GEOTOPONÍMIA
L
LAGOA – O termo, vindo do
latim lacuna, que, neste caso, se relaciona com uma área pantanosa tornada seca
pelos invasores muçulmanos, com a finalidade de criarem terras férteis e
habitáveis, deu nome à cidade e ao concelho do distrito de Faro. Lagoa é também
o nome da cidade, sede de concelho, na ilha São Miguel, Açores.
LAGOS - Do latim lacus, lago,
o termo refere a área pantanosa vizinha desta cidade, sede de concelho, do
distrito de Faro.
LAJEDO – Lugar onde há muitas
lajes, deu nome a esta freguesia na ilha das Flores, Açores.
LAJEOSA – Do latim laginosus,
que alude a terreno de muitas lajes O termo deu nome a Lajeosa, freguesia do
concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra; Lajeosa da Raia, no
concelho do Sabugal (Guarda), Lajeosa do Dão, no concelho de Tondela (Viseu) e
Lajeosa do Mondego, no concelho de Celorico da Beira (Guarda).
LAJES – O termo que alude a
placas ou bancadas de rocha, deu nome à vila e sede de freguesia do concelho de
Praia da Vitória, na ilha Terceira, Açores. O mesmo termo formou as vilas e
concelhos de Lajes das Flores e Lajes do Pico, nas ilhas do mesmo nome.
LAMAROSA – O termo que alude a
terreno lamacento (do latim lama, lodaçal, atoleiro, pantanoso), deu nome às
três freguesias nos concelhos de Coimbra, Coruche (Santarém) e Torres Novas
(Santarém).
LAMAS - O termo, que alude a
terreno lamacento, deu nome às freguesias dos concelhos de Braga, Cadaval
(Lisboa), Miranda do Corvo (Coimbra) e Macedo de Cavaleiros (Bragança), à
aldeia do concelho de Ribeira de Pena (Vila Real), à vila do concelho de Santa
Maria da Feira (Aveiro) e às freguesias de Lamas do Vouga, no concelho de
Águeda (Aveiro) e Lamas de Mouro, no
concelho de Melgaço (Viana do Castelo).
LAMEIRAS – O termo, que alude a
terreno lamacento, deu nome a uma freguesia do concelho de Pinhel (Guarda) e a
uma localidade da freguesia de Terrugem, no concelho de Sintra (Lisboa).
LAMOSO – O termo, que alude a
terreno lamacento, deu nome a uma freguesia do concelho de Paços de Ferreira
(Porto).
LAPA DO LOBO - O nome provém da gruta
(lapa) e deu nome a uma freguesia do concelho de Nelas (Viseu).
LAPAS – O nome provém das
grutas (lapas), que se encontram junto a esta povoação, do concelho de Torres
Novas (Santarém).
LAPEDO - Ou lugar de muitas
lapas, deu nome de uma garganta profunda, em “canyon”, da ribeira do Sirol,
escavada no calcário do Cretácico, na freguesia de Santa Eufémia, concelho e
distrito de Leiria. O local ficou célebre por se ter encontrado ali o esqueleto
de uma criança pré-histórica de há cerca de 25 000 anos.
LEZÍRIA - do árabe “al-jazira”,
a ilha, designa uma região natural do Ribatejo, localizada na planície aluvial
do Tejo, de grande aptidão agrícola.
LOMBA – O termo, comum nos
Açores, refere uma cumeada arredondada e deu nome à freguesia de Lomba no
concelho das Lajes, na Ilha das Flores, à freguesia de Lomba da Fazenda, no
concelho de Nordeste, em São Miguel, e às freguesias de Lomba da Maia e Lomba
de São Pedro, no concelho de Ribeira Grande, na mesma ilha.
LOUSA – No caso desta
freguesia do concelho de Loures (Lisboa), o topónimo deve ser entendido como
lápide, constando que, no passado, houve aí canteiros especializados no talhe
destas pedras tumulares.
LOUSÃ – Uma das explicações
possíveis para o nome deste concelho do distrito de Coimbra radica no termo
latino “lausia”, que significa lousa ou ardósia, em alusão ao terreno de xisto
onde se edificou o povoado que lhe deu origem.
LOUSADA - Uma das explicações
possíveis para o nome deste concelho do distrito do Porto radica no termo
latino “lausia”, que significa lousa ou ardósia, uma vez que esta rocha ocorre nas cercanias.
LOUSAL – Com raiz no termo
latino “lausia”, que significa lousa ou ardósia, alusivo à natureza xistenta do
terreno, deu nome à aldeia, nascida de um antigo couto mineiro explorado desde o
final do século XIX, na freguesia de Azinheira dos Barros, concelho de Grândola
(Setúbal).
D
DAFUNDO - Localidade que .José Pedro Machado supõe que «alude à pouca profundidade das águas do Tejo».
Douro, (do céltico “dur”),
que significa curso de água.
M
Monte Hermínio
clássico, corresponde
à cordilheira Central, da qual Serra da Estrela juntamente e com a Serra do
Açor e a Serra da Lousã (Alarcão 1988).
Miranda (latim “miranda)
- o que deve ser admirado
Miranda do Douro- curso de água que
deve ser admirado
MAFRA – O termo árabe “mahafr”, ‘covas’, através do
português medievo, “Máfora”, deu nome a esta vila, sede de concelho no distrito
de Lisboa.
MARINHA GRANDE - No caso desta cidade
do distrito de Leiria, o termo marinha, sinónimo de salina, foi dado por
colonizadores dos séculos XI e XII que demandaram esta região para trabalharem
na extracção do sal.
MILFONTES (Vila Nova
de) -
Freguesia do concelho de Odemira, no distrito de Beja. Antes de ser Vila Nova
de Milfontes, a localidade chamava-se, apenas, Milfontes em alusão a um número
indeterminado de nascentes (fontes) existentes na região.
MIZARELA – Pequena e muito
estreita queda de água junto à conhecida ponte sobre o Rabagão, deu nome a esta
localidade, antiga freguesia do concelho e distrito da Guarda.
MONÇÃO – O nome desta vila,
sede de concelho, do distrito de Viana do, Castelo, radica no latim
“montianus”, termo relativo a monte.
MONCARAPACHO – O nome desta
freguesia do concelho de Olhão, no Algarve, pode ser aglutinação do antigo nome
Monte do Carapacho, termo espanhol que significa carapaça. Dizia-se que visto
do mar, o cimo do monte lembrava uma carapaça.
MONCHIQUE – O nome desta vila e
sede de concelho do distrito de Faro, parece vir do árabe “marjiq”, que quer
dizer espinhoso, mas a origem do topónimo ainda não está determinada com
segurança.
MONFORTE – O termo alude à
fortaleza existente no topo de uma colina ou monte que deu origem a esta vila e
concelho do distrito de Portalegre. A mesma alusão a um sítio fortificado deu
nome a Monforte da Beira, freguesia do concelho de Castelo Branco, e a Monforte
de Rio Livre, na freguesia de Águas Frias, no concelho de Chaves (Vila Real).
MONFURADO – Aglutinação de Monte
Furado, é nome de um relevo situado entre Évora e Montemor-o-Novo, conhecido
por Serra de Monfurado, em virtude das inúmeras cavidades aí existentes, quer
grutas naturais em formações calcárias (por exemplo, a Gruta do Escoural) quer
sanjas e galerias resultantes da prospecção e exploração de minérios de ferro,
que remontam à época romana de que se conhece, por exemplo, a Mina dos Monges.
MONSANTO – Do latim “mons
sanctus”, que significa monte santo, deu nome a esta aldeia, antiga freguesia
do concelho de Idanha-a-Nova (Castelo Branco).
MONSARAZ – Admite-se que a
palavra, resultante junção dos termos “Mon” e “Saraz”, evoca monte xarax que
parece querer dizer pequeno relevo acima de um brenhal de estevas (xarax). O
termo deu nome a esta freguesia do concelho de Reguengos de Monsaraz.
MONTALEGRE – Junção das palavras
“monte” e “alegre”, sendo que esta última palavra se relaciona com lendas em
que a alegria está presente. O termo deu nome a esta vila e concelho do
distrito de Vila Real.
MONTALVÃO – Nesta freguesia do
concelho de Nisa (Portalegre), o nome resulta da união das palavras “monte” e
“alvão” que significa "monte muito alvo", em alusão à brancura deste
pequeno relevo aquando de precipitações de neve.
MONTARGIL – Uma das várias
explicações para o nome desta vila do concelho de Ponte de Sor, é a junção de
monte e argila, dada a natureza barrenta do local.
MONTE - O termo, com o
significado de elevação do terreno, deu nome a esta freguesia (antiga Nossa
Senhora do Monte) do concelho do Funchal, situada no alto do anfiteatro que
enquadra a cidade.
MONTE ABRAÃO – Antiga freguesia
edificada numa imponente colina do concelho de Sintra (Lisboa), evoca o
patriarca bíblico dos hebreus, fundador do monoteísmo de onde irradiaram o
cristianismo, o judaísmo e o islamismo.
MONTE GORDO – Freguesia do
concelho de Vila Real de Santo António ……..a completar…
MONTE REAL – povoação nascida
numa colina de dolomito do concelho de Leiria. Aqui tiveram habitação
temporária D. Dinis e a rainha Santa Isabel, num Paço Real de que ainda restam
vestígios.
MONTE REDONDO –Vila (desde 2004) do
concelho de Leiria. Foi sede de uma freguesia extinta em 2013 e, em conjunto
com Carreira forma uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Monte
Redondo e Carreira, da qual é a sede. Monte Redondo é também o nome de uma
freguesia do concelho de Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, e era
o nome de uma freguesia do concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa,
extinta em 2013 e integrada na União das Freguesias de Maxial e Monte Redondo.
MONTE TRIGO - Desconhece-se a
origem toponímica desta Freguesia do concelho de Portel, embora algumas
referências apontem como possível causa, as excelentes colheitas de trigo, que
aquelas terras produziam.
MONTELAVAR – O nome desta
freguesia do concelho de Sintra, significa monte alvar ou branco, em alusão ao
calcário do Cretácico que ali tem sido abundantemente explorado.
MONTEMOR – Simplificação de Monte
Maior, deu nome a Montemor, uma povoação de concelho de Loures (Lisboa), a
Montemor-o-Novo, cidade e concelho do distrito de Évora, e a Montemor-o-Velho,
vila, freguesia e concelho do distrito de Coimbra.
MONTESINHO – Com o significado de
montanhês ou silvestre, o termo designa uma freguesia do concelho e distrito de
Bragança.
MONTIJO – Uma das explicações
do nome desta cidade e concelho do distrito de Setúbal é a de pequena elevação
do terreno.
MOURA – O nome desta cidade,
sede de concelho do distrito de Beja, radica no pré-romano “mor”, que significa
monte.
N
NAVE DE HAVER – De nave, no sentido
de planura cercada de montanhas, e haberio palavra castelhana referente a
animal de carga, gado ou conjunto de animais domésticos à disposição do senhor
da terra. A expressão deu nome a uma freguesia do concelho de Almeida (Guarda).
A Nave de Santo António, na Serra da Estrela, é um dos aspectos do processo
glaciário que modelou o topo da montanha. A Nave do Barão é uma depressão
cársica, de fundo plano (polje), no concelho de Loulé, no Algarve.
F
FALÉSIA – Termo adaptado por
tradução do francês “falaise”, designa um escarpado abrupto, no litoral,
esculpido pela acção erosiva do mar na rebentação.
Ferraria – ( latim “ferraria)
mina de ferro ou oficina de ferro.
FONTANELAS – Do latim “fontanela”,
pequena fonte,
FONTINHAS – No século XVI, Gaspar
Frutuoso caracterizava esta freguesia do concelho de Praia da Vitória
(Terceira, Açores) como um “lugar de muitas fontes de pouca água”.
FRAGA – Do latim “fragum”,
terreno escarpado ou penhascoso.
FUNDÃO – Região ou área
afundada na paisagem. Há quem alegue que a palavra deriva do aumentativo do
termo latino fundus (herdade ou quinta)
FURNAS - alude a aberturas no
terreno repletas de água ou de lama quente.
G
GÂNDARA – Terra arenosa
improdutiva. Em Portugal, são vários os topónimos alusivos a este termo.
Gândara, nos concelhos de Paredes (Porto), de Mortágua (Viseu) e de Ponte de
Lima (Viana do Castelo); Gândaras, freguesia do concelho da Lousã, (Coimbra);
Amoreira da Gândara no concelho de Anadia (Aveiro), Gândara de Além no concelho
de Leiria; Gândara dos Olivais no concelho de Marrazes (Leiria), Gândara de
Espariz, freguesia do concelho de Tábua (Coimbra); Moinhos da Gândara no
concelho da Figueira da Foz (Coimbra) e São Martinho da Gândara no concelho de Oliveira de Azeméis (Aveiro).
GRANJA - Terra de cultivo de
cereais, deu nome a esta freguesia do concelho de Mourão (Évora).
C
CABEÇÃO – Aumentativo de
cabeço, o termo deu nome à actual vila que teve a sua origem num povoado
fundado pela Ordem de Avis, numa colina do concelho de Mora, no Alto Alentejo.
CABECEIRAS – Em termos de
geomorfologia, cabeceira é o troço mais recuado de um vale fluvial ou
glaciário, termo, por vezes, usado como sinónimo de nascente. Situada na bacia
do rio Basto, Cabeceiras de Basto é uma vila e município no distrito de Braga.
CABEÇO – Na linguagem popular,
cabeço é um monte relativamente pequeno e arredondado, característica
geomorfológica que deu nome a Cabeço de Vide, vila e freguesia do concelho de
Fronteira, no distrito de Portalegre.
CABO DA PRAIA – Freguesia do
concelho de Praia da Vitória, na Ilha Terceira (Açores), situada numa saliência
da costa oriental sobre o mar.
CACHÃO - Troço de curso de
água acidentado provocando uma queda de água, o termo deu nome a uma aldeia
pertencente à freguesia de Frechas, no Concelho de Mirandela, distrito de Bragança, banhada pelo rio Tua.
CACHOEIRA - Troço de curso de
água acidentado provocando uma queda de água, acidente que deu nome a uma
freguesia no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa.
CALDAS - Nome de um lugar onde
nascem águas termais. O mesmo que termas. São exemplo de topónimos associados a
este termo radicado no latim “caldu” (quente): Caldas da Rainha, sede de
concelho no distrito de Leiria; Caldas da Saúde, no concelho de Santo Tirso,
distrito do Porto; Caldas de Felgueiras, no concelho de Nelas, distrito de
Viseu; Caldas de Monchique, no concelho de Monchique, no distrito de Faro, e
Caldas de Vizela, no concelho do mesmo nome, distrito de Braga.
CALDELAS – O termo, de origem
latina, refere pequenas fontes de água termal ("ela" é sufixo
diminutivo). O termo deu nome a uma freguesia do concelho de Amares, distrito
de Braga, e de uma outra no concelho de Guimarães.
CALEIRAS – Sítio onde ainda se
explora o calcário e se localizam os antigos fornos de cal. Uma relíquia desta
actividade artesanal situa-se numa bancada de calcário, intercalada nos xistos
do Câmbrico, na freguesia de Urrós, concelho de Mogadouro, distrito de
Bragança. Uma outra relíquia explorou uma bancada de calcário de Devónico, em
Escusa, na freguesia de São Salvador da Aramanha, concelho de Marvão, distrito
de Portalegre.
CALHAU – Na Madeira dá-se o
nome de calhau às pedras de basalto, de vários tamanhos, arredondadas por acção
do rebentamento da vaga no litoral. Calhau Grande é um local de veraneio com
praia.
CALHETA – Nas ilhas dos Açores e
da Madeira o termo designa pequenas enseadas e deu nome a um concelho e uma
freguesia na ilha de São Jorge, a uma freguesia, Calheta de Nesquim, no
concelho das Lajes do Pico, na ilha do mesmo nome, a uma freguesia, Calhetas,
no concelho da Ribeira Grande, em São Miguel, e a uma freguesia, São Mateus da
Calheta, no concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira. Deu, ainda, nome a
um concelho, Calheta, com duas freguesias, Arco da Calheta e Estreito da
Calheta, na ilha da Madeira, e a uma aldeia na ilha e freguesia do Porto Santo.
.CALIÇOS – Horizontes do solo
enriquecidos em carbonato de cálcio, de aspecto pulverulento. Este tipo de
ocorrências deu nome a a uma localidade da freguesia da Conceição, concelho e
distrito de Faro, a uma outra no concelho de Serpa, distrito de Beja, e um
bairro da cidade de Albufeira, no distrito de Faro.
CAMPINAS - Nome dado a grandes
extensões de terreno pouco acidentado e sem árvores. O termo deu nome a uma
localidade da freguesia de Conceição, no concelho de Faro.
CAMPO MAIOR – A expressão alude à
vasta planura onde se estabeleceu esta importante vila e município do distrito
de Portalegre.
CANTANHEDE – O nome desta cidade,
sede de concelho do distrito de Coimbra, radica no baixo-latim “cantonieti”,
lugar onde se explorava pedra de cantaria (cantus em latim vulgar), através da
forma medieval “Cantonhedi”.
CASCAIS – O nome desta vila e
sede de concelho do distrito de Lisboa tem origem no facto de serem comuns por
toda a praia os amontoados de cascas de bivalves (cascais). O topónimo radica
no baixo-latim “cascales”, que significa amontoado de conchas.
CHÃ – Pequena extensão de
terreno plano e horizontal a meio de uma vertente. Particularidade topográfica
que deu nome a diversas localidades do país: Chã, uma freguesia do concelho de
Montalegre, distrito de Vila Real; Chã, localidade na ilha do Pico, Açores;
Vila Chã, freguesia do concelho de Alijó, distrito de Vila Real; Vila Chã,
freguesia do concelho de Esposende, distrito de Braga; Vila Chã, freguesia do
concelho de Fornos de Algodres, distrito da Guarda; Vila Chã, freguesia do
concelho de Vale de Cambra, distrito de Aveiro; Vila Chã, freguesia do concelho
de Vila do Conde, distrito do Porto; Vila Chã (recentemente renomeada para Vila
Cã), freguesia do concelho de Pombal, distrito de Leiria; Vila Chã, lugar da
freguesia de Telões, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila
Real; Vila Chã, lugar da freguesia de Ventosa, concelho de Alenquer, distrito
de Lisboa; Santiago de Vila Chã, freguesia do concelho de Ponte da Barca,
distrito de Viana do Castelo; Vila Chã da Beira, freguesia do concelho de
Tarouca, distrito de Viseu; Vila Chã de Braciosa, freguesia do concelho de
Miranda do Douro, distrito de Bragança; Vila Chã de Ourique, freguesia do
concelho do Cartaxo, distrito de Santarém; Vila Chã de Sá, freguesia do
concelho de Viseu; Vila Chã do Marão, freguesia do concelho de Amarante,
distrito do Porto; Terra Chã, freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, na
Ilha Terceira.
CHÃO – Extensão de terreno
plano e horizontal. O termo deu nome a pequenas localidades como Chão de Pias,
na Freguesia de Serro Ventoso, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria;
Chão de Codes, no concelho de Mação, distrito de Santarém, e Chão de Meninos,
no concelho de Sintra, distrito de Lisboa. Alter do Chão é uma vila e concelho
alentejano do distrito de Portalegre, sede de município. Pensa-se que esta
localidade terá tido origem num povoado Romano, apelidado de “Abelterium”,
fundado a partir de um aglomerado da Idade do Ferro.
CHARNECA – Terreno inculto, deu
nome a Charneca da Caparica, freguesia do concelho de Almada (Setúbal) e
Charneca do Ribatejo, região natural da província do Ribatejo.
CHAVES - Do latim “Aquæ
Flaviæ,” as Termas dos Flávios (os Imperadores da segunda dinastia do Império
Romano), à qual pertencia Vespasiano, fundador desta cidade, sede de município
do distrito de Vila Real.
COLOS – Dá-se o nome de colo
a uma passagem entre montes. A origem do nome desta vila e freguesia do
concelho de Odemira, distrito de Beja, poderá estar relacionada com a
morfologia do terreno.
CONHAL DO ARNEIRO - No Alentejo,
localiza-se no topo norte da freguesia de Santana, no concelho de Nisa,
distrito de Portalegre. Deve o nome à grande concentração de conhos (grandes
calhaus rolados) removidos dos terraços do Tejo, deste épocas remotas, na
procura e exploração do ouro.
COVA DA BEIRA – Em termos
geomorfológicos, o nome refere uma vasta depressão (cova) na Beira Baixa, no
distrito de Castelo Branco, entre a serra da Estrela, a oeste e a norte, a
serra da Gardunha, a sul, e a serra da Malcata, a leste.
COVA DA IRIA – Grande dolina
(depressão pouco profunda, arredondada a ovalada, própria das regiões
calcárias, resultante da dissolução do carbonato pelas águas pluviais ou do
colapso de uma porção de terreno) no Maciço Calcário Estremenho. Local ocupado
pelo Santuário de Fátima, no concelho de Ourém, distrito de Leiria.
COVÃO – O topónimo alude a um
local afundado na topografia do terreno, como é o caso de Covão da Ponte, no
concelho de Manteigas, distrito da Guarda, e de Covão do Lobo, no concelho de
Vagos, distrito de Aveiro.
COVAS - O topónimo alude a
um local afundado na topografia do terreno, como é o caso desta freguesia do
concelho de Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo.
COVAS
DE FERRO (SINTRA)
COVILHÃ – O nome desta cidade,
sede de concelho, do distrito de Castelo Branco, pode ter origem no baixo-latim
“Villa Covelian", ou seja, a quinta das covas.
COVOADAS – O termo, que
significa depressão no terreno, deu nome a esta freguesia do concelho de Ponta
Delgada, em São Miguel (Açores), localizada numa região fundeira.
COVÕES - O termo, que significa
depressão no terreno, deu nome a esta freguesia do concelho de Cantanhede.
B
BAGACINA – Localidade da
freguesia das Doze Ribeiras, Concelho de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira,
Açores, cujo nome do material piroclástico (bagacina, na designação regional,
ou lapilli, na versão italiana, internacionalizada), constituído por fragmentos
(com dimensão convencionada entre 2 e 64 mm), expelidos na sequência de
episódios de actividade vulcânica explosiva.
BAIRRADA - Região que ocupa os
concelhos de Anadia, Mealhada e Oliveira do Bairro, e parte dos de Águeda e
Cantanhede. Pode aceitar-se que este tem a sua origem na palavra “barro”, por
evolução deste termo para bairro. A mesma interpretação para Bairrada,
localidade da freguesia de Fontes, no concelho de Abrantes distrito de Santarém
.
BAIRRO (Oliveira do) – Cidade e município
do distrito de Aveiro, cujo nome, aceita-se, tem a sua origem na palavra barro,
por evolução deste termo para bairro. A mesma explicação para Óis do Bairro,
Paredes do Bairro, S. Lourenço do Bairro, Ventosa do Bairro e Vilarinho do
Bairro, localidades e freguesias do concelho de Anadia (Aveiro).
BARRA - Nome de barra a uma
acumulação de material essencialmente arenoso, neste caso, na desembocadura do
Tejo, onde é comum haver uma faixa de rebentação, induzida pela diminuição da
profundidade. O termo deu nome a São Julião da Barra, no concelho de Oeiras, distrito
de Lisboa, e Praia da Barra (onde desagua a ria de Aveiro), na freguesia da
Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo, distrito de Aveiro.
BARRANCO DO VELHO – Num sulco ou colo de
passagem na travessia da Serra do Caldeirão, cresceu esta localidade da
freguesia de Salir, no concelho de Loulé, no Algarve.
BARRANCOS – É o nome dos sulcos ou
regueirões ramificados e mais ou menos profundos, escavados nas encostas dos
montes. Este tipo de acidentes erosivos abertos pela escorrência das águas
pluviais deu nome à vila e ao município raiano do distrito de Beja.
BARREIRO – Terreno barrento ou
sítio onde se explorou ou explora barro. O termo deu nome à cidade e ao
município do distrito de Setúbal, frente a Lisboa, na outra margem do Tejo.
BARREIROS - O termo, que refere
os sítios onde se explorou ou explora o barro, deu nome à Freguesia do concelho
de Amares, distrito de Braga.
BARRINHA de Esmoriz – Diminutivo de barra,
barrinha é um pequeno cordão de areia em águas pouco profundas, resultante de
acarreios fluviais ou de correntes litorais (deriva). Esta restinga junto à
cidade de Esmoriz, no Concelho de Ovar, distrito de Aveiro, fecha uma laguna.
BARRÔ – Relacionado com
barro, o termo deu nome a uma freguesia, do concelho de Águeda (Aveiro), a uma
outra, do concelho de Resende (Viseu) e a uma localidade da freguesia do Luso,
concelho da Mealhada, distrito de Aveiro.
BARROCA – O termo, que alude a
um sulco no terreno, à semelhança de barranco, deu nome a uma freguesia do
concelho do Fundão, no distrito de Castelo Branco.
BARROCAL – Termo simultaneamente
usado para designar terreno onde há barrancos ou barrocas e para referir
terreno onde há muitos penedos ou barrocos. No Algarve, o nome refere uma
região natural, entre a faixa litoral e a serra, caracterizada quer do ponto de
vista geológico (por terrenos maioritariamente calcários mesozóicos) e
geomorfológico, quer no que diz respeito à biodiversidade e à ocupação humana.
Barrocal é uma freguesia do concelho de Pombal, distrito de Leiria. Barrocal do
Douro é uma aldeia da freguesia de Picote, concelho de Miranda do Douro,
distrito de Bragança.
BARROS – O termo que, no
plural, alude a um terreno argiloso lamacento, deu nome a uma freguesia do
concelho de Vila Verde, distrito de Braga e a uma outra – Azinheira de Barros -
no concelho de Grândola, distrito de Setúbal. O termo, no plural, alude a um
terreno argiloso lamacento.
BARROSO - O termo, que alude ao
terreno barrento, lamacento em tempo de chuva, deu nome a Alturas do Barroso,
aldeia do concelho de Boticas, distrito de Vila Real e Covas do Barroso, aldeia
do mesmo concelho e distrito.
BELMONTE – Contração de belo
monte. O termo alude à beleza paisagística de um relevo ou monte, dando, assim,
o nome à vila e município do distrito de Castelo Branco, na sub-região da Cova
da Beira.
BICA – Nome de bairro da
cidade de Lisboa. Deriva de uma fonte cuja água fluía ruidosamente para um
tanque do século XVlll, no Pátio de Broas ou Vila Pinheiro, nesta cidade.
BISCOITOS – Nos Açores, designa
uma lava escurecida, recente, de superfície irregular, ruiniforme, também
conhecida, localmente, por queimada, onde é frequente o cultivo da vinha e,
eventualmente, da figueira. O termo refere uma freguesia do concelho da Praia
da Vitória, na Ilha Terceira.
BOLIQUEIME – Palavra de origem
italiana, que significa "olhos d' água", deu nome a uma freguesia do
concelho de Loulé. O termo começou por referir um povoado nascido junto de uma
importante fonte (os referidos "olhos d'água") onde genoveses,
venezianos e sicilianos que, nos séculos XIII, XIV e XV, demandavam a costa
algarvia para a pesca do atum e da baleia, iam abastecer-se da indispensável
água potável.
BOMBARRAL
- Vila e concelho do distrito de Leiria deve o nome à variante contracta de
monte barral, isto é, monte de solo barrento.
BREJO – O termo, que refere
um terreno alagadiço, pantanoso, deu nome a Brejo Cimeiro, na freguesia de
Cernache do Bom Jardim, concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, a Brejo
Cimeiro e Brejo Fundeiro, no concelho de Vila de Rei, no mesmo distrito, e a
Brejos de Azeitão, no concelho de Setúbal.
BURACAS – No sentido
geomorfológico de abrigo sob rocha, são pequenas reentrâncias de desenvolvimento
horizontal abertas em vertentes calcárias abruptas (canhões). A sua origem está
relacionada com o esventrar do maciço calcário pelo aprofundamento de um vale
que intersectou antigas galerias e salas subterrâneas. Um exemplo deste tipo de
acidentes flúvio-cársicos encontra-se no Vale das Buracas, junto à aldeia de
Casmilo, no concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra.
BURGAU – Termo francês, de
origem obscura, usado como sinónimo de seixo ou calhau rolado. Deu nome a uma
localidade e praia algarvias do concelho de Vila do Bispo, no Algarve.
O
ODECEIXE – Neste
topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe
que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta
freguesia do concelho de Aljezur, no distrito de Faro, é o Rio Seixe.
ODELEITE - Neste
topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe
que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta freguesia do concelho de Castro Marim é rio
com o mesmo nome.
ODELOUCA - Neste
topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe
que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta
localidade de freguesia e concelho de Silves, no distrito de Faro, é o rio com
o mesmo nome.
ODEMIRA - Neste
topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe
que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta
freguesia do concelho de Aljezur, no distrito de Faro, é o Rio Mira.
ODIÁXERE - Neste
topónimo, o elemento “ode”, aportuguesamento de “oued”, nome de origem árabe
que designa curso de água. Neste caso, o curso de água que deu nome a esta
freguesia do concelho de Aljezur, no distrito de Faro, é a ribeira do mesmo
nome.
ODIVELAS – Pode
admitir-se a decomposição da palavra nos elementos “odi” (do árabe “wadi”, rio)
e “belis” (do pré-romano, negro, escuro). A palavra deu nome à cidade e
município do distrito de Lisboa e à freguesia do concelho de Ferreira do
Alentejo, distrito de Beja.
OLHÃO - Cidade e
município do distrito de Faro. Diz-se que o termo, terá derivado da palavra
árabe, «al-hain», que significa fonte nascente, e que sofrendo as modificações
fonéticas e fonológicas, naturalmente terão levado ao aparecimento do termo “Alham”,
depois “Olham” e, finalmente, Olhão. Na versão popular e segundo velhos
testemunhos, Olhão é o aumentativo do substantivo comum "olho", com
origem num grande "Olho de Água" (fonte, nascente ou poço de grande
caudal), já que na zona existiam abundantes olhos de água, o que originou a
construção das primeiras "palhotas", feitas em cana e colmo.
OLHOS D’ÁGUA –
Expressão sinónima de nascente deu nome a esta freguesia do concelho de
Albufeira, no Algarve.
ORCA – O nome
desta freguesia do concelho do Fundão (Castelo Branco) está relacionado com uma
possível anta (dolmen ou orca).
OUTEIRO – Do
latim “altare”, altar, o termo ganhou o significado de pequena elevação no
terreno e deu nome a uma freguesia do concelho e distrito de Viana do Castelo e
a outra do concelho de Montalegre, distrito de Vila Real. Outeiro da Cabeça é
uma freguesia do concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa. Outeiro Pequeno
é uma localidade da Freguesia de Assentiz, concelho de Torres Novas, distrito
de Santarém. São Bartolomeu do Outeiro é uma freguesia do concelho de Portel,
distrito de Évora. Aldeia de Outeiro é uma freguesia do concelho e distrito de
Bragança.
P
PADORNELOS – Padornelo é uma forma
arcaica de padrão que, por seu turno, é uma alteração de pedrão, grande pedra
com a função de marco ou baliza. O termo deu nome a uma freguesia do concelho
de Montalegre, distrito de Vila Real.
PATEIRA DE FERMENTELOS ou, simplesmente,
Pateira - Lagoa localizada na junção dos concelhos de Águeda, Aveiro e Oliveira
do Bairro, antes da confluência do Rio Cértima com o Rio Águeda. O termo alude
a charco ou pântano com patos.
PAÚL – Termo com vários
significados, com destaque para laguna, pântano, brejo, lamaçal, atascadeiro,
atasqueiro, charco, lameiro, lodaçal, deu nome a Paúl, uma freguesia do
concelho da Covilhã (Castelo Branco), e a uma localidade da freguesia de São
Pedro e São Tiago, no concelho de Torres Vedras, distrito de Lisboa. Serviu de
elemento toponímico de São Vicente do Paúl, uma freguesia do concelho de
Santarém; Paúl do Mar, uma freguesia do concelho da Calheta (Madeira), a um
sistema lagunar, Paúl da Tornada, no concelho de Caldas da Rainha (Leiria); a
um outro Paúl de Arzila, nos concelhos de Coimbra, Condeixa-a-Nova e
Montemor-o-Velho; Paúl do Boquilobo, nos concelhos de Torres Novas e Golegã
distrito de Santarém; Paúl da Praia da Vitória, na Ilha Terceira, Açores, e
Paúl da Serra, num planalto da Ilha da Madeira.
PEDERNAIS – Este topónimo alude à
abundância de pedra à vista neste lugar da freguesia de Ramada, concelho de
Odivelas, distrito de Lisboa.
PEDERNEIRA – Nome vulgar do sílex,
está na base do topónimo de uma aldeia do concelho de Ourém, distrito de
Leiria, e de um bairro na vila da Nazaré, no mesmo distrito. Pederneira, bairro
da Nazaré.
PEDRA (Monte da) - O termo alude à
abundância de pedra (granito) nesta freguesia do concelho do Crato, distrito de
Portalegre.
PEDRA (Pico da) – neste caso, uma
rocha basáltica, deu nome a esta freguesia do concelho da Ribeira Grande, na
Ilha de São Miguel, Açores.
PEDRA FURADA – No caso das duas
localidades do concelho de Sintra, uma na freguesia de Almargem do Bispo e
outra na de Montelavar. O topónimo alude a paisagem cársica, nomeadamente às
formas de lapiás esculpidas nos calcários do Cretácico. No caso do lugar que
foi freguesia do concelho de Barcelos (Braga), está associado a uma lenda
segundo a qual Santa Leocádia foi enterrada no povoado, mas a lápide uma
abertura circular, por onde ela terá saído.
PEDRALVA - Contração de “pedra
alva” (pedra branca), deu nome a uma freguesia do concelho de Braga e a uma
aldeia, no concelho de Vila do Bispo, Algarve.
PEDRAS RUBRAS - Ou pedras vermelhas,
lugar da freguesia de Moreira, concelho da Maia, distrito do Porto.
PEDRAS SALGADAS - Pedras de onde
emanam águas termais ricas em carbonato de sódio, particularidade que deu nome
a esta estância termal da freguesia de Bornes de Aguiar, concelho de Vila Pouca
de Aguiar, distrito de Vila Real.
PEDRAVEDRA – O elemento “vedra”, do
latim “vetere” alude à antiguidade de uma pedra, formando assim o topónimo
desta localidade da freguesia e concelho de Mondim de Basto, no distrito de
Vila Real.
PEDREIRA - De pedreira, local de
onde se extrai pedra, neste caso, calcário, deu nome a esta freguesia do
concelho de Tomar, distrito de Santarém, e a uma outra do concelho de Porto de
Mós, distrito de Leiria.
PEDREIRAS - Aldeia do concelho de
Sesimbra, situada a oeste da Serra da Arrábida, marcada pela intensa exploração
de calcário.
PEDRINHA (Eira) - Lugar da freguesia
de Condeixa-a-Velha, concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra. O nome
tem origem no latim vulgar “area petrina”, que quer dizer “eira feita de
pedra”. Neste caso, pedrinha é um adjectivo e não o diminutivo de pedra.
PEDRÓGÃO – Termo resultante da
junção dos étimos latinos “petra” (pedra) e “granum” (grão), certamente alusivo
à presença muito localizada de granito (rocha granular), no seio de outras
rochas, deu nome à freguesia de Pedrógão, no concelho da Vidigueira (Beja), à
vila e município de Pedrógão Grande, no concelho de Torres Novas (Leiria), à
freguesia de Pedrógão Pequeno, no concelho da Sertã (Castelo Branco) e à
freguesia de Pedrógão de São Pedro, no concelho de Penamacor (Castelo Branco).
PEDROGO – Termo alusivo a
pedra, é topónimo de uma aldeia na freguesia de Vilar da Veiga, concelho de
Terras de Bouro (Braga), e de uma outra, na freguesia de Carapeços, concelho de
Barcelos (Braga).
PEDROSO – O mesmo que
pedregoso, compõe o topónimo Alter Pedroso. O nome desta freguesia do concelho
de Alter do Chão, do distrito de Portalegre, deriva do povoado romano
“Abelterium”, edificado num relevo pedregoso a cerca de 400 metros de altitude,
onde existiu um outro da Idade do Ferro. Com o significado “de feito de pedra”,
deu nome a Pedroso, antiga freguesia com origem no Castro do Monte Murado
(Castro Petroso), do concelho de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
PEDROUÇOS – O termo, que significa
monte de pedras, deu nome a uma freguesia do concelho da Maia (Porto), a uma
localidade satélite da cidade de Alfena, no concelho de Valongo (Porto) e a um
bairro de Lisboa.
PEDRULHA – O mesmo que cascalho,
deu nome a uma antiga aldeia na periferia da cidade de Coimbra, hoje um bairro
da cidade.
PEGÕES
– Ou grandes pegos, do latim “pegalus", que significa retenção de água, ou
poço, no leito de estiagem de um rio. O termo deu nome a esta freguesia do
concelho do Montijo (Setúbal).
PENA - Nome de uma antiga
freguesia do concelho de Lisboa, de uma aldeia histórica do concelho de S.
Pedro do Sul (Viseu) e de um lugar da freguesia de Santa Luzia, no Funchal, no
cimo de uma penha. São Miguel da Pena é uma freguesia do concelho de Vila Real
e Pena Verde, uma freguesia do concelho de Aguiar da Beira (Guarda). Do latim
“pinna” com o significado de pena, penedo, penha e penhasco, deu nome a uma
série de localidades marcadas pela presença deste tipo de acidente
fisiográfico.
PENACOVA - Vila e concelho do
distrito de Coimbra. O topónimo, junção dos elementos “pena” (ou penha) e
“cova”, alude ao relevo rochoso ali escavado pelo vale profundo do Mondego.
PENAGUIÃO (Santa Marta de) – O
primeiro elemento do topónimo refere-se à padroeira da freguesia e o segundo
parece vir do português antigo “pena do aguião”, ou “penha do aquilão” (do
latim “aquilone”, o vento norte).
PENAFIEL – O nome, do latim
“penna fidelis”, que significa penha fiel, evoca uma fortificação erguida num
penhasco que nunca se rendeu, junto da qual cresceu esta cidade e município do
distrito do Porto.
.PENAFIRME (Póvoa de) – O segundo
elemento do topónimo desta localidade da freguesia de A dos Cunhados, no
concelho de Torres Vedras (Lisboa) alude à pedra, no sentido de terreno firme,
onde foi construído o novo convento.
PENAJOIA – Admite-se que o nome
desta freguesia do concelho de Lamego (Viseu) queira dizer a Penha de Júlio, do
latim “Pinna Julia”.
PENALVA DO CASTELO – Vila e sede de
concelho do distrito de Viseu, deve o nome à existência de uma fortificação, de
que há vestígios, erguida sobre uma penha esbranquiçada (alva).
PENAMACOR – O nome desta vila e
município do distrito de Castelo Branco, segundo a lenda, teve origem num
célebre salteador de nome Macor que tinha abrigo numa caverna num rochedo referido por “Penha de Macor”, de onde o
topónimo.
PENAS RÓIAS – O topónimo desta
freguesia do concelho de Mogadouro (Bragança) significa penas ou penhascos de
cor avermelhada, certamente inspirado na cor das pinturas deixadas nos quartzitos
(sobre que assenta o que resta do velho castelo) pelos nossos antepassados do
final da Idade do Bronze, início da Idade do Ferro.
PENEDONO – Freguesia e concelho
do distrito de Viseu, que data do século X, referido na forma “Pena de Dono”, o
que quer dizer, segundo a opinião mais consensual, Penha ou Castelo de Dono,
sendo Dono um nome pessoal, vulgar na época.
PENELA – Vila e sede de
concelho do distrito de Coimbra. Na origem, de raiz latina, o topónimo
significa penha pequena, mas com o passar do tempo, passou a querer dizer fortificação, aludindo ao castelo
sobre ela erguido em começos do século XI.
PENHA GARCIA – Nesta freguesia do
concelho de Idanha-a-Nova (Castelo Branco) o elemento “penha” alude, sem
dúvida, às fragas de quartzito, com 490 milhões de anos (Ordovícico) que
encimam o relevo local. O elemento “Garcia” tem sido explicado como sendo o
nome de um tal Garcia Mendes, senhor das terras envolventes, no século XIII.
PENHAS - O termo “penha”, do
latim “pinna”, alude aos grandes afloramentos rochosos ou fragas, como os das
Penhas Douradas e das Penhas da Saúde, no concelho da Covilhã (Castelo Branco)
e as das Penhas Juntas, freguesia do concelho de Vinhais (Bragança).
PENHASCOSO - Lugar de muitas
penhas deu nome a esta freguesia (antiga Panascoso) do concelho de Mação,
distrito de Santarém.
PENICHE – Cidade e concelho do
distrito de Leiria, cujo nome se admite derivar de “pen insula”, ou seja, quase
ilha.
PENINHA – Diminutivo de penha,
deu nome a um sítio turístico na Serra de Sintra, no distrito de Lisboa.
PERA – Forma arcaica de
pedra, deu nome a esta antiga freguesia do concelho de Silves, no Algarve.
Associada ao mesmo topónimo, Armação de Pera é uma antiga comunidade piscatória
desenvolvida na dependência da citada povoação de Pera, iniciada com uma
armação de pesca ao atum e hoje conhecida como uma importante localidade
turística com praia. Igualmente, Castanheira de Pera é uma vila e concelho do
distrito de Leiria. O seu primeiro nome, até meados do século XIX, foi
Castanheira de Pedrógão.
PERABOA – Admite-se que o termo
alude a pedra de boa qualidade, dando nome a uma freguesia do concelho da
Covilhã.
PERAFITA - Ou pedra erguida
(fita), alude, em particular, a um monumento megalítico do tipo “menhir” e deu
nome a uma antiga freguesia do concelho de Matosinhos, distrito do Porto.
PERALVA – Ou pedra branca
(alva), deu nome a uma localidade do concelho de Tavira (Faro) e a uma
freguesia do concelho de Tomar (Santarém).
PERAMANCA – Ou pedra tombada,
alude, em particular, a um monumento megalítico do tipo “menhir” caído (manco).
O termo deu nome a uma quinta com capela, São José de Peramanca, nos arredores
da cidade de Évora.
PERA VELHA – O nome desta
freguesia do concelho de Moimenta da Beira, (Viseu), alude às grutas naturais
abertas na rocha, que deram habitação aos primeiros ocupantes da região.
PEROLIVAS
– Freguesia do concelho de Reguengos de Monsaraz. O termo deriva de “pera”,
nome arcaico de pedra, e “oliva”, nome latino da azeitona, e refere pedras da
cor deste fruto da oliveira, neste caso os xistos verdes em resultado de
metamorfismo de vulcanitos.
PIÇARRAS – Termo popular que
tanto alude terra areenta com pedras, como a xisto e ardósia. No caso de
Piçarras, aldeia da freguesia e concelho de Castro Verde (Beja), o topónimo
refere o terreno de xisto do Carbónico marinho do Alentejo. No da aldeia da
freguesia e concelho de Vendas Novas (Évora), alude ao terreno arenoso do
Pliocénico da Bacia do Tejo-Sado.
PICO – Relevo pontiagudo como
é o do vulcão compósito que deu nome a uma das nove ilhas do arquipélago dos
Açores e às vilas e concelhos de Lajes do Pico e São Roque do Pico, nesta ilha.
PICO DA PEDRA – Nesta freguesia do
concelho da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel (Açores) termo “pico” refere
os relevos rochosos salientes na paisagem local. O pico junto do qual se
estabeleceu esta freguesia é o menos pronunciado, com apenas 234 metros de
altitude.
PICO DAS TORRES – De natureza vulcânica,
o segundo pico mais alto (1851 m) da ilha da Madeira, situado entre o Pico
Ruivo e o Pico do Arieiro.
PICO
DO ARIEIRO - De natureza vulcânica, é o terceiro pico mais alto (1818 m) da
ilha da Madeira.
PICO DO CARVÃO - É uma elevação de
natureza vulcânica, com 813 metros de altitude, localizada no Maciço das Sete
Cidades, na ilha de São Miguel, Açores.
PICO RUIVO - De natureza vulcânica,
com 1862 m de altitude, é o pico mais alto da Ilha da Madeira e a terceira
montanha mais alta de Portugal, depois do vulcão do Pico, nos Açores, e da
Serra da Estrela, no continente.
PONTA DELGADA – Neste e noutros
topónimos das Ilhas portuguesas, o termo “ponta” designa o que, no continente é
referido por cabo, ou seja, uma saliência, alcantilada ou não, da linha de
costa. Esta cidade, na Ilha de São Miguel (Açores) “é assim chamada por estar
situada junto de uma ponta de pedra de biscouto (lava escurecida recente, de
superfície irregular, ruiniforme), delgada e não grossa como outras da ilha,
quasi raza com o mar” escreveu Gaspar Frutuoso, no século XVI. Semelhante
explicação, justifica o topónimo Ponta Delgada dado a uma freguesia do concelho
de Santa Cruz, na Ilha das Flores (Açores). No concelho de São Vicente
(Madeira), a freguesia de Ponta Delgada, na costa norte da ilha, deve o nome a
um imponente promontório.
PONTA DO PARGO - No extremo oeste da
Ilha da Madeira, o alcantilado cabo deu o nome a esta freguesia do concelho da
Calheta.
PONTA DO SOL - Freguesia e sede de
município da costa sul da Ilha da Madeira localizada numa reentrância do
litoral com praia de calhaus, do lado oriental de um promontório rochoso.
PONTA GRAÇA - É uma freguesia do
concelho de Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel.
PORTALEGRE - Contracção de “porto”,
no sentido de 'passagem', e “alegre”, numa alusão à beleza da paisagem, deu
nome a esta cidade sede de município do Alto Alentejo.
PORTEL – Vila e concelho do
distrito de Évora, este topónimo radica no latim “portellus”, com o significado
de pequeno porto, no sentido de passagem entre montes.
PORTELA – Com o significado de
pequeno porto, no sentido de passagem entre montes, deu nome a uma freguesia
concelho de Loures, distrito de Lisboa. Efectivamente portela é um acidente
geomorfológico correspondente ao ponto mais baixo (depressão) entre dois picos
pertencentes à mesma cadeia de montanha e que é aproveitado para passar de um
lado, de um vale, para o outro, outro vale. Ou seja, é usado como ponto de
passagem entre dois vales. A Portela de Loures é mais conhecida por Portela de
Sacavém ou simplesmente Portela. Até há pouco deu nome ao aeroporto Humberto
Delgado. Há dezenas de portelas por todo o país. Portela do Homem, Terras do
Bouro, Braga; Portela da Viúva, Monchique, Faro. Garganta, porto, passo ou colo
são outras designações para o mesmo tipo de acidente fisiográfico.
Algumas portelas deram nome a
freguesias:
Portela
- freguesia no concelho de Amares;
Portela
- freguesia no concelho de Arcos de Valdevez;
Portela
- freguesia no concelho de Loures;
Portela
- freguesia no concelho de Monção;
Portela
- freguesia no concelho de Penafiel;
Portela
- freguesia no concelho de Vila Nova de Famalicão;
Portela
- lugar na freguesia de Santiago de Besteiros
Portela
das Cabras - freguesia no concelho de Vila Verde;
Portela do Fojo - freguesia no
concelho da Pampilhosa da Serra;
Portela Susã - freguesia no
concelho de Viana do Castelo.
Portela - freguesia de S.
Mateus, Graciosa. Curiosamente, nesta ilha existe uma elevação, anexa ao
vulcão, que se designa de Portela.
Portela – localidade no
concelho de Machico, Madeira.
PRAIA - Freguesia do concelho
de Santa Cruz, na Ilha Graciosa. No local, a costa é rasa, com praia de areia
na zona mais abrigada da baía.
PRAIA DA VITÓRIA – Esta cidade, sede de
concelho localizada numa ampla baía, no extremo oriental da Ilha Terceira,
Açores, deve o nome ao extenso areal, o único da ilha e o mais extenso do
arquipélago, que ali se formou.
PRAIA DO ALMOCHARIFE – Esta freguesia do
concelho da Horta, na costa oriental da Ilha do Faial, deve o nome à extensa
praia de areia que ali se formou. Entenda-se por almoxarife o encarregado do
local (almoxarifado) onde se guardam os materiais ou objectos destinados ao
funcionamento de um estabelecimento público ou privado.
PRAIA DO NORTE - Esta freguesia do
concelho da Horta, na costa virada a norte, na parte ocidental da Ilha do
Faial, deve o nome à praia de areia que ali se formou.
PRAINHA – Esta freguesia do
concelho de São Roque do Pico, na costa virada a norte, na Ilha do Pico,
Açores, deve o nome à praia de areia que ali se formou.
A
ABRANTES – Cidade e sede de
concelho do distrito de Santarém, cujo nome poderá estar relacionado com a
ocorrência de ouro nas areias do Tejo, com base no étimo latino “aurum”,
através da forma “Aurantes”.
ACHADA – O termo significa
planura no alto de um monte. Como topónimo, é frequente na Macaronésia lusófona
e refere as terras altas e aplanadas de origem vulcânica, no geral, de bons
solos. Nos Açores, Achada é uma
freguesia do concelho de Nordeste, na Ilha de São Miguel. Na Madeira
designa sítios nas freguesias: da Camacha, no concelho de Santa Cruz; do
Campanário, no concelho da Ribeira Brava; do Curral das Freiras, no concelho de
Câmara de Lobos; do Porto da Cruz, no concelho do Machico; de Porto Moniz, no
concelho do mesmo nome; de São Roque, no concelho do Funchal. O mesmo termo
compõe os topónimos ACHADA GRANDE em sítios das freguesias da Boaventura, no
concelho de São Vicente; de Nossa Senhora do Monte, no concelho do Funchal; de
São Jorge, no concelho de Santana.
ACHADINHA – O termo, que refere
uma achada de pequenas dimensões, deu nome a esta freguesia do concelho do
Nordeste, na Ilha de São Miguel (Açores) e a vários sítios na Ilha da Madeira,
um na freguesia da Boaventura, no concelho de São Vicente; outro na freguesia
da Camacha, no concelho de Santa Cruz; outro na freguesia de Gaula, no mesmo
concelho; e outro, ainda, na freguesia de Porto da Cruz, no concelho do
Machico.
ADIÇA - Antigo nome português
sinónimo de mina de ouro ou de outros metais. O termo deu nome à antiga mina de
ouro na região da Fonte da Telha, a norte da Lagoa de Albufeira, no Concelho de
Almada, conhecida por Mina da Adiça e Mina do Príncipe Regente. Esta exploração
ficou célebre por ali se ter procedido à lavra deste metal nobre, pensa-se que
a partir do reinado de D. Sancho I até começos do século XX.
ADIÇA ( SOBRAL DA) é uma freguesia do
concelho de Moura, no Baixo Alentejo. Sobral é um terreno com sobreiros e Adiça
alude a uma mina de ouro que houve na proximidade, pensa-se que, inicialmente,
explorada por fenícios, depois pelos romanos e, por fim, pelos árabes.
ÁGUA D’ALTO – A expressão alude a
uma queda de água, com cerca de trinta metros de altura, que deu nome a uma
freguesia do concelho de Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel, Açores.
ÁGUA DE PAU – Sobre esta vila e
freguesia do concelho de Lagoa (São Miguel Açores), escreveu Gaspar Frutuoso,
no século XVI: "Água de Pau assim chamada porque, segundo alguns, indo por
ali os antigos descobrindo a costa do mar, acharam uma ribeira que caía de um
alto e não sabiam determinar se era pau, se água, mas chegando mais perto viram
ser água que corria por um pau que ali estava derribado. Mas, segundo outros
mais certos, vendo os primeiros descobridores da ilha cair pela rocha a água
desta ribeira, curva e arcada, para o mar, lhe parecia pau por onde a água
corria, e uns apostavam com os outros que era pau, outros que era água, até que
chegando mais perto viram ser ribeira, e pela diferença que tiveram sobre ela,
se era pau ou água, ainda que por pau não corria, lhe chamaram Àgua do
Pau."
ÁGUA DE PENA – A origem do nome desta
freguesia do concelho de Machico, na Ilha da Madeira, poderá estar relacionada
com a existência duma fonte brotando da rocha, na medida em que pena (o mesmo
que penha) é um afloramento rochoso.
AGUADA – Terreno alagadiço O
termo deu nome a AGUADA DE CIMA, vila e freguesia do concelho de Águeda
(Aveiro), e a AGUADA DE BAIXO, antiga freguesia do mesmo concelho.
AGUALVA – O termo radicado no
latim aqua alba, começou por ser o nome de uma ribeira (também referida por
ribeira das Jardas), em alusão à limpidez das suas águas. Deu nome à freguesia
de AGUALVA-CACÉM, elevada a vila em 1985 e a cidade, em 2001. AGUALVA é, ainda
o nome de uma freguesia do concelho de Praia da Vitória, na Terceira (Açores) e
de três lugares no continente: um na freguesia de Arões, concelho de Vale de
Cambra, outro na freguesia de Marateca, concelho de Palmela e outro na
freguesia de Sabacheira, concelho de Tomar.
ALAGOA – Outra forma do termo
lagoa no sentido de lago de pequenas dimensões. O termo deu nome a uma
freguesia do concelho de Portalegre.
ALBUFEIRA – Do árabe
“al-buhayrâ”, que significa baía de água salobra, quase completamente isolada do mar por barras de areia. O termo
deu nome a uma praia e a uma cidade do distrito de Faro, no Algarve.
ALCABIDECHE – Admite-se que o nome,
com origem no latim “caput aquæ”, através do árabe “al-qabdaq”, que significa
cabeça de água, foi atribuído a esta localidade, hoje freguesia do concelho de
Cascais (Lisboa), em virtude da existência de duas importantes fontes a cujas
águas se atribuíam qualidades medicinais. Depois dos romanos, a presença
muçulmana em Alcabideche foi particularmente marcante.
ALCÂNTARA - O nome deriva do árabe
"al-qantara", que significa ponte, em alusão à que atravessava a
ribeira nesse local do vale.
ALCOCHETE – Vila e sede de
concelho do distrito de Setúbal, cujo topónimo se admite relacionado com os
fornos de cal que eram tradicionais na região, com base no árabe “al kuxat”, o
forno.
ALGUEIRÃO - Localidade da
freguesia de Algueirão-Mem Martins, concelho de Sintra, distrito de Lisboa, o
seu nome radica no árabe “al jairan”, a gruta.
ALFAMA – Nome do bairro de
Lisboa, com origem no árabe “al hamma”, que significa fonte de água morna
(termal).
ALFUNDÃO – Troço do terreno, de
dimensões maiores ou menores, afundado relativamente à área envolvente. O mesmo
que fundão, cova e barroca. O termo deu nome a uma freguesia do concelho de
Ferreira do Alentejo. Segundo uma outra interpretação, o termo está relacionado
com o nome próprio, Fundana, de uma importante família da época, a que os
árabes acrescentaram o artigo “a”l.
ALGAR – Poço natural aberto em
terrenos calcários ou vulcânicos. Tem origem no colapso de abóbadas e tectos
das grutas ou abatimentos do fundo de dolinas e sumidouros. O nome radica no
árabe “al-gar” que significa cova ou buraco. São exemplos o Algar do Pena, no
Maciço Calcário Estremenho, na freguesia de Alcanede, concelho de Santarém; o
Algar Seco, na freguesia do Carvoeiro, concelho de Lagoa, Algarve. Na Ilha
Terceira, Açores, o Algar do Carvão é um profundo poço no interior de um
vulcão.
ALGÉS – O termo, de origem
árabe “al-geis”, o giz, relaciona-se com a existência de jazidas na
proximidade, onde se procedia à lavra do gesso no tempo da ocupação muçulmana e
em períodos anteriores. Com efeito, em Espargal, neste concelho, existe uma
pequena ocorrência gipsífera do Cenomaniano médio, a 40m de profundidade, que
foi explorada para extracção de gesso branco, acabando por fechar em 1961. O termo
deu nome à antiga povoação que se tornou vila (em 1991) e à freguesia (em 1993)
do concelho de Oeiras, na Grande Lisboa.
ALIJÓ – Vila e município do
distrito de Vila Real deve o nome ao termo latino “lageniola”, que significa
pequena laje.
ALMADA – O nome radica na
expressão árabe “al-ma'adan", que significa a mina, uma vez que, durante o
domínio muçulmano da Península Ibérica, os árabes lavravam o ouro na Adiça, uma
mina no termo do Concelho, mais tarde conhecida por Mina do Príncipe Regente.
Almada é hoje uma cidade do Distrito de Setúbal, região da Grande Lisboa e
sub-região da Península de Setúbal.
ALMADA DE OURO - Aldeia Algarvia, do
concelho de Castro Marim, situada na vizinhança do rio Guadiana, no local onde,
outrora, se procedeu à extracção de ouro.
ALMANCIL – Há autores que
defendem, que o nome provém da palavra, árabe, "al mansil" que
significa curso de água. Segundo outros autores, este topónimo da freguesia do
concelho de Loulé teria origem no termo "al mançal", nome árabe de
estalagem.
ALMEIDA – Existem várias versões
para origem do nome. Mas a interpretação mais consensual é a que defende a sua
raiz no árabe “al meda” que significa terra plana e, também, “mesa”. Almeida é
uma vila e sede de município do Distrito da Guarda e o seu nome faz perfeito
sentido na medida em que se encontra situada num vasto planalto, continuação em
Portugal da grande Meseta ibérica. Uma outra interpretação aponta a origem do
topónimo no árabe al maida, que significa outeiro. Com efeito, esta bela vila
fortificada instalou se numa suave elevação do terreno.
ALPEDRINHA – Nome derivado do latim
"petrinea" que significa pedrinha, antecedida do artigo árabe, al. É
vila e sede de freguesia do concelho do Fundão, no distrito de Castelo Branco.
ALPORTEL - Do latim "portellus",
pequeno porto, no sentido de passagem entre montes, antecedido do artigo árabe
"al". Alportel, povoado muçulmano no Algarve, antecedeu São Brás de
Alportel, hoje vila e concelho no distrito de Faro.
ALVADIA – O termo, sinónimo de
esbranquiçada, alude à brancura desta freguesia do concelho de Ribeira de Pena,
distrito de Vila Real, quando coberta de neve.
ALVADOS - O nome, que provém do
árabe "al barde", alude a terra fria. Freguesia do concelho de Porto
de Mós, no distrito de Leiria. Nela se situam as Grutas de Alvados,
consideradas as mais espectaculares e mais bem preservadas em Portugal.
ALVALADE – Do árabe, campo
murado, deu nome a uma freguesia do concelho de Lisboa e a outra do concelho de
Santiago, no distrito de Setúbal.
ALVÃO (Serra do) – Importante
relevo do distrito de Vila Real, com 1230 metros de altitude. O termo alude à
sua brancura quando coberta de neve.
ALVERCA - O termo árabe
"al birka", que significa terreno alagadiço ou pantanoso, deu nome a
Alverca do Ribatejo, cidade do concelho de Vila Franca de Xira, distrito de
Lisboa, e a Alverca da Beira, freguesia do concelho de Pinhel, distrito da
Guarda.
ALVIELA (Reguengo do) – O termo, radicado no
latim "venella", significa veio de água. Antecedido do artigo árabe
al, deu nome a uma aldeia na freguesia de S. Vicente do Paul, concelho de
Santarém. Reguengo era a designação atribuída às propriedades que, desde a
fundação de Portugal e até à extinção do Antigo Regime, pertenciam ao rei e lhe
pagavam direitos e foros.
ALVOR – O termo árabe “albur”,
a charneca, deu nome a esta freguesia do concelho de Portimão, no Algarve.
ANADIA – A expressão latina
"aqua nativa", que significa fonte natural, está na origem do nome
desta cidade, sede de concelho, do distrito de Aveiro.
ANGRA DO HEROÍSMO – Angra é uma pequena
baía ou enseada em litorais rochosos, como é o caso na costa sul da ilha
Terceira, onde nasceu e cresceu esta cidade açoriana, sede de município. Em
reconhecimento de tantos e tão destacados serviços à causa liberal, no século
XIX, recebeu, em 1837, o título de "mui nobre, leal e sempre constante
cidade de Angra do Heroísmo".
ARCO DE SÃO JORGE - O nome desta
Freguesia do concelho de Santana, na Ilha da Madeira, advém dos montes que a
circundam em forma de arco.
AREEIRO
– Sítio onde se explora areia. O termo deu o nome ao Bairro de Lisboa situado
na região da cidade onde, até meados do século XX, se explorou areia do
Miocénico.
AREIA (Fonte da) – Local da
costa norte da ilha do Porto Santo, marcado pela presença de uma fonte de água,
que se acreditava ter virtudes medicinais, brotando de dentro de um importante
depósito arenítico de acumulação eólica, do tipo eolianito.
AREIAS
– Por terem nascido em terrenos francamente arenosos tomaram este nome, entre
outras, uma freguesia no concelho de Ferreira do Zêzere, uma localidade no
concelho de Cascais, outra na freguesia de Amedo, concelho de Carrazeda de
Ansiães (Bragança), outra na freguesia de Moncarapacho, concelho de Olhão, e
uma outra Areias de São João, em Albufeira, estas últimas no distrito de Faro.
Com semelhante relação Santo António das Areias, é uma freguesia do concelho de
Marvão (Portalegre).
ARNAS – Termo derivado do
latim “arena”, que significa areia, é o nome de uma freguesia do concelho de
Sernancelhe, no distrito da Guarda.
ARNEIRO - Terreno muito areento
ou arenoso que deu suporte à freguesia de Arneiro das Milhariças, no concelho
de Santarém, e às aldeias de Arneiro dos Marinheiros, na freguesia de São João
das Lampas, no concelho de Sintra; Arneiro dos Borralhos, na freguesia de
Achete, concelho e distrito de Santarém;
Arneiro
de Sazes, na freguesia do Bom Sucesso, no concelho da Figueira da Foz, distrito
de Coimbra; Arneiro de Fora, na freguesia de Maiorca, no concelho da Figueira
da Foz, distrito de Coimbra; Arneiro de Tremês,
na freguesia de Tremês, no concelho e distrito de Santarém .
ARNEIRO (Monte do) – Freguesia de
Santana, no Concelho de Nisa, distrito de Portalegre.
ARNEIROS - Freguesia de Ventosa,
no concelho de Torres Vedras, distrito
de Lisboa.
ARRAIOLOS – Interpretado como
diminutivo de “arrugio”, que significa arroio, regato. O termo foi usado como
topónimo desta vila, sede de concelho, do distrito de Évora.
ARRIBAS DO DOURO – Dá-se o nome de
arriba a um escarpado litoral, abrupto, talhado na vertical ou quase, pela
acção erosiva do mar. O termo tem sido também utilizado para referir as margens
de rios e lagos com idêntica configuração. O mesmo que falésia. O Parque
Natural de Arribas do Douro é uma área verde protegida, situada nas orlas do
rio Douro, no trecho fronteiriço entre Espanha e Portugal.
ARRIFES – Do árabe “al-rif”, o
termo que, no singular, refere um escarpado rochoso, deu nome a uma freguesia
do concelho de Ponta Delgada, nos Açores.
AVEIRO – O nome desta cidade,
sede de concelho e de distrito, radica no topónimo latino “averius”, vindo do
étimo céltico "aber”, que significa foz ou embocadura de rio, neste caso o
Vouga.
AZECHE – Do árabe “az-zãj”, a
expressão alude à terra negra de um lugar na freguesia de Pataias, concelho de
Alcobaça, onde, no século XIX, se extraiu asfalto na Mina do Canto do Azeche
R
RIA
DE ALVOR - Sistema estuarino no litoral algarvio, entre Portimão e Lagos,
protegido do mar por duas línguas de areia, a Praia de Alvor e a Meia-Praia;
nela desaguam as ribeiras de Odeáxere, Arão, Farelo e Torre.
RIA
DE AVEIRO – Sistema lagunar na costa ocidental, no distrito de Aveiro,
protegido do mar por extenso cordão de areia, cortado entre a Barra e São
Jacinto. Associada ao delta interior do Rio Vouga nela desaguam, ainda, o
Antuã, o Boco e o Fontão.
RIA
FORMOSA – Também conhecida por Ria de Faro-Olhão, é um sistema lagunar do
litoral algarvio, abrangendo os concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila
Real de Santo António, ao longo de cerca de 60 quilómetros, desde o rio Ancão
até à praia da Manta Rota.
RIBEIRA
BRAVA – Vila sede de freguesia e de concelho, na Ilha da Madeira, deve o nome
ao forte caudal da ribeira em cuja foz se instalou e que Gaspar Frutuoso, no
século XVI, qualificou de “furiosa”.
RIBEIRA
CHÃ – O topónimo desta freguesia do concelho da Ribeira Grande, em São Miguel
(Açores) deriva do nome da ribeira junto da qual se instalou.
RIBEIRA
DA JANELA – O topónimo desta freguesia do concelho de Porto Moniz, na Ilha da
Madeira, deriva do nome da ribeira que tem a foz junto da vila, e que também é
a mais longa da ilha.
RIBEIRA
DAS TAÍNHAS - O topónimo desta freguesia do concelho de Vila Franca do Campo,
deriva do nome de uma das ribeiras mais importantes da Ilha de São Miguel,
Açores.
RIBEIRA
DE PENA – Vila, sede de concelho do distrito de Vila Real.
RIBEIRA
GRANDE – cidade, sede de concelho na Ilha de São Miguel, Açores.
RIBEIRA
QUENTE - Freguesia do concelho de Povoação, na Ilha de São Miguel, Açores.
RIBEIRA
SECA – Freguesia do concelho de Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel e
freguesia do concelho da Calheta na Ilha de São Jorge, Açores.
RIBEIRAS
– Freguesia do concelho de Lajes, na Ilha do Pico, Açores.
RIBEIRAS
(Cinco) – Freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores.
RIBEIRAS
(Quatro) – Freguesia do concelho de Praia da Vitória, na Ilha Terceira, Açores.
RIBEIRAS
(Doze) - Freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores.
RIBEIRINHA
– Freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira; freguesia do
concelho da Horta, na Ilha do Faial e freguesia do concelho de Lajes, na Ilha
do Pico, Açores.
RIO
DOURO – Freguesia do concelho de Cabeceira de Basto, no distrito de Braga.
RIO
DE ONOR - freguesia raiana do concelho de Bragança.
RIO
MAIOR – Cidade sede de concelho do distrito de Santarém.
RIO
TINTO – Cidade e freguesia portuguesa do concelho de Gondomar, no distrito do
Porto.
RIOS
(Entre-os-) – Pequena localidade do concelho de Penafiel, no distrito do Porto,
situada na confluência dos rios Douro e Tâmega.
ROCA
(Cabo da) – Forma arcaica de rocha, o termo “roca” alude à arriba rochosa que
suporta o cabo.
ROCHA
(Praia da) – Praia no concelho de Portimão, no Algarve.
S
SABROSA
– No sentido de terra em que abunda o saibro, o termo deu nome a uma vila sede
de concelho do distrito de Vila Real.
SAFARA
– Termo que, em árabe, significa campina, planície, deu nome a esta freguesia
do concelho de Moura, no distrito de Beja.
SALÃO
– Freguesia do concelho de Horta na Ilha do Faial. O topónimo deve estar
relacionado com o saibro grosseiro da bagacina.
SAPAL
- É a designação dada aos terrenos aluvionares vestibulares, periodicamente
alagados pela água do mar e ocupadas por vegetação halofítica. Merecem
referência o Sapal de Castro Marim, no Algarve, o Sapal de Coina, no concelho do
Barreiro (Setúbal), e o Sapal de Corroios, no concelho do Seixal (Setúbal).
SEIXAL
– Terra de muitos seixos. No sentido de calhau rolado, o termo dá nome a uma
cidade e município do distrito de Setúbal e a uma freguesia do concelho de
Porto Moniz, na Ilha da Madeira. º
SEIXEZELO
– O mesmo que seixozinho, do latim vulgar “saxucellum”, deu nome a uma
freguesia do concelho de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
SEIXINHO
– Lugar de Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo.
SEIXINHOS
– Localidade na Freguesia de Cerva, no concelho de Ribeira de Pena, distrito de
Vila Real.
SEIXO
- Calhau de pequenas dimensões, deu nome às freguesias de Seixo, no concelho de
Mira (Aveiro)
e de Seixo de Gatões, no concelho de
Montemor-o-Velho (Coimbra), e a Seixo, pequena aldeia da freguesia de Guia, no
concelho de Pombal (Leiria).
SEIXO
AMARELO – Freguesia do concelho da Guarda.
SEIXOSO
– Diz-se de um local com abundância de seixos. O termo deu nome a uma
localidade do concelho de Penafiel, distrito do Porto.
SERRA
(Pampilhosa da) – Até ao século XIX, este concelho do distrito de Coimbra era
designado, simplesmente, por Pampilhosa, termo que tem origem e “pampilho”,
nome de uma planta campestre, idêntica ao malmequer. Passou a Pampilhosa da
Serra, para a distinguir de Pampilhosa do Botão freguesia do concelho da
Mealhada, distrito de Aveiro. ´
SERRA
(Santo António da) - é uma freguesia do concelho de Santa Cruz, na Ilha da
Madeira.
SERRA
DE ÁGUA - Nos primitivos tempos da colonização da Ilha da Madeira serra de água
era um engenho que permitia serrar madeira utilizando a força da água,
geralmente a de ribeiras. Esta
designação deu nome a uma freguesia do concelho da Ribeira Brava e a um sítio
na freguesia da Calheta.
SERRETA
– Diminutivo de serra, é o nome de uma freguesia do concelho de Angra do
Heroísmo, numa região da ilha Terceira (Açores) marcada pela abundância de
colinas.
SINES
– O termo latino “sinus”, em alusão ao recorte (enseada) da costa marítima, deu
nome a esta cidade, sede de concelho do distrito de Setúbal.
T
TÁBUA
- Do latim vulgar “tabula”, no sentido de região aplanada, é o nome de uma vila
e concelho do distrito de Coimbra.
TABUAÇO
- Do latim vulgar “tabulatium”, derivado de “tabula”, no sentido de região
aplanada, é o nome de uma vila e concelho de distrito de Viseu.
TAROUCA
- Do topónimo pré-romano “tarauca”, vindo do étimo céltico “tar-“, com o
significado de elevação, é o nome desta cidade, sede de concelho do distrito de
Viseu.
V
VALADA
– O termo oriundo do português arcaico, que significa vale extenso e aberto,
deu nome a esta freguesia do concelho do Cartaxo (Santarém).
VALBOM
– Ou vale bom, o termo deu nome a esta cidade do concelho de Gondomar (Porto).
VALE
– Do latim vulgar “vallum”, entendido como um acidente geográfico sob a forma
de uma área alongada e deprimida, mais ou menos extensa, geralmente gerada por
erosão de um curso de água ou de gelo (glaciar), integra diversos topónimos
portugueses: Vale de Cambra, cidade portuguesa da Área Metropolitana do Porto;
Vale de Prazeres, freguesia do concelho do Fundão (Castelo Branco); Vale de
Santarém, freguesia do concelho de Santarém.
VALONGO
– Do latim vulgar “valum longum”, que alude a um vale extenso, o termo deu nome
a esta cidade, sede de concelho do distrito do Porto.
VALPAÇOS
– Da antiga Vale de Paço, depois Vale de Paços, é uma cidade sede de concelho
do distrito de Vila Real.
VALVERDE
– Povoação da freguesia de Nossa Senhora da Tourega, do concelho de Évora.
VÁRZEA
– Superfície aluvial de inundação durante os períodos de cheia. O termo, de
origem incerta, deu nome a localidades como Várzea de Colares, localidade da
freguesia de Colares, no concelho de Sintra (Lisboa); Várzea de Santarém,
freguesia do concelho de Santarém; Várzea da Serra, freguesia do concelho de
Tarouca (Viseu); Várzea dos Cavaleiros, freguesia do concelho da Sertã (Castelo
Branco).
VARZIELA
– Ou pequena várzea é o nome de uma antiga freguesia do concelho de Felgueiras
(Porto).
VEIGA
(Vilar da) - Superfície aluvial de inundação durante os períodos de cheia,
veiga é o mesmo que várzea. O termo deu nome a esta freguesia do concelho de
Terras de Bouro (Braga).