O Livro das horas canónicas é chamado de Horologion.
Os relógios mecânicos apareceram nos finais do seculo XV, ficando no esquecimento os relógios de sol.
A partir do seculo XVI surgem os relógios movidos por pesos de pedra
A partir do seculo XVII relógios pesos com armação de ferro. – sousa Viterbo assinala a profissão de Relojoeiros em Portugal (1471-1640)
Os relógios eram colocados nos castelos, como aconteceu ao de Marialva ,Longroiva que batiam as horas com o sino da torre do relógio.
Tinha
ouvido dizer que nas comunidades religiosas o monge vivia intensamente o
calendário litúrgico, seguindo o temporal e o santoral de forma rígida: oração,
repouso, jejum e a hora da refeição, o trabalho e a leitura, começando nas
matinas e terminando nas completas.
Os monges na época da reconquista liam
todos os dias 100 salmos, 12 lições, cantavam 24 hinos e 9 cânticos, rezavam 6
credos e 11 responsos. – Escrito por S. Jerónimo – carta Eustáquio.
O livro típico de horas frequentemente,
começava com um ciclo de orações dedicadas à Virgem Maria.
O livro de horas relativamente em grande
formato era lido num púlpito ou sobre uma mesa em voz alta em cada uma dessas
horas. Tinha no seu conteúdo um calendário litúrgico; a lista dos dias de festa
em ordem cronológica, bem como um método de calcular a data da Páscoa;
Penitencial dos sete Salmos; variadas orações dedicadas a santos favoritos ou
pedidos pessoais.
Para além das preces diurnas, havia a preces nocturnas de vigília.
Inicialmente, livros de horas foram produzidos por escribas em mosteiros para uso por seus companheiros monges. Monges dividiram o seu dia em oito segmentos, ou "horas", de oração: Prime, vulgo Laudes, Terça, Sexta, Noa, Vésperas e Completas,
A divisão do dia em sete partes tem suas
origens no Livro dos Salmos da Bíblia, que diz: " Sete vezes no dia te
louvo "e também ler" Levantei-me à meia-noite para dar graças. "
Daí você pode ver que há um grupo de sete horas canónicas do dia Ofícios, e
também a noite Ofícios, que por sua vez são divididos em três relógios ou
vigílias, chamado Matins. A cada semana, os monges estavam rezando o Saltério
de férias (ou seja, os 150 Salmos). Na sua Regra, São Bento incentiva seus
monges durante as viagens não perder momentos de oração.
Prima ou Laudes:
: A hora em que o sol
nasce, cerca de 5 ou 6 horas da
manhã
Terce: Third hora após o
nascer do sol, 09:00
Sexto: meio-dia, 12:00
Nona: em torno de 15:00 horas
da Misericórdia.
Vésperas: depois do sol, geralmente
em torno de 18:00 - logo que caem as trevas da noite. Celebradas à tarde, ao
declinar do dia, conclui o dia e dá início à noite,
Completas:
deve-se
rezar antes do repouso da noite (21 h). Nesse momento, faz-se um ato
penitencial pelas faltas cometidas naquele dia.
O soar dos sinos era o sinal para a
concentração dos monges no claustro principal, para daí passavam ao refeitório,
á igreja, á casa do coro ou do capítulo.
O dia começava á meia-noite juntavam-se
todos os monges no claustro, seguindo em procissão com destino á igreja onde
rezavam no coro o oficio que lhes era destinado. Hinos, salmos e leitura, e só
quando findavam, regressavam às suas celas para repouso.
Por
volta das cinco, hora prima, voltavam á igreja para rezarem orações e salmos.
Voltavam
de novo às nove horas para a missa do capítulo onde era imprescindível a
leitura da regra.
Liturgia das Horas: nome escolhido durante a
reforma litúrgica pós-Concílio Vaticano II, e actualmente em uso. Exprime ao
mesmo tempo a característica de ser uma acção litúrgica da Igreja, e que
portanto torna presentes os mistérios da salvação, e o seu objectivo peculiar
de santificar as diversas horas do dia.
O livro de horas ou livro de orações,
contendo orações apropriadas para determinadas horas do dia, dias da semana,
meses e estações do ano. Os livros
de horas foram produzidos, assim como a maioria dos outros manuscritos
iluminados monásticos, por monges em scriptorium.
O
livro de horas começaram por serem escritos em pergaminho, (pele de carneiro),
ou pergaminho (pele de bezerro), com um especial tratamento, pele bem seca para
receber tinta e pintura. A superfície de escrita alinhada ordenadamente e, de
maneira uniforme, tingidos de diferentes cores através da utilização de vários
minerais. Tinta aplicada com uma caneta de pena - uma pena, cortados com uma
ponta afiada, mergulhados em frascos de tinta.
As
ilustrações eram feitas de cores foram misturadas com goma-arábica como um
agente de ligação. O mineral mais caro usado na pintura era Lapis Lazuli, uma
pedra preciosa azul com manchas de ouro, que na Idade Média só existia no
actual Afeganistão.