domingo, 19 de junho de 2022

Provedores/Provedorias dos Defuntos e Ausentes

 

 Provedores/Provedorias dos Defuntos e Ausentes

  A Provedoria dos Defuntos e Ausentes em Portugal foi  criada em 1588 com a função de arrecadar, administrar e conhecer todas as causas referentes aos bens dos defuntos e ausentes que não deixassem procuradores nomeados em seus testamentos.

 As repartições de Provedoria contavam com provedor, tesoureiro e escrivão. Em Lisboa, existia o cargo de tesoureiro-geral, que deveria tomar as contas das provedorias de todo o Reino e domínios, ficando a Mesa da Consciência e Ordens encarregada da tutela desses órgãos. O cargo de provedor dos Defuntos e Ausentes era uma categoria de administrador. A Provedorias da administração real era constituída por provedores nomeados pelo rei.

  Os provedores, como um todo, acumulavam uma variada gama de atribuições. A tutela dos interesses dos titulares que não estivessem em condições de administrá-los, como os defuntos, ausentes, órfãos, cativos, ou instituições como confrarias, capelas, hospitais, capitães, mestres, pilotos em viagem e os defuntos ordens religiosas. 

Verificavam os livros dos arrendamentos reais ao cuidado dos almoxarifes e recebedores.

         Quanto aos ausentes, cabia ao provedor administrar seus bens e entregá-los a quem os reclamasse, dando apelação e agravo para a justiça ordinária.

          Quanto aos ausentes, cabia ao provedor administrar seus bens e entregá-los a quem os reclamasse, dando apelação e agravo para a justiça ordinária.

 No caso dos órfãos, superintendiam  a administração dos seus bens  assim como os   juízes dos órfãos,  que tinham  jurisdição numa determinada região.   . No que tocava às capelas, hospitais, albergarias e gafarias, supervisionava a sua administração.

         De acordo com o regimento de 1588 , o provedor competia ir à casa da pessoa falecida sem herdeiros para  fazer um  inventário dos bens móveis   com um   tesoureiro e  escrivão.


 Sem me  alongar mais sobre os Provedores dos defuntos,  deixo  os exemplo do Poeta português, Tomás Pinto Brandão (Porto 1664 - 1743)   que teve o ofício de escrivão dos defuntos e ausentes,  que pediu  consentimento régio para  vender o seu  ofício quando  partiu para o Brasil na companhia do poeta e, grande amigo Gregório de Matos.

 Devido à sua irreverência em matéria de religião, foi preso e condenado ao degredo em Angola. Mais tarde casou apaixonado   por uma  sobrinha de uma rainha africana, sem consentimento da sogra, que, veio a contestar  junto do governador.  considerou a sua filha uma vitimado do  exorcismo de  Tomás Pinto Brandão    

 

Foi atraves do prfessor Joel Serrão que em 1976, na vila de Sesimbra,  li um livro de Poesia  de  Tomás Pinto Brandão.  


 

 

 

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