sábado, 24 de dezembro de 2022

Padre António Quintino Sousa Dória

 

Quem era Padre António Quintino sousa Dória nascido em Avô (1823- 1882  )   Pg (99) ,

 É  Irmão do professor   António Joaquim dos Santos, casado com Antónia Emília das Neves,  pais de três filhos e tio  dos médicos  João António de Sousa Dória, do   violinista, poeta e fadista José  António dos Santos Neves Dória, nasceu em Coimbra ,  ( 9 de Novembro de 1824- 1869)  e de José António nasce em Coimbra, no ano de 1924.

João António de Sousa Dória (1814-1877) – natural de Avô, lente na Faculdade de Medicina, que foi professor no Colégio das Artes, no Liceu Nacional de Coimbra e também no Seminário, e foi o primeiro director do Hospício dos Abandonados e clínico da Misericórdia de Coimbra, onde foi escrivão em 1859-1860. todos os restantes irmãos cursaram medicina. 

     

O pai, António Joaquim dos Santos, nascido em Avô leccionou em Coja concelho de Arganil resolveu mudar-se para Coimbra,  para a   Rua do Loureiro, frente à Rua do Salvador.A Casa  dos Dórias.onde o  vai exercer funções como professor de latim, no Colégio das Artes.

 Os Dórias provêm de um  professor genovês, da universidade de Salamanca,   D. Tomaz de Dória, filho do duque de Tursis , Carlo Doria, 1º Duque de Tursi (1 de agosto de 1576 — 9 de janeiro de 1650) e sobrinho  do príncipe  Juaanestim Dória.  

Os Dórias de Avô não foram muito longe que a cidade de Coimbra.  Cardoso da Fonseca, recorda José António dos Santos Neves Dória; o difícil de 1854, quando a cólera morbus atacou Coimbra. Esteve ao serviço do hospital e particularmente dos mais pobres. Teófilo Braga (1843 – 1924), que ainda o conheceu na década de 60 do século XIX refere as suas variações assombrosas sobre o Fado de Coimbra.

 Joaquim Vasconcelos (1849 – 1936), um ano após a morte de José Dória, no seu Livro “Músicos Portuguezes. Biografia – expressa a sua profunda admiração pelo virtuosismo de José Dória, assim como o maçon e carbonário Joaquim Martins de Carvalho “1822 – 1898”,  jornalista  amigo  dos Dórias,  colaborador do jornal “Liberal do Mondego”  e do  “Observador”, funda depois o jornal “Conimbricense”, cujo primeiro número sai a 24 de Janeiro de 1864. Era o célebre “Doutor Latas” na linguagem satírica  dos estudantes de Coimbra.

Padre António Quintino sousa Dória Viveu num período profundamente conturbado, durante a guerra civil; “Maria da Fonte” e a “Patuleia” que, deixara as suas cicatrizes e dificuldades na vila de Avô, que se estenderam até aos tempos da Regeneração. António Quintino sousa Dória  foi  um humanista e lutador por causas justas, sempre na defesa dos mais frágeis, dos mais pobres.

         A carbonaria  formada em Coimbra, a 29 de Maio de 1848 a loja da Carbonária Lusitana, tendo sido eleito como Presidente da Alta Venda, o padre António Maria da Costa, anti jesuíta, que pouco tempo se manteve no cargo. José Dória foi presidir à Choça Liberdade , Segundo dizia  Cardoso da Fonseca, o seu irmão António, acompanhava-o  sempre em todas as causas justas e, quando  se reunia com  a Choça Fraternidade, nas casas do Correio Velho, (Rua das Fangas).

         O Padre António Quintino Sousa Dória, seu irmãos e seus sobrinhos lutaram pelo ideal liberal, e prontos a dar a vida, se necessário pelo que defendiam (juramento). A traição se pagava com a morte. O Carbonário tinha que ter sempre uma arma e o seu carregamento preparado para intervir.

 José  António dos Santos Neves Dória,  casou, mas não deixou descendência. Os irmãos casaram e tiveram filhos. O dia do seu falecimento a 25 de Maio de 1869 em Coimbra. Está sepultado no cemitério da Conchada, que chegou a estar abandonado e logo fora recuperado.

 O Padre António Quintino Sousa Dória quer se queira quer não, foi uma referência de vulto de Avô,  sepultado numa  cova desconhecido, por não estar sinalizada.