Poço do Gato / N.17
O Poço do Gato situasse junto á
transversal do caminho vicinal para Candosa na estrada N17, antiga estrada Real,
que vai de Coimbra á fronteira Espanhola, construída a partir de 1868.
As estradas em Portugal ficam sob a «
administração de estradas e de turismo » a partir de 17 de Outubro de 1920.
As
estradas tinham junto a ela um abrigo para os cantoneiros de conservação, de um
cantão com 4 quilómetros, chefiado por um cabo e por um chefe de cantões e seis
a nove cantoneiros que recebiam o ordenado à quinzena, comparado ao da jorna do
agricultor:
Faziam a Limpeza da lama para não humedecer
o pavimento e para que a brita não se enterrasse.
O início de 1894 foi reduzido as despesas públicas,
e ao fim de dois anos algumas estradas já se encontravam em ruina.
Sabemos da existência da Administração de
cantões e depósitos de materiais entre 4 a 5 quilómetros de distância umas das
outras…
A estrada do Poço do Gato tinha três cantões,
Espariz, Venda do Porco, e Administração com depósitos de materiais na Venda de
Galizes.
O
meu tio Adelino nascido em 1929, testemunha os finais dos anos trinta,
quando já estavam quase extinguidos pela expansão agrícola, declínio
do seu habitat e atropelamentos das viaturas que começaram a circular na
estrada em 1930:
«O
gato ou lince ibérico. Praticamente só eram vistos aos crepusculares-nocturnos ou
ao encerrar do dia. Durante o dia refugia-se em buracos de árvores, fendas nas
rochas e em tocas abandonadas de texugo, raposa ou coelho.
Os meses quentes de Verão podiam ser vistos ao
ar livre, procurando o fresco e o refúgio que a floresta lhe oferece.
Havia quem disssesse ser mais plausível no local ter havido um algar(a)
(a)
Poço ou abismo natural, originado pela acção
mecânica das águas, ou aberto a partir de uma caverna, pela acção dissolvente
da água nos terrenos calcários.
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