, neste caso, se relaciona com uma área pantanosa tornada seca pelos invasores muçulmanos, com a finalidade de criarem terras férteis e habitáveis, deu nome à cidade e ao concelho do distrito de Faro. Lagoa é também o nome da cidade, sede de concelho, na ilha São Miguel, Açores.

LAGOS - Do latim lacus, lago, o termo refere a área pantanosa vizinha desta cidade, sede de concelho, do distrito de Faro.

LAJEDO – Lugar onde há muitas lajes, deu nome a esta freguesia na ilha das Flores, Açores.

LAJEOSA – Do latim laginosus, que alude a terreno de muitas lajes O termo deu nome a Lajeosa, freguesia do concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra; Lajeosa da Raia, no concelho do Sabugal (Guarda), Lajeosa do Dão, no concelho de Tondela (Viseu) e Lajeosa do Mondego, no concelho de Celorico da Beira (Guarda).

LAJES – O termo que alude a placas ou bancadas de rocha, deu nome à vila e sede de freguesia do concelho de Praia da Vitória, na ilha Terceira, Açores. O mesmo termo formou as vilas e concelhos de Lajes das Flores e Lajes do Pico, nas ilhas do mesmo nome.

LAMAROSA – O termo que alude a terreno lamacento (do latim lama, lodaçal, atoleiro, pantanoso), deu nome às três freguesias nos concelhos de Coimbra, Coruche (Santarém) e Torres Novas (Santarém).

LAMAS - O termo, que alude a terreno lamacento, deu nome às freguesias dos concelhos de Braga, Cadaval (Lisboa), Miranda do Corvo (Coimbra) e Macedo de Cavaleiros (Bragança), à aldeia do concelho de Ribeira de Pena (Vila Real), à vila do concelho de Santa Maria da Feira (Aveiro) e às freguesias de Lamas do Vouga, no concelho de Águeda (Aveiro) e Lamas de Mouro,  no concelho de Melgaço (Viana do Castelo).

LAMEIRAS – O termo, que alude a terreno lamacento, deu nome a uma freguesia do concelho de Pinhel (Guarda) e a uma localidade da freguesia de Terrugem, no concelho de Sintra (Lisboa).

LAMOSO – O termo, que alude a terreno lamacento, deu nome a uma freguesia do concelho de Paços de Ferreira (Porto).

LAPA DO LOBO - O nome provém da gruta (lapa) e deu nome a uma freguesia do concelho de Nelas (Viseu).

LAPAS – O nome provém das grutas (lapas), que se encontram junto a esta povoação, do concelho de Torres Novas (Santarém).

LAPEDO - Ou lugar de muitas lapas, deu nome de uma garganta profunda, em “canyon”, da ribeira do Sirol, escavada no calcário do Cretácico, na freguesia de Santa Eufémia, concelho e distrito de Leiria. O local ficou célebre por se ter encontrado ali o esqueleto de uma criança pré-histórica de há cerca de 25 000 anos.

 

LEZÍRIA - do árabe “al-jazira”, a ilha, designa uma região natural do Ribatejo, localizada na planície aluvial do Tejo, de grande aptidão agrícola.

LOMBA – O termo, comum nos Açores, refere uma cumeada arredondada e deu nome à freguesia de Lomba no concelho das Lajes, na Ilha das Flores, à freguesia de Lomba da Fazenda, no concelho de Nordeste, em São Miguel, e às freguesias de Lomba da Maia e Lomba de São Pedro, no concelho de Ribeira Grande, na mesma ilha.

LOUSA – No caso desta freguesia do concelho de Loures (Lisboa), o topónimo deve ser entendido como lápide, constando que, no passado, houve aí canteiros especializados no talhe destas pedras tumulares.

LOUSÃ – Uma das explicações possíveis para o nome deste concelho do distrito de Coimbra radica no termo latino “lausia”, que significa lousa ou ardósia, em alusão ao terreno de xisto onde se edificou o povoado que lhe deu origem.

LOUSADA - Uma das explicações possíveis para o nome deste concelho do distrito do Porto radica no termo latino “lausia”, que significa lousa ou ardósia, uma vez que esta rocha ocorre nas cercanias.

LOUSAL – Com raiz no termo latino “lausia”, que significa lousa ou ardósia, alusivo à natureza xistenta do terreno, deu nome à aldeia, nascida de um antigo couto mineiro explorado desde o final do século XIX, na freguesia de Azinheira dos Barros, concelho de Grândola (Setúbal).

 D

DAFUNDO - Localidade  que .José Pedro Machado supõe que  «alude à pouca profundidade  das águas do Tejo».

Douro, (do céltico “dur”), que significa curso de água.

 

M

 Miranda (latim “miranda) -  o que deve ser admirado

Miranda do Douro- curso de água que deve ser admirado

 MAFRA – O termo árabe “mahafr”, ‘covas’, através do português medievo, “Máfora”, deu nome a esta vila, sede de concelho no distrito de Lisboa.

MARINHA GRANDE - No caso desta cidade do distrito de Leiria, o termo marinha, sinónimo de salina, foi dado por colonizadores dos séculos XI e XII que demandaram esta região para trabalharem na extracção do sal.

MILFONTES (Vila Nova de) - Freguesia do concelho de Odemira, no distrito de Beja. Antes de ser Vila Nova de Milfontes, a localidade chamava-se, apenas, Milfontes em alusão a um número indeterminado de nascentes (fontes) existentes na região.

MIZARELA – Pequena e muito estreita queda de água junto à conhecida ponte sobre o Rabagão, deu nome a esta localidade, antiga freguesia do concelho e distrito da Guarda.

MONÇÃO – O nome desta vila, sede de concelho, do distrito de Viana do, Castelo, radica no latim “montianus”, termo relativo a monte.

MONCARAPACHO – O nome desta freguesia do concelho de Olhão, no Algarve, pode ser aglutinação do antigo nome Monte do Carapacho, termo espanhol que significa carapaça. Dizia-se que visto do mar, o cimo do monte lembrava uma carapaça.

MONCHIQUE – O nome desta vila e sede de concelho do distrito de Faro, parece vir do árabe “marjiq”, que quer dizer espinhoso, mas a origem do topónimo ainda não está determinada com segurança.

MONFORTE – O termo alude à fortaleza existente no topo de uma colina ou monte que deu origem a esta vila e concelho do distrito de Portalegre. A mesma alusão a um sítio fortificado deu nome a Monforte da Beira, freguesia do concelho de Castelo Branco, e a Monforte de Rio Livre, na freguesia de Águas Frias, no concelho de Chaves (Vila Real).

MONFURADO – Aglutinação de Monte Furado, é nome de um relevo situado entre Évora e Montemor-o-Novo, conhecido por Serra de Monfurado, em virtude das inúmeras cavidades aí existentes, quer grutas naturais em formações calcárias (por exemplo, a Gruta do Escoural) quer sanjas e galerias resultantes da prospecção e exploração de minérios de ferro, que remontam à época romana de que se conhece, por exemplo, a Mina dos Monges.

 

 

MONSANTO – Do latim “mons sanctus”, que significa monte santo, deu nome a esta aldeia, antiga freguesia do concelho de Idanha-a-Nova (Castelo Branco).

MONSARAZ – Admite-se que a palavra, resultante junção dos termos “Mon” e “Saraz”, evoca monte xarax que parece querer dizer pequeno relevo acima de um brenhal de estevas (xarax). O termo deu nome a esta freguesia do concelho de Reguengos de Monsaraz.

MONTALEGRE – Junção das palavras “monte” e “alegre”, sendo que esta última palavra se relaciona com lendas em que a alegria está presente. O termo deu nome a esta vila e concelho do distrito de Vila Real.

MONTALVÃO – Nesta freguesia do concelho de Nisa (Portalegre), o nome resulta da união das palavras “monte” e “alvão” que significa "monte muito alvo", em alusão à brancura deste pequeno relevo aquando de precipitações de neve.

MONTARGIL – Uma das várias explicações para o nome desta vila do concelho de Ponte de Sor, é a junção de monte e argila, dada a natureza barrenta do local.

MONTE - O termo, com o significado de elevação do terreno, deu nome a esta freguesia (antiga Nossa Senhora do Monte) do concelho do Funchal, situada no alto do anfiteatro que enquadra a cidade.

MONTE ABRAÃO – Antiga freguesia edificada numa imponente colina do concelho de Sintra (Lisboa), evoca o patriarca bíblico dos hebreus, fundador do monoteísmo de onde irradiaram o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.

MONTE GORDO – Freguesia do concelho de Vila Real de Santo António ……..a completar…

MONTE REAL – povoação nascida numa colina de dolomito do concelho de Leiria. Aqui tiveram habitação temporária D. Dinis e a rainha Santa Isabel, num Paço Real de que ainda restam vestígios.

MONTE REDONDO –Vila (desde 2004) do concelho de Leiria. Foi sede de uma freguesia extinta em 2013 e, em conjunto com Carreira forma uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Monte Redondo e Carreira, da qual é a sede. Monte Redondo é também o nome de uma freguesia do concelho de Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, e era o nome de uma freguesia do concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa, extinta em 2013 e integrada na União das Freguesias de Maxial e Monte Redondo.

MONTE TRIGO - Desconhece-se a origem toponímica desta Freguesia do concelho de Portel, embora algumas referências apontem como possível causa, as excelentes colheitas de trigo, que aquelas terras produziam.

MONTELAVAR – O nome desta freguesia do concelho de Sintra, significa monte alvar ou branco, em alusão ao calcário do Cretácico que ali tem sido abundantemente explorado.

MONTEMOR – Simplificação de Monte Maior, deu nome a Montemor, uma povoação de concelho de Loures (Lisboa), a Montemor-o-Novo, cidade e concelho do distrito de Évora, e a Montemor-o-Velho, vila, freguesia e concelho do distrito de Coimbra.

MONTESINHO – Com o significado de montanhês ou silvestre, o termo designa uma freguesia do concelho e distrito de Bragança.

MONTIJO – Uma das explicações do nome desta cidade e concelho do distrito de Setúbal é a de pequena elevação do terreno.

MOURA – O nome desta cidade, sede de concelho do distrito de Beja, radica no pré-romano “mor”, que significa monte.

 

N

 NAVE DE HAVER – De nave, no sentido de planura cercada de montanhas, e haberio palavra castelhana referente a animal de carga, gado ou conjunto de animais domésticos à disposição do senhor da terra. A expressão deu nome a uma freguesia do concelho de Almeida (Guarda). A Nave de Santo António, na Serra da Estrela, é um dos aspectos do processo glaciário que modelou o topo da montanha. A Nave do Barão é uma depressão cársica, de fundo plano (polje), no concelho de Loulé, no Algarve.

F

 FALÉSIA – Termo adaptado por tradução do francês “falaise”, designa um escarpado abrupto, no litoral, esculpido pela acção erosiva do mar na rebentação.

Ferraria – ( latim “ferraria) mina de ferro ou oficina de ferro.

FONTANELAS – Do latim “fontanela”, pequena fonte,

FONTINHAS – No século XVI, Gaspar Frutuoso caracterizava esta freguesia do concelho de Praia da Vitória (Terceira, Açores) como um “lugar de muitas fontes de pouca água”.

FRAGA – Do latim “fragum”, terreno escarpado ou penhascoso.

FUNDÃO – Região ou área afundada na paisagem. Há quem alegue que a palavra deriva do aumentativo do termo latino fundus (herdade ou quinta)

FURNAS - alude a aberturas no terreno repletas de água ou de lama quente.

 

G

 

GÂNDARA – Terra arenosa improdutiva. Em Portugal, são vários os topónimos alusivos a este termo. Gândara, nos concelhos de Paredes (Porto), de Mortágua (Viseu) e de Ponte de Lima (Viana do Castelo); Gândaras, freguesia do concelho da Lousã, (Coimbra); Amoreira da Gândara no concelho de Anadia (Aveiro), Gândara de Além no concelho de Leiria; Gândara dos Olivais no concelho de Marrazes (Leiria), Gândara de Espariz, freguesia do concelho de Tábua (Coimbra); Moinhos da Gândara no concelho da Figueira da Foz (Coimbra) e São Martinho da Gândara no concelho de Oliveira de Azeméis (Aveiro).

GRANJA - Terra de cultivo de cereais, deu nome a esta freguesia do concelho de Mourão (Évora).

 C

 CABEÇÃO – Aumentativo de cabeço, o termo deu nome à actual vila que teve a sua origem num povoado fundado pela Ordem de Avis, numa colina do concelho de Mora, no Alto Alentejo.

CABECEIRAS – Em termos de geomorfologia, cabeceira é o troço mais recuado de um vale fluvial ou glaciário, termo, por vezes, usado como sinónimo de nascente. Situada na bacia do rio Basto, Cabeceiras de Basto é uma vila e município no distrito de Braga.

CABEÇO – Na linguagem popular, cabeço é um monte relativamente pequeno e arredondado, característica geomorfológica que deu nome a Cabeço de Vide, vila e freguesia do concelho de Fronteira, no distrito de Portalegre.

CABO DA PRAIA – Freguesia do concelho de Praia da Vitória, na Ilha Terceira (Açores), situada numa saliência da costa oriental sobre o mar.

CACHÃO - Troço de curso de água acidentado provocando uma queda de água, o termo deu nome a uma aldeia pertencente à freguesia de Frechas, no Concelho de Mirandela, distrito de Bragança, banhada pelo rio Tua.

CACHOEIRA - Troço de curso de água acidentado provocando uma queda de água, acidente que deu nome a uma freguesia no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa.

CALDAS - Nome de um lugar onde nascem águas termais. O mesmo que termas. São exemplo de topónimos associados a este termo radicado no latim “caldu” (quente): Caldas da Rainha, sede de concelho no distrito de Leiria; Caldas da Saúde, no concelho de Santo Tirso, distrito do Porto; Caldas de Felgueiras, no concelho de Nelas, distrito de Viseu; Caldas de Monchique, no concelho de Monchique, no distrito de Faro, e Caldas de Vizela, no concelho do mesmo nome, distrito de Braga.

CALDELAS – O termo, de origem latina, refere pequenas fontes de água termal ("ela" é sufixo diminutivo). O termo deu nome a uma freguesia do concelho de Amares, distrito de Braga, e de uma outra no concelho de Guimarães.

CALEIRAS – Sítio onde ainda se explora o calcário e se localizam os antigos fornos de cal. Uma relíquia desta actividade artesanal situa-se numa bancada de calcário, intercalada nos xistos do Câmbrico, na freguesia de Urrós, concelho de Mogadouro, distrito de Bragança. Uma outra relíquia explorou uma bancada de calcário de Devónico, em Escusa, na freguesia de São Salvador da Aramanha, concelho de Marvão, distrito de Portalegre.

CALHAU – Na Madeira dá-se o nome de calhau às pedras de basalto, de vários tamanhos, arredondadas por acção do rebentamento da vaga no litoral. Calhau Grande é um local de veraneio  

CALHETA – Nas ilhas dos Açores e da Madeira o termo designa pequenas enseadas e deu nome a um concelho e uma freguesia na ilha de São Jorge, a uma freguesia, Calheta de Nesquim, no concelho das Lajes do Pico, na ilha do mesmo nome, a uma freguesia, Calhetas, no concelho da Ribeira Grande, em São Miguel, e a uma freguesia, São Mateus da Calheta, no concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira. Deu, ainda, nome a um concelho, Calheta, com duas freguesias, Arco da Calheta e Estreito da Calheta, na ilha da Madeira, e a uma aldeia na ilha e freguesia do Porto Santo.

.CALIÇOS – Horizontes do solo enriquecidos em carbonato de cálcio, de aspecto pulverulento. Este tipo de ocorrências deu nome a a uma localidade da freguesia da Conceição, concelho e distrito de Faro, a uma outra no concelho de Serpa, distrito de Beja, e um bairro da cidade de Albufeira, no distrito de Faro.

CAMPINAS - Nome dado a grandes extensões de terreno pouco acidentado e sem árvores. O termo deu nome a uma localidade da freguesia de Conceição, no concelho de Faro.

CAMPO MAIOR – A expressão alude à vasta planura onde se estabeleceu esta importante vila e município do distrito de Portalegre.

CANTANHEDE – O nome desta cidade, sede de concelho do distrito de Coimbra, radica no baixo-latim “cantonieti”, lugar onde se explorava pedra de cantaria (cantus em latim vulgar), através da forma medieval “Cantonhedi”.

CASCAIS – O nome desta vila e sede de concelho do distrito de Lisboa tem origem no facto de serem comuns por toda a praia os amontoados de cascas de bivalves (cascais). O topónimo radica no baixo-latim “cascales”, que significa amontoado de conchas.

CHÃ – Pequena extensão de terreno plano e horizontal a meio de uma vertente. Particularidade topográfica que deu nome a diversas localidades do país: Chã, uma freguesia do concelho de Montalegre, distrito de Vila Real; Chã, localidade na ilha do Pico, Açores; Vila Chã, freguesia do concelho de Alijó, distrito de Vila Real; Vila Chã, freguesia do concelho de Esposende, distrito de Braga; Vila Chã, freguesia do concelho de Fornos de Algodres, distrito da Guarda; Vila Chã, freguesia do concelho de Vale de Cambra, distrito de Aveiro; Vila Chã, freguesia do concelho de Vila do Conde, distrito do Porto; Vila Chã (recentemente renomeada para Vila Cã), freguesia do concelho de Pombal, distrito de Leiria; Vila Chã, lugar da freguesia de Telões, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real; Vila Chã, lugar da freguesia de Ventosa, concelho de Alenquer, distrito de Lisboa; Santiago de Vila Chã, freguesia do concelho de Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo; Vila Chã da Beira, freguesia do concelho de Tarouca, distrito de Viseu; Vila Chã de Braciosa, freguesia do concelho de Miranda do Douro, distrito de Bragança; Vila Chã de Ourique, freguesia do concelho do Cartaxo, distrito de Santarém; Vila Chã de Sá, freguesia do concelho de Viseu; Vila Chã do Marão, freguesia do concelho de Amarante, distrito do Porto; Terra Chã, freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira.

 CHÃO – Extensão de terreno plano e horizontal. O termo deu nome a pequenas localidades como Chão de Pias, na Freguesia de Serro Ventoso, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria; Chão de Codes, no concelho de Mação, distrito de Santarém, e Chão de Meninos, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa. Alter do Chão é uma vila e concelho alentejano do distrito de Portalegre, sede de município. Pensa-se que esta localidade terá tido origem num povoado Romano, apelidado de “Abelterium”, fundado a partir de um aglomerado da Idade do Ferro.

CHARNECA – Terreno inculto, deu nome a Charneca da Caparica, freguesia do concelho de Almada (Setúbal) e Charneca do Ribatejo, região natural da província do Ribatejo.

CHAVES - Do latim “Aquæ Flaviæ,” as Termas dos Flávios (os Imperadores da segunda dinastia do Império Romano), à qual pertencia Vespasiano, fundador desta cidade, sede de município do distrito de Vila Real.

COLOS – Dá-se o nome de colo a uma passagem entre montes. A origem do nome desta vila e freguesia do concelho de Odemira, distrito de Beja, poderá estar relacionada com a morfologia do terreno.

CONHAL DO ARNEIRO - No Alentejo, localiza-se no topo norte da freguesia de Santana, no concelho de Nisa, distrito de Portalegre. Deve o nome à grande concentração de conhos (grandes calhaus rolados) removidos dos terraços do Tejo, deste épocas remotas, na procura e exploração do ouro.

COVA DA BEIRA – Em termos geomorfológicos, o nome refere uma vasta depressão (cova) na Beira Baixa, no distrito de Castelo Branco, entre a serra da Estrela, a oeste e a norte, a serra da Gardunha, a sul, e a serra da Malcata, a leste.

COVA DA IRIA – Grande dolina (depressão pouco profunda, arredondada a ovalada, própria das regiões calcárias, resultante da dissolução do carbonato pelas águas pluviais ou do colapso de uma porção de terreno) no Maciço Calcário Estremenho. Local ocupado pelo Santuário de Fátima, no concelho de Ourém, distrito de Leiria.

COVÃO – O topónimo alude a um local afundado na topografia do terreno, como é o caso de Covão da Ponte, no concelho de Manteigas, distrito da Guarda, e de Covão do Lobo, no concelho de Vagos, distrito de Aveiro.

COVAS - O topónimo alude a um local afundado na topografia do terreno, como é o caso desta freguesia do concelho de Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo.

COVAS DE FERRO (SINTRA)

COVILHÃ – O nome desta cidade, sede de concelho, do distrito de Castelo Branco, pode ter origem no baixo-latim “Villa Covelian", ou seja, a quinta das covas.

COVOADAS – O termo, que significa depressão no terreno, deu nome a esta freguesia do concelho de Ponta Delgada, em São Miguel (Açores), localizada numa região fundeira.

COVÕES - O termo, que significa depressão no terreno, deu nome a esta freguesia do concelho de Cantanhede.

 B

 BAGACINA – Localidade da freguesia das Doze Ribeiras, Concelho de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Açores, cujo nome do material piroclástico (bagacina, na designação regional, ou lapilli, na versão italiana, internacionalizada), constituído por fragmentos (com dimensão convencionada entre 2 e 64 mm), expelidos na sequência de episódios de actividade vulcânica explosiva.

BAIRRADA - Região que ocupa os concelhos de Anadia, Mealhada e Oliveira do Bairro, e parte dos de Águeda e Cantanhede. Pode aceitar-se que este tem a sua origem na palavra “barro”, por evolução deste termo para bairro. A mesma interpretação para Bairrada, localidade da freguesia de Fontes, no concelho de Abrantes distrito de Santarém .

 BAIRRO (Oliveira do) – Cidade e município do distrito de Aveiro, cujo nome, aceita-se, tem a sua origem na palavra barro, por evolução deste termo para bairro. A mesma explicação para Óis do Bairro, Paredes do Bairro, S. Lourenço do Bairro, Ventosa do Bairro e Vilarinho do Bairro, localidades e freguesias do concelho de Anadia (Aveiro).

BARRA - Nome de barra a uma acumulação de material essencialmente arenoso, neste caso, na desembocadura do Tejo, onde é comum haver uma faixa de rebentação, induzida pela diminuição da profundidade. O termo deu nome a São Julião da Barra, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, e Praia da Barra (onde desagua a ria de Aveiro), na freguesia da Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo, distrito de Aveiro.

BARRANCO DO VELHO – Num sulco ou colo de passagem na travessia da Serra do Caldeirão, cresceu esta localidade da freguesia de Salir, no concelho de Loulé, no Algarve.

BARRANCOS – É o nome dos sulcos ou regueirões ramificados e mais ou menos profundos, escavados nas encostas dos montes. Este tipo de acidentes erosivos abertos pela escorrência das águas pluviais deu nome à vila e ao município raiano do distrito de Beja.

BARREIRO – Terreno barrento ou sítio onde se explorou ou explora barro. O termo deu nome à cidade e ao município do distrito de Setúbal, frente a Lisboa, na outra margem do Tejo.

BARREIROS - O termo, que refere os sítios onde se explorou ou explora o barro, deu nome à Freguesia do concelho de Amares, distrito de Braga.

BARRINHA de Esmoriz – Diminutivo de barra, barrinha é um pequeno cordão de areia em águas pouco profundas, resultante de acarreios fluviais ou de correntes litorais (deriva). Esta restinga junto à cidade de Esmoriz, no Concelho de Ovar, distrito de Aveiro, fecha uma laguna.

BARRÔ – Relacionado com barro, o termo deu nome a uma freguesia, do concelho de Águeda (Aveiro), a uma outra, do concelho de Resende (Viseu) e a uma localidade da freguesia do Luso, concelho da Mealhada, distrito de Aveiro.

BARROCA – O termo, que alude a um sulco no terreno, à semelhança de barranco, deu nome a uma freguesia do concelho do Fundão, no distrito de Castelo Branco.

BARROCAL – Termo simultaneamente usado para designar terreno onde há barrancos ou barrocas e para referir terreno onde há muitos penedos ou barrocos. No Algarve, o nome refere uma região natural, entre a faixa litoral e a serra, caracterizada quer do ponto de vista geológico (por terrenos maioritariamente calcários mesozóicos) e geomorfológico, quer no que diz respeito à biodiversidade e à ocupação humana. Barrocal é uma freguesia do concelho de Pombal, distrito de Leiria. Barrocal do Douro é uma aldeia da freguesia de Picote, concelho de Miranda do Douro, distrito de Bragança.

BARROS – O termo que, no plural, alude a um terreno argiloso lamacento, deu nome a uma freguesia do concelho de Vila Verde, distrito de Braga e a uma outra – Azinheira de Barros - no concelho de Grândola, distrito de Setúbal. O termo, no plural, alude a um terreno argiloso lamacento.

BARROSO - O termo, que alude ao terreno barrento, lamacento em tempo de chuva, deu nome a Alturas do Barroso, aldeia do concelho de Boticas, distrito de Vila Real e Covas do Barroso, aldeia do mesmo concelho e distrito.

BELMONTE – Contração de belo monte. O termo alude à beleza paisagística de um relevo ou monte, dando, assim, o nome à vila e município do distrito de Castelo Branco, na sub-região da Cova da Beira.

BICA – Nome de bairro da cidade de Lisboa. Deriva de uma fonte cuja água fluía ruidosamente para um tanque do século XVlll, no Pátio de Broas ou Vila Pinheiro, nesta cidade.

BISCOITOS – Nos Açores, designa uma lava escurecida, recente, de superfície irregular, ruiniforme, também conhecida, localmente, por queimada, onde é frequente o cultivo da vinha e, eventualmente, da figueira. O termo refere uma freguesia do concelho da Praia da Vitória, na Ilha Terceira.

BOLIQUEIME – Palavra de origem italiana, que significa "olhos d' água", deu nome a uma freguesia do concelho de Loulé. O termo começou por referir um povoado nascido junto de uma importante fonte (os referidos "olhos d'água") onde genoveses, venezianos e sicilianos que, nos séculos XIII, XIV e XV, demandavam a costa algarvia para a pesca do atum e da baleia, iam abastecer-se da indispensável água potável.

BOMBARRAL - Vila e concelho do distrito de Leiria deve o nome à variante contracta de monte barral, isto é, monte de solo barrento.

BREJO – O termo, que refere um terreno alagadiço, pantanoso, deu nome a Brejo Cimeiro, na freguesia de Cernache do Bom Jardim, concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, a Brejo Cimeiro e Brejo Fundeiro, no concelho de Vila de Rei, no mesmo distrito, e a Brejos de Azeitão, no concelho de Setúbal.

BURACAS – No sentido geomorfológico de abrigo sob rocha, são pequenas reentrâncias de desenvolvimento horizontal abertas em vertentes calcárias abruptas (canhões). A sua origem está relacionada com o esventrar do maciço calcário pelo aprofundamento de um vale que intersectou antigas galerias e salas subterrâneas. Um exemplo deste tipo de acidentes flúvio-cársicos encontra-se no Vale das Buracas, junto à aldeia de Casmilo, no concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra.

BURGAU – Termo francês, de origem obscura, usado como sinónimo de seixo ou calhau rolado. Deu nome a uma localidade e praia algarvias do concelho de Vila do Bispo, no Algarve.

 

O

 

ODECEIXE – Neste topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta freguesia do concelho de Aljezur, no distrito de Faro, é o Rio Seixe.

ODELEITE - Neste topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta freguesia do concelho de Castro Marim é rio com o mesmo nome.

ODELOUCA - Neste topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta localidade de freguesia e concelho de Silves, no distrito de Faro, é o rio com o mesmo nome.

ODEMIRA - Neste topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta freguesia do concelho de Aljezur, no distrito de Faro, é o Rio Mira.

ODIÁXERE - Neste topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta freguesia do concelho de Aljezur, no distrito de Faro, é a ribeira do mesmo nome.

ODIVELAS – Pode admitir-se a decomposição da palavra nos elementos “odi” (do árabe “wadi”, rio) e “belis” (do pré-romano, negro, escuro). A palavra deu nome à cidade e município do distrito de Lisboa e à freguesia do concelho de Ferreira do Alentejo, distrito de Beja.

OLHÃO - Cidade e município do distrito de Faro. Diz-se que o termo, terá derivado da palavra árabe, «al-hain», que significa fonte nascente, e que sofrendo as modificações fonéticas e fonológicas, naturalmente terão levado ao aparecimento do termo “Alham”, depois “Olham” e, finalmente, Olhão. Na versão popular e segundo velhos testemunhos, Olhão é o aumentativo do substantivo comum "olho", com origem num grande "Olho de Água" (fonte, nascente ou poço de grande caudal), já que na zona existiam abundantes olhos de água, o que originou a construção das primeiras "palhotas", feitas em cana e colmo.

OLHOS D’ÁGUA – Expressão sinónima de nascente deu nome a esta freguesia do concelho de Albufeira, no Algarve.

ORCA – O nome desta freguesia do concelho do Fundão (Castelo Branco) está relacionado com uma possível anta (dolmen ou orca).

OUTEIRO – Do latim “altare”, altar, o termo ganhou o significado de pequena elevação no terreno e deu nome a uma freguesia do concelho e distrito de Viana do Castelo e a outra do concelho de Montalegre, distrito de Vila Real. Outeiro da Cabeça é uma freguesia do concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa. Outeiro Pequeno é uma localidade da Freguesia de Assentiz, concelho de Torres Novas, distrito de Santarém. São Bartolomeu do Outeiro é uma freguesia do concelho de Portel, distrito de Évora. Aldeia de Outeiro é uma freguesia do concelho e distrito de Bragança.

 

 P

 PADORNELOS – Padornelo é uma forma arcaica de padrão que, por seu turno, é uma alteração de pedrão, grande pedra com a função de marco ou baliza. O termo deu nome a uma freguesia do concelho de Montalegre, distrito de Vila Real.

PATEIRA DE FERMENTELOS ou, simplesmente, Pateira - Lagoa localizada na junção dos concelhos de Águeda, Aveiro e Oliveira do Bairro, antes da confluência do Rio Cértima com o Rio Águeda. O termo alude a charco ou pântano com patos.

PAÚL – Termo com vários significados, com destaque para laguna, pântano, brejo, lamaçal, atascadeiro, atasqueiro, charco, lameiro, lodaçal, deu nome a Paúl, uma freguesia do concelho da Covilhã (Castelo Branco), e a uma localidade da freguesia de São Pedro e São Tiago, no concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa. Serviu de elemento toponímico de São Vicente do Paúl, uma freguesia do concelho de Santarém; Paúl do Mar, uma freguesia do concelho da Calheta (Madeira), a um sistema lagunar, Paúl da Tornada, no concelho de Caldas da Rainha (Leiria); a um outro Paúl de Arzila, nos concelhos de Coimbra, Condeixa-a-Nova e Montemor-o-Velho; Paúl do Boquilobo, nos concelhos de Torres Novas e Golegã distrito de Santarém; Paúl da Praia da Vitória, na Ilha Terceira, Açores, e Paúl da Serra, num planalto da Ilha da Madeira.

PEDERNAIS – Este topónimo alude à abundância de pedra à vista neste lugar da freguesia de Ramada, concelho de Odivelas, distrito de Lisboa.

PEDERNEIRA – Nome vulgar do sílex, está na base do topónimo de uma aldeia do concelho de Ourém, distrito de Leiria, e de um bairro na vila da Nazaré, no mesmo distrito. Pederneira, bairro da Nazaré.

PEDRA (Monte da) - O termo alude à abundância de pedra (granito) nesta freguesia do concelho do Crato, distrito de Portalegre.

PEDRA (Pico da) – neste caso, uma rocha basáltica, deu nome a esta freguesia do concelho da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel, Açores.

PEDRA FURADA – No caso das duas localidades do concelho de Sintra, uma na freguesia de Almargem do Bispo e outra na de Montelavar. O topónimo alude a paisagem cársica, nomeadamente às formas de lapiás esculpidas nos calcários do Cretácico. No caso do lugar que foi freguesia do concelho de Barcelos (Braga), está associado a uma lenda segundo a qual Santa Leocádia foi enterrada no povoado, mas a lápide uma abertura circular, por onde ela terá saído.

PEDRALVA - Contração de “pedra alva” (pedra branca), deu nome a uma freguesia do concelho de Braga e a uma aldeia, no concelho de Vila do Bispo, Algarve.

PEDRAS RUBRAS - Ou pedras vermelhas, lugar da freguesia de Moreira, concelho da Maia, distrito do Porto.

PEDRAS SALGADAS - Pedras de onde emanam águas termais ricas em carbonato de sódio, particularidade que deu nome a esta estância termal da freguesia de Bornes de Aguiar, concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real.

 PEDRAVEDRA – O elemento “vedra”, do latim “vetere” alude à antiguidade de uma pedra, formando assim o topónimo desta localidade da freguesia e concelho de Mondim de Basto, no distrito de Vila Real.

PEDREIRA - De pedreira, local de onde se extrai pedra, neste caso, calcário, deu nome a esta freguesia do concelho de Tomar, distrito de Santarém, e a uma outra do concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria.

PEDREIRAS - Aldeia do concelho de Sesimbra, situada a oeste da Serra da Arrábida, marcada pela intensa exploração de calcário.

PEDRINHA (Eira) - Lugar da freguesia de Condeixa-a-Velha, concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra. O nome tem origem no latim vulgar “area petrina”, que quer dizer “eira feita de pedra”. Neste caso, pedrinha é um adjectivo e não o diminutivo de pedra.

PEDRÓGÃO – Termo resultante da junção dos étimos latinos “petra” (pedra) e “granum” (grão), certamente alusivo à presença muito localizada de granito (rocha granular), no seio de outras rochas, deu nome à freguesia de Pedrógão, no concelho da Vidigueira (Beja), à vila e município de Pedrógão Grande, no concelho de Torres Novas (Leiria), à freguesia de Pedrógão Pequeno, no concelho da Sertã (Castelo Branco) e à freguesia de Pedrógão de São Pedro, no concelho de Penamacor (Castelo Branco).

PEDROGO – Termo alusivo a pedra, é topónimo de uma aldeia na freguesia de Vilar da Veiga, concelho de Terras de Bouro (Braga), e de uma outra, na freguesia de Carapeços, concelho de Barcelos (Braga).

PEDROSO – O mesmo que pedregoso, compõe o topónimo Alter Pedroso. O nome desta freguesia do concelho de Alter do Chão, do distrito de Portalegre, deriva do povoado romano “Abelterium”, edificado num relevo pedregoso a cerca de 400 metros de altitude, onde existiu um outro da Idade do Ferro. Com o significado “de feito de pedra”, deu nome a Pedroso, antiga freguesia com origem no Castro do Monte Murado (Castro Petroso), do concelho de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

PEDROUÇOS – O termo, que significa monte de pedras, deu nome a uma freguesia do concelho da Maia (Porto), a uma localidade satélite da cidade de Alfena, no concelho de Valongo (Porto) e a um bairro de Lisboa.

PEDRULHA – O mesmo que cascalho, deu nome a uma antiga aldeia na periferia da cidade de Coimbra, hoje um bairro da cidade.

PEGÕES – Ou grandes pegos, do latim “pegalus", que significa retenção de água, ou poço, no leito de estiagem de um rio. O termo deu nome a esta freguesia do concelho do Montijo (Setúbal).

PENA - Nome de uma antiga freguesia do concelho de Lisboa, de uma aldeia histórica do concelho de S. Pedro do Sul (Viseu) e de um lugar da freguesia de Santa Luzia, no Funchal, no cimo de uma penha. São Miguel da Pena é uma freguesia do concelho de Vila Real e Pena Verde, uma freguesia do concelho de Aguiar da Beira (Guarda). Do latim “pinna” com o significado de pena, penedo, penha e penhasco, deu nome a uma série de localidades marcadas pela presença deste tipo de acidente fisiográfico.

 

PENACOVA - Vila e concelho do distrito de Coimbra. O topónimo, junção dos elementos “pena” (ou penha) e “cova”, alude ao relevo rochoso ali escavado pelo vale profundo do Mondego.

PENAGUIÃO (Santa Marta de) – O primeiro elemento do topónimo refere-se à padroeira da freguesia e o segundo parece vir do português antigo “pena do aguião”, ou “penha do aquilão” (do latim “aquilone”, o vento norte).

PENAFIEL – O nome, do latim “penna fidelis”, que significa penha fiel, evoca uma fortificação erguida num penhasco que nunca se rendeu, junto da qual cresceu esta cidade e município do distrito do Porto.

.PENAFIRME (Póvoa de) – O segundo elemento do topónimo desta localidade da freguesia de A dos Cunhados, no concelho de Torres Vedras (Lisboa) alude à pedra, no sentido de terreno firme, onde foi construído o novo convento.

PENAJOIA – Admite-se que o nome desta freguesia do concelho de Lamego (Viseu) queira dizer a Penha de Júlio, do latim “Pinna Julia”.

PENALVA DO CASTELO – Vila e sede de concelho do distrito de Viseu, deve o nome à existência de uma fortificação, de que há vestígios, erguida sobre uma penha esbranquiçada (alva).

PENAMACOR – O nome desta vila e município do distrito de Castelo Branco, segundo a lenda, teve origem num célebre salteador de nome Macor que tinha abrigo numa caverna num rochedo referido por “Penha de Macor”, de onde o topónimo.

PENAS RÓIAS – O topónimo desta freguesia do concelho de Mogadouro (Bragança) significa penas ou penhascos de cor avermelhada, certamente inspirado na cor das pinturas deixadas nos quartzitos (sobre que assenta o que resta do velho castelo) pelos nossos antepassados do final da Idade do Bronze, início da Idade do Ferro.

PENEDONO – Freguesia e concelho do distrito de Viseu, que data do século X, referido na forma “Pena de Dono”, o que quer dizer, segundo a opinião mais consensual, Penha ou Castelo de Dono, sendo Dono um nome pessoal, vulgar na época.

PENELA – Vila e sede de concelho do distrito de Coimbra. Na origem, de raiz latina, o topónimo significa penha pequena, mas com o passar do tempo, passou a querer dizer fortificação, aludindo ao castelo sobre ela erguido em começos do século XI.

PENHA GARCIA – Nesta freguesia do concelho de Idanha-a-Nova (Castelo Branco) o elemento “penha” alude, sem dúvida, às fragas de quartzito, com 490 milhões de anos (Ordovícico) que encimam o relevo local. O elemento “Garcia” tem sido explicado como sendo o nome de um tal Garcia Mendes, senhor das terras envolventes, no século XIII.

PENHAS - O termo “penha”, do latim “pinna”, alude aos grandes afloramentos rochosos ou fragas, como os das Penhas Douradas e das Penhas da Saúde, no concelho da Covilhã (Castelo Branco) e as das Penhas Juntas, freguesia do concelho de Vinhais (Bragança).

PENHASCOSO - Lugar de muitas penhas deu nome a esta freguesia (antiga Panascoso) do concelho de Mação, distrito de Santarém.

PENICHE – Cidade e concelho do distrito de Leiria, cujo nome se admite derivar de “pen insula”, ou seja, quase ilha.

 PENINHA – Diminutivo de penha, deu nome a um sítio turístico na Serra de Sintra, no distrito de Lisboa.

PERA – Forma arcaica de pedra, deu nome a esta antiga freguesia do concelho de Silves, no Algarve. Associada ao mesmo topónimo, Armação de Pera é uma antiga comunidade piscatória desenvolvida na dependência da citada povoação de Pera, iniciada com uma armação de pesca ao atum e hoje conhecida como uma importante localidade turística com praia. Igualmente, Castanheira de Pera é uma vila e concelho do distrito de Leiria. O seu primeiro nome, até meados do século XIX, foi Castanheira de Pedrógão.

PERABOA – Admite-se que o termo alude a pedra de boa qualidade, dando nome a uma freguesia do concelho da Covilhã.

PERAFITA - Ou pedra erguida (fita), alude, em particular, a um monumento megalítico do tipo “menhir” e deu nome a uma antiga freguesia do concelho de Matosinhos, distrito do Porto.

PERALVA – Ou pedra branca (alva), deu nome a uma localidade do concelho de Tavira (Faro) e a uma freguesia do concelho de Tomar (Santarém).

PERAMANCA – Ou pedra tombada, alude, em particular, a um monumento megalítico do tipo “menhir” caído (manco). O termo deu nome a uma quinta com capela, São José de Peramanca, nos arredores da cidade de Évora.

PERA VELHA – O nome desta freguesia do concelho de Moimenta da Beira, (Viseu), alude às grutas naturais abertas na rocha, que deram habitação aos primeiros ocupantes da região.

PEROLIVAS – Freguesia do concelho de Reguengos de Monsaraz. O termo deriva de “pera”, nome arcaico de pedra, e “oliva”, nome latino da azeitona, e refere pedras da cor deste fruto da oliveira, neste caso os xistos verdes em resultado de metamorfismo de vulcanitos.

PIÇARRAS – Termo popular que tanto alude terra areenta com pedras, como a xisto e ardósia. No caso de Piçarras, aldeia da freguesia e concelho de Castro Verde (Beja), o topónimo refere o terreno de xisto do Carbónico marinho do Alentejo. No da aldeia da freguesia e concelho de Vendas Novas (Évora), alude ao terreno arenoso do Pliocénico da Bacia do Tejo-Sado.

PICO – Relevo pontiagudo como é o do vulcão compósito que deu nome a uma das nove ilhas do arquipélago dos Açores e às vilas e concelhos de Lajes do Pico e São Roque do Pico, nesta ilha.

PICO DA PEDRA – Nesta freguesia do concelho da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel (Açores) termo “pico” refere os relevos rochosos salientes na paisagem local. O pico junto do qual se estabeleceu esta freguesia é o menos pronunciado, com apenas 234 metros de altitude.

PICO DAS TORRES – De natureza vulcânica, o segundo pico mais alto (1851 m) da ilha da Madeira, situado entre o Pico Ruivo e o Pico do Arieiro.

PICO DO ARIEIRO - De natureza vulcânica, é o terceiro pico mais alto (1818 m) da ilha da Madeira.

 PICO DO CARVÃO - É uma elevação de natureza vulcânica, com 813 metros de altitude, localizada no Maciço das Sete Cidades, na ilha de São Miguel, Açores.

PICO RUIVO - De natureza vulcânica, com 1862 m de altitude, é o pico mais alto da Ilha da Madeira e a terceira montanha mais alta de Portugal, depois do vulcão do Pico, nos Açores, e da Serra da Estrela, no continente.

PONTA DELGADA – Neste e noutros topónimos das Ilhas portuguesas, o termo “ponta” designa o que, no continente é referido por cabo, ou seja, uma saliência, alcantilada ou não, da linha de costa. Esta cidade, na Ilha de São Miguel (Açores) “é assim chamada por estar situada junto de uma ponta de pedra de biscouto (lava escurecida recente, de superfície irregular, ruiniforme), delgada e não grossa como outras da ilha, quasi raza com o mar” escreveu Gaspar Frutuoso, no século XVI. Semelhante explicação, justifica o topónimo Ponta Delgada dado a uma freguesia do concelho de Santa Cruz, na Ilha das Flores (Açores). No concelho de São Vicente (Madeira), a freguesia de Ponta Delgada, na costa norte da ilha, deve o nome a um imponente promontório.

PONTA DO PARGO - No extremo oeste da Ilha da Madeira, o alcantilado cabo deu o nome a esta freguesia do concelho da Calheta.

PONTA DO SOL - Freguesia e sede de município da costa sul da Ilha da Madeira localizada numa reentrância do litoral com praia de calhaus, do lado oriental de um promontório rochoso.

PONTA GRAÇA - É uma freguesia do concelho de Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel.

PORTALEGRE - Contracção de “porto”, no sentido de 'passagem', e “alegre”, numa alusão à beleza da paisagem, deu nome a esta cidade sede de município do Alto Alentejo.

PORTEL – Vila e concelho do distrito de Évora, este topónimo radica no latim “portellus”, com o significado de pequeno porto, no sentido de passagem entre montes.

PORTELA – Com o significado de pequeno porto, no sentido de passagem entre montes, deu nome a uma freguesia concelho de Loures, distrito de Lisboa. Efectivamente portela é um acidente geomorfológico correspondente ao ponto mais baixo (depressão) entre dois picos pertencentes à mesma cadeia de montanha e que é aproveitado para passar de um lado, de um vale, para o outro, outro vale. Ou seja, é usado como ponto de passagem entre dois vales. A Portela de Loures é mais conhecida por Portela de Sacavém ou simplesmente Portela. Até há pouco deu nome ao aeroporto Humberto Delgado. Há dezenas de portelas por todo o país. Portela do Homem, Terras do Bouro, Braga; Portela da Viúva, Monchique, Faro. Garganta, porto, passo ou colo são outras designações para o mesmo tipo de acidente fisiográfico.

       Algumas portelas deram nome a freguesias:

Portela - freguesia no concelho de Amares;

Portela - freguesia no concelho de Arcos de Valdevez;

Portela - freguesia no concelho de Loures;

Portela - freguesia no concelho de Monção;

Portela - freguesia no concelho de Penafiel;

Portela - freguesia no concelho de Vila Nova de Famalicão;

Portela - lugar na freguesia de Santiago de Besteiros

Portela das Cabras - freguesia no concelho de Vila Verde;

Portela do Fojo - freguesia no concelho da Pampilhosa da Serra;

Portela Susã - freguesia no concelho de Viana do Castelo.

Portela - freguesia de S. Mateus, Graciosa. Curiosamente, nesta ilha existe uma elevação, anexa ao vulcão, que se designa de Portela.

Portela – localidade no concelho de Machico, Madeira.

PRAIA - Freguesia do concelho de Santa Cruz, na Ilha Graciosa. No local, a costa é rasa, com praia de areia na zona mais abrigada da baía.

PRAIA DA VITÓRIA – Esta cidade, sede de concelho localizada numa ampla baía, no extremo oriental da Ilha Terceira, Açores, deve o nome ao extenso areal, o único da ilha e o mais extenso do arquipélago, que ali se formou.

PRAIA DO ALMOCHARIFE – Esta freguesia do concelho da Horta, na costa oriental da Ilha do Faial, deve o nome à extensa praia de areia que ali se formou. Entenda-se por almoxarife o encarregado do local (almoxarifado) onde se guardam os materiais ou objectos destinados ao funcionamento de um estabelecimento público ou privado.

PRAIA DO NORTE - Esta freguesia do concelho da Horta, na costa virada a norte, na parte ocidental da Ilha do Faial, deve o nome à praia de areia que ali se formou.

PRAINHA – Esta freguesia do concelho de São Roque do Pico, na costa virada a norte, na Ilha do Pico, Açores, deve o nome à praia de areia que ali se formou.

A

 

ABRANTES – Cidade e sede de concelho do distrito de Santarém, cujo nome poderá estar relacionado com a ocorrência de ouro nas areias do Tejo, com base no étimo latino “aurum”, através da forma “Aurantes”.

ACHADA – O termo significa planura no alto de um monte. Como topónimo, é frequente na Macaronésia lusófona e refere as terras altas e aplanadas de origem vulcânica, no geral, de bons solos. Nos Açores, Achada é uma  freguesia do concelho de Nordeste, na Ilha de São Miguel. Na Madeira designa sítios nas freguesias: da Camacha, no concelho de Santa Cruz; do Campanário, no concelho da Ribeira Brava; do Curral das Freiras, no concelho de Câmara de Lobos; do Porto da Cruz, no concelho do Machico; de Porto Moniz, no concelho do mesmo nome; de São Roque, no concelho do Funchal. O mesmo termo compõe os topónimos ACHADA GRANDE em sítios das freguesias da Boaventura, no concelho de São Vicente; de Nossa Senhora do Monte, no concelho do Funchal; de São Jorge, no concelho de Santana.

ACHADINHA – O termo, que refere uma achada de pequenas dimensões, deu nome a esta freguesia do concelho do Nordeste, na Ilha de São Miguel (Açores) e a vários sítios na Ilha da Madeira, um na freguesia da Boaventura, no concelho de São Vicente; outro na freguesia da Camacha, no concelho de Santa Cruz; outro na freguesia de Gaula, no mesmo concelho; e outro, ainda, na freguesia de Porto da Cruz, no concelho do Machico.

ADIÇA - Antigo nome português sinónimo de mina de ouro ou de outros metais. O termo deu nome à antiga mina de ouro na região da Fonte da Telha, a norte da Lagoa de Albufeira, no Concelho de Almada, conhecida por Mina da Adiça e Mina do Príncipe Regente. Esta exploração ficou célebre por ali se ter procedido à lavra deste metal nobre, pensa-se que a partir do reinado de D. Sancho I até começos do século XX.

SOBRAL DA ADIÇA é uma freguesia do concelho de Moura, no Baixo Alentejo. Sobral é um terreno com sobreiros e Adiça alude a uma mina de ouro que houve na proximidade, pensa-se que, inicialmente, explorada por fenícios, depois pelos romanos e, por fim, pelos árabes.

ÁGUA D’ALTO – A expressão alude a uma queda de água, com cerca de trinta metros de altura, que deu nome a uma freguesia do concelho de Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel, Açores.

ÁGUA DE PAU – Sobre esta vila e freguesia do concelho de Lagoa (São Miguel Açores), escreveu Gaspar Frutuoso, no século XVI: "Água de Pau assim chamada porque, segundo alguns, indo por ali os antigos descobrindo a costa do mar, acharam uma ribeira que caía de um alto e não sabiam determinar se era pau, se água, mas chegando mais perto viram ser água que corria por um pau que ali estava derribado. Mas, segundo outros mais certos, vendo os primeiros descobridores da ilha cair pela rocha a água desta ribeira, curva e arcada, para o mar, lhe parecia pau por onde a água corria, e uns apostavam com os outros que era pau, outros que era água, até que chegando mais perto viram ser ribeira, e pela diferença que tiveram sobre ela, se era pau ou água, ainda que por pau não corria, lhe chamaram Àgua do Pau."

ÁGUA DE PENA – A origem do nome desta freguesia do concelho de Machico, na Ilha da Madeira, poderá estar relacionada com a existência duma fonte brotando da rocha, na medida em que pena (o mesmo que penha) é um afloramento rochoso.

AGUADA – Terreno alagadiço O termo deu nome a AGUADA DE CIMA, vila e freguesia do concelho de Águeda (Aveiro), e a AGUADA DE BAIXO, antiga freguesia do mesmo concelho.

AGUALVA – O termo radicado no latim aqua alba, começou por ser o nome de uma ribeira (também referida por ribeira das Jardas), em alusão à limpidez das suas águas. Deu nome à freguesia de AGUALVA-CACÉM, elevada a vila em 1985 e a cidade, em 2001. AGUALVA é, ainda o nome de uma freguesia do concelho de Praia da Vitória, na Terceira (Açores) e de três lugares no continente: um na freguesia de Arões, concelho de Vale de Cambra, outro na freguesia de Marateca, concelho de Palmela e outro na freguesia de Sabacheira, concelho de Tomar.

ALAGOA – Outra forma do termo lagoa no sentido de lago de pequenas dimensões. O termo deu nome a uma freguesia do concelho de Portalegre.

ALBUFEIRA – Do árabe “al-buhayrâ”, que significa baía de água salobra, quase completamente  isolada do mar por barras de areia. O termo deu nome a uma praia e a uma cidade do distrito de Faro, no Algarve.

ALCABIDECHE – Admite-se que o nome, com origem no latim “caput aquæ”, através do árabe “al-qabdaq”, que significa cabeça de água, foi atribuído a esta localidade, hoje freguesia do concelho de Cascais (Lisboa), em virtude da existência de duas importantes fontes a cujas águas se atribuíam qualidades medicinais. Depois dos romanos, a presença muçulmana em Alcabideche foi particularmente marcante.

ALCÂNTARA - O nome deriva do árabe "al-qantara", que significa ponte, em alusão à que atravessava a ribeira nesse local do vale.

ALCOCHETE – Vila e sede de concelho do distrito de Setúbal, cujo topónimo se admite relacionado com os fornos de cal que eram tradicionais na região, com base no árabe “al kuxat”, o forno.

ALGUEIRÃO - Localidade da freguesia de Algueirão-Mem Martins, concelho de Sintra, distrito de Lisboa, o seu nome radica no árabe “al jairan”, a gruta.

ALFAMA – Nome do bairro de Lisboa, com origem no árabe “al hamma”, que significa fonte de água morna (termal).

ALFUNDÃO – Troço do terreno, de dimensões maiores ou menores, afundado relativamente à área envolvente. O mesmo que fundão, cova e barroca. O termo deu nome a uma freguesia do concelho de Ferreira do Alentejo. Segundo uma outra interpretação, o termo está relacionado com o nome próprio, Fundana, de uma importante família da época, a que os árabes acrescentaram o artigo “a”l.

ALGAR – Poço natural aberto em terrenos calcários ou vulcânicos. Tem origem no colapso de abóbadas e tectos das grutas ou abatimentos do fundo de dolinas e sumidouros. O nome radica no árabe “al-gar” que significa cova ou buraco. São exemplos o Algar do Pena, no Maciço Calcário Estremenho, na freguesia de Alcanede, concelho de Santarém; o Algar Seco, na freguesia do Carvoeiro, concelho de Lagoa, Algarve. Na Ilha Terceira, Açores, o Algar do Carvão é um profundo poço no interior de um vulcão.

 

ALGÉS – O termo, de origem árabe “al-geis”, o giz, relaciona-se com a existência de jazidas na proximidade, onde se procedia à lavra do gesso no tempo da ocupação muçulmana e em períodos anteriores. Com efeito, em Espargal, neste concelho, existe uma pequena ocorrência gipsífera do Cenomaniano médio, a 40m de profundidade, que foi explorada para extracção de gesso branco, acabando por fechar em 1961. O termo deu nome à antiga povoação que se tornou vila (em 1991) e à freguesia (em 1993) do concelho de Oeiras, na Grande Lisboa.

ALIJÓ – Vila e município do distrito de Vila Real deve o nome ao termo latino “lageniola”, que significa pequena laje.

ALMADA – O nome radica na expressão árabe “al-ma'adan", que significa a mina, uma vez que, durante o domínio muçulmano da Península Ibérica, os árabes lavravam o ouro na Adiça, uma mina no termo do Concelho, mais tarde conhecida por Mina do Príncipe Regente. Almada é hoje uma cidade do Distrito de Setúbal, região da Grande Lisboa e sub-região da Península de Setúbal.

ALMADA DE OURO - Aldeia Algarvia, do concelho de Castro Marim, situada na vizinhança do rio Guadiana, no local onde, outrora, se procedeu à extracção de ouro.

ALMANCIL – Há autores que defendem, que o nome provém da palavra, árabe, "al mansil" que significa curso de água. Segundo outros autores, este topónimo da freguesia do concelho de Loulé teria origem no termo "al mançal", nome árabe de estalagem.

ALMEIDA – Existem várias versões para origem do nome. Mas a interpretação mais consensual é a que defende a sua raiz no árabe “al meda” que significa terra plana e, também, “mesa”. Almeida é uma vila e sede de município do Distrito da Guarda e o seu nome faz perfeito sentido na medida em que se encontra situada num vasto planalto, continuação em Portugal da grande Meseta ibérica. Uma outra interpretação aponta a origem do topónimo no árabe al maida, que significa outeiro. Com efeito, esta bela vila fortificada instalou se numa suave elevação do terreno.

ALPEDRINHA – Nome derivado do latim "petrinea" que significa pedrinha, antecedida do artigo árabe, al. É vila e sede de freguesia do concelho do Fundão, no distrito de Castelo Branco.

ALPORTEL - Do latim "portellus", pequeno porto, no sentido de passagem entre montes, antecedido do artigo árabe "al". Alportel, povoado muçulmano no Algarve, antecedeu São Brás de Alportel, hoje vila e concelho no distrito de Faro.

ALVADIA – O termo, sinónimo de esbranquiçada, alude à brancura desta freguesia do concelho de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real, quando coberta de neve.

ALVADOS - O nome, que provém do árabe "al barde", alude a terra fria. Freguesia do concelho de Porto de Mós, no distrito de Leiria. Nela se situam as Grutas de Alvados, consideradas as mais espectaculares e mais bem preservadas em Portugal.

ALVALADE – Do árabe, campo murado, deu nome a uma freguesia do concelho de Lisboa e a outra do concelho de Santiago, no distrito de Setúbal.

ALVÃO (Serra do) – Importante relevo do distrito de Vila Real, com 1230 metros de altitude. O termo alude à sua brancura quando coberta de neve.

 ALVERCA - O termo árabe "al birka", que significa terreno alagadiço ou pantanoso, deu nome a Alverca do Ribatejo, cidade do concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, e a Alverca da Beira, freguesia do concelho de Pinhel, distrito da Guarda.

ALVIELA (Reguengo do) – O termo, radicado no latim "venella", significa veio de água. Antecedido do artigo árabe al, deu nome a uma aldeia na freguesia de S. Vicente do Paul, concelho de Santarém. Reguengo era a designação atribuída às propriedades que, desde a fundação de Portugal e até à extinção do Antigo Regime, pertenciam ao rei e lhe pagavam direitos e foros.

ALVOR – O termo árabe “albur”, a charneca, deu nome a esta freguesia do concelho de Portimão, no Algarve.

ANADIA – A expressão latina "aqua nativa", que significa fonte natural, está na origem do nome desta cidade, sede de concelho, do distrito de Aveiro.

ANGRA DO HEROÍSMO – Angra é uma pequena baía ou enseada em litorais rochosos, como é o caso na costa sul da ilha Terceira, onde nasceu e cresceu esta cidade açoriana, sede de município. Em reconhecimento de tantos e tão destacados serviços à causa liberal, no século XIX, recebeu, em 1837, o título de "mui nobre, leal e sempre constante cidade de Angra do Heroísmo".

ARCO DE SÃO JORGE - O nome desta Freguesia do concelho de Santana, na Ilha da Madeira, advém dos montes que a circundam em forma de arco.

AREEIRO – Sítio onde se explora areia. O termo deu o nome ao Bairro de Lisboa situado na região da cidade onde, até meados do século XX, se explorou areia do Miocénico.

AREIA (Fonte da) – Local da costa norte da ilha do Porto Santo, marcado pela presença de uma fonte de água, que se acreditava ter virtudes medicinais, brotando de dentro de um importante depósito arenítico de acumulação eólica, do tipo eolianito.

AREIAS – Por terem nascido em terrenos francamente arenosos tomaram este nome, entre outras, uma freguesia no concelho de Ferreira do Zêzere, uma localidade no concelho de Cascais, outra na freguesia de Amedo, concelho de Carrazeda de Ansiães (Bragança), outra na freguesia de Moncarapacho, concelho de Olhão, e uma outra Areias de São João, em Albufeira, estas últimas no distrito de Faro. Com semelhante relação Santo António das Areias, é uma freguesia do concelho de Marvão (Portalegre).

ARNAS – Termo derivado do latim “arena”, que significa areia, é o nome de uma freguesia do concelho de Sernancelhe, no distrito da Guarda.

ARNEIRO - Terreno muito areento ou arenoso que deu suporte à freguesia de Arneiro das Milhariças, no concelho de Santarém, e às aldeias de Arneiro dos Marinheiros, na freguesia de São João das Lampas, no concelho de Sintra; Arneiro dos Borralhos, na freguesia de Achete, concelho e distrito de Santarém;

Arneiro de Sazes, na freguesia do Bom Sucesso, no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra; Arneiro de Fora, na freguesia de Maiorca, no concelho da Figueira da Foz, distrito de Coimbra; Arneiro de Tremês,  na freguesia de Tremês, no concelho e distrito de Santarém .

 ARNEIRO (Monte do) – Freguesia de Santana, no Concelho de Nisa, distrito de Portalegre.

ARNEIROS - Freguesia de Ventosa, no concelho de  Torres Vedras, distrito de Lisboa.

ARRAIOLOS – Interpretado como diminutivo de “arrugio”, que significa arroio, regato. O termo foi usado como topónimo desta vila, sede de concelho, do distrito de Évora.

ARRIBAS DO DOURO – Dá-se o nome de arriba a um escarpado litoral, abrupto, talhado na vertical ou quase, pela acção erosiva do mar. O termo tem sido também utilizado para referir as margens de rios e lagos com idêntica configuração. O mesmo que falésia. O Parque Natural de Arribas do Douro é uma área verde protegida, situada nas orlas do rio Douro, no trecho fronteiriço entre Espanha e Portugal.

ARRIFES – Do árabe “al-rif”, o termo que, no singular, refere um escarpado rochoso, deu nome a uma freguesia do concelho de Ponta Delgada, nos Açores.

AVEIRO – O nome desta cidade, sede de concelho e de distrito, radica no topónimo latino “averius”, vindo do étimo céltico "aber”, que significa foz ou embocadura de rio, neste caso o Vouga.

AZECHE – Do árabe “az-zãj”, a expressão alude à terra negra de um lugar na freguesia de Pataias, concelho de Alcobaça, onde, no século XIX, se extraiu asfalto na Mina do Canto do Azeche

 R

 

RIA DE ALVOR - Sistema estuarino no litoral algarvio, entre Portimão e Lagos, protegido do mar por duas línguas de areia, a Praia de Alvor e a Meia-Praia; nela desaguam as ribeiras de Odeáxere, Arão, Farelo e Torre.

RIA DE AVEIRO – Sistema lagunar na costa ocidental, no distrito de Aveiro, protegido do mar por extenso cordão de areia, cortado entre a Barra e São Jacinto. Associada ao delta interior do Rio Vouga nela desaguam, ainda, o Antuã, o Boco e o Fontão.

RIA FORMOSA – Também conhecida por Ria de Faro-Olhão, é um sistema lagunar do litoral algarvio, abrangendo os concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, ao longo de cerca de 60 quilómetros, desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota.

RIBEIRA BRAVA – Vila sede de freguesia e de concelho, na Ilha da Madeira, deve o nome ao forte caudal da ribeira em cuja foz se instalou e que Gaspar Frutuoso, no século XVI, qualificou de “furiosa”.

RIBEIRA CHÃ – O topónimo desta freguesia do concelho da Ribeira Grande, em São Miguel (Açores) deriva do nome da ribeira junto da qual se instalou.

RIBEIRA DA JANELA – O topónimo desta freguesia do concelho de Porto Moniz, na Ilha da Madeira, deriva do nome da ribeira que tem a foz junto da vila, e que também é a mais longa da ilha.

RIBEIRA DAS TAÍNHAS - O topónimo desta freguesia do concelho de Vila Franca do Campo, deriva do nome de uma das ribeiras mais importantes da Ilha de São Miguel, Açores.

RIBEIRA DE PENA – Vila, sede de concelho do distrito de Vila Real.

RIBEIRA GRANDE – cidade, sede de concelho na Ilha de São Miguel, Açores.

RIBEIRA QUENTE - Freguesia do concelho de Povoação, na Ilha de São Miguel, Açores.

RIBEIRA SECA – Freguesia do concelho de Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel e freguesia do concelho da Calheta na Ilha de São Jorge, Açores.

 

 

RIBEIRAS – Freguesia do concelho de Lajes, na Ilha do Pico, Açores.

RIBEIRAS (Cinco) – Freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores.

RIBEIRAS (Quatro) – Freguesia do concelho de Praia da Vitória, na Ilha Terceira, Açores.

RIBEIRAS (Doze) - Freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores.

RIBEIRINHA – Freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira; freguesia do concelho da Horta, na Ilha do Faial e freguesia do concelho de Lajes, na Ilha do Pico, Açores.

RIO DOURO – Freguesia do concelho de Cabeceira de Basto, no distrito de Braga.

RIO DE ONOR - freguesia raiana do concelho de Bragança.

RIO MAIOR – Cidade sede de concelho do distrito de Santarém.

RIO TINTO – Cidade e freguesia portuguesa do concelho de Gondomar, no distrito do Porto.

RIOS (Entre-os-) – Pequena localidade do concelho de Penafiel, no distrito do Porto, situada na confluência dos rios Douro e Tâmega.

ROCA (Cabo da) – Forma arcaica de rocha, o termo “roca” alude à arriba rochosa que suporta o cabo.

ROCHA (Praia da) – Praia no concelho de Portimão, no Algarve.

 

S

 

SABROSA – No sentido de terra em que abunda o saibro, o termo deu nome a uma vila sede de concelho do distrito de Vila Real.

SAFARA – Termo que, em árabe, significa campina, planície, deu nome a esta freguesia do concelho de Moura, no distrito de Beja.

SALÃO – Freguesia do concelho de Horta na Ilha do Faial. O topónimo deve estar relacionado com o saibro grosseiro da bagacina.

SAPAL - É a designação dada aos terrenos aluvionares vestibulares, periodicamente alagados pela água do mar e ocupadas por vegetação halofítica. Merecem referência o Sapal de Castro Marim, no Algarve, o Sapal de Coina, no concelho do Barreiro (Setúbal), e o Sapal de Corroios, no concelho do Seixal (Setúbal).

SEIXAL – Terra de muitos seixos. No sentido de calhau rolado, o termo dá nome a uma cidade e município do distrito de Setúbal e a uma freguesia do concelho de Porto Moniz, na Ilha da Madeira. º

SEIXEZELO – O mesmo que seixozinho, do latim vulgar “saxucellum”, deu nome a uma freguesia do concelho de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

SEIXINHO – Lugar de Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo.

SEIXINHOS – Localidade na Freguesia de Cerva, no concelho de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real.

SEIXO - Calhau de pequenas dimensões, deu nome às freguesias de Seixo, no concelho de Mira (Aveiro)

 e de Seixo de Gatões, no concelho de Montemor-o-Velho (Coimbra), e a Seixo, pequena aldeia da freguesia de Guia, no concelho de Pombal (Leiria).

SEIXO AMARELO – Freguesia do concelho da Guarda.

SEIXOSO – Diz-se de um local com abundância de seixos. O termo deu nome a uma localidade do concelho de Penafiel, distrito do Porto.

SERRA (Pampilhosa da) – Até ao século XIX, este concelho do distrito de Coimbra era designado, simplesmente, por Pampilhosa, termo que tem origem e “pampilho”, nome de uma planta campestre, idêntica ao malmequer. Passou a Pampilhosa da Serra, para a distinguir de Pampilhosa do Botão freguesia do concelho da Mealhada, distrito de Aveiro. ´

SERRA (Santo António da) - é uma freguesia do concelho de Santa Cruz, na Ilha da Madeira.

 

 

 

 

SERRA DE ÁGUA - Nos primitivos tempos da colonização da Ilha da Madeira serra de água era um engenho que permitia serrar madeira utilizando a força da água, geralmente  a de ribeiras. Esta designação deu nome a uma freguesia do concelho da Ribeira Brava e a um sítio na freguesia da Calheta.

SERRETA – Diminutivo de serra, é o nome de uma freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, numa região da ilha Terceira (Açores) marcada pela abundância de colinas.

SINES – O termo latino “sinus”, em alusão ao recorte (enseada) da costa marítima, deu nome a esta cidade, sede de concelho do distrito de Setúbal.

 

T

 

 

TÁBUA - Do latim vulgar “tabula”, no sentido de região aplanada, é o nome de uma vila e concelho do distrito de Coimbra.

TABUAÇO - Do latim vulgar “tabulatium”, derivado de “tabula”, no sentido de região aplanada, é o nome de uma vila e concelho de distrito de Viseu.

TAROUCA - Do topónimo pré-romano “tarauca”, vindo do étimo céltico “tar-“, com o significado de elevação, é o nome desta cidade, sede de concelho do distrito de Viseu.

 

V

 

 

VALADA – O termo oriundo do português arcaico, que significa vale extenso e aberto, deu nome a esta freguesia do concelho do Cartaxo (Santarém).

VALBOM – Ou vale bom, o termo deu nome a esta cidade do concelho de Gondomar (Porto).

VALE – Do latim vulgar “vallum”, entendido como um acidente geográfico sob a forma de uma área alongada e deprimida, mais ou menos extensa, geralmente gerada por erosão de um curso de água ou de gelo (glaciar), integra diversos topónimos portugueses: Vale de Cambra, cidade portuguesa da Área Metropolitana do Porto; Vale de Prazeres, freguesia do concelho do Fundão (Castelo Branco); Vale de Santarém, freguesia do concelho de Santarém.

VALONGO – Do latim vulgar “valum longum”, que alude a um vale extenso, o termo deu nome a esta cidade, sede de concelho do distrito do Porto.

VALPAÇOS – Da antiga Vale de Paço, depois Vale de Paços, é uma cidade sede de concelho do distrito de Vila Real.

VALVERDE – Povoação da freguesia de Nossa Senhora da Tourega, do concelho de Évora.

VÁRZEA – Superfície aluvial de inundação durante os períodos de cheia. O termo, de origem incerta, deu nome a localidades como Várzea de Colares, localidade da freguesia de Colares, no concelho de Sintra (Lisboa); Várzea de Santarém, freguesia do concelho de Santarém; Várzea da Serra, freguesia do concelho de Tarouca (Viseu); Várzea dos Cavaleiros, freguesia do concelho da Sertã (Castelo Branco).

VARZIELA – Ou pequena várzea é o nome de uma antiga freguesia do concelho de Felgueiras (Porto).

VEIGA (Vilar da) - Superfície aluvial de inundação durante os períodos de cheia, veiga é o mesmo que várzea. O termo deu nome a esta freguesia do concelho de Terras de Bouro (Braga).