Mário José Domingues (3-07-1899- 24-março de 1977) falecendo com 77 anos.
Nasceu na ilha do Príncipe, no arquipélago
de S Tomé, filho de uma negra chamada Kongola
ou Monga , natural de Malange , e de um funcionário da branco da roça , António
Alexandre José Domingues tendo sido levada para a ilha do Príncipe com 15
anos, contratada á força para trabalhar na roça do infante D Henrique ,
propriedade da empresa Casa Lima e Gama.
O
pai trouxe-o para lisboa aos 18 meses, para casa dos avós paternos, avenida
almirante reis n135 onde é criado pelos avós, gente de classe media que poe o neto a
estudar no antigo colégio francês, que na época
se situava na rua Álvaro Coutinho, junto á igreja dos Anjos, onde estudavam os
filhos dos mais privilegiados de Africa, India e Brasil, e admitia raparigas
nos cursos secundários.
Mário José Domingues conviveu com Reinaldo
Ferreira – repórter X 10 de agosto de 1897 — Lisboa, 4 de Outubro de 1935), com
quem participou numa das peças em co-autoria.
Cruzou-se na sala de aulas com Cristiano Lima –
seu futuro colega de redacção do diário anarquista, A Batalha;
Joaquim
Rosado Fernandes
Mário Teixeira Bastos e António Ferro,
casado com a poetisa Fernanda de Castro, que também frequentava o colégio francês.
Mário José Domingues começa por tirar o curso
de comércio. «Torna-se simpatizante do partido republicano e mais tarde do
sidonismo e estado novo, no qual, entre 1933
e 1949 foi dirigente do secretariado da Propaganda Nacional SPN,» chefiado pelo
seu amigo António Ferro. a controvérsia entre autores está entre ser convidado pelo amigo
e o recomendado por António
Salazar, quando ele se manifestou contra o
racismo, exploração e opressão sobre os homens e mulheres sobre a dominação colonial. António Salazar,
não gostou e mandou-o calar.
Mário José Domingues com o curso
comercial iniciou a sua vida profissional em 1910, como ajudante de guarda-livros
casou duas vezes com mulheres brancas. a primeira esposa foi a professora primaria Maria Amália Freire Nunes Pimentel (Domingues), com quem teve
dois filhos. A segunda esposa foi Maria da Conceição Garcia, do qual nasceu um
filho e uma filha que faleceu de meningite em criança.
António
Pimentel Domingues (Lisboa, 1 de Novembro
de 1921 — Lisboa, 14 de Agosto de 2004) pintor, artista gráfico, professor de serigrafia
na escola António Arroio artes gráficas, e militante do P.C.P. a partir de 1946, era filho do primeiro casamento. Os
livros editados pelo seu pai – editorial Globo- têm as capas por si coloridas.