Custódia da Bemposta, Adão Gottlieb Pollet, 1777
Pollet
Pollet é o nome de uma famosa dinastia
de joalheiros, engastadores de pedras preciosas que trabalharam para a Casa
Real.
Na realidade, dois joalheiros
trabalharam sob esse nome, pai e filho, Adão Gottlieb Pollet que aparece com os seus trabalhos de ourives em 1752 e faleceu em 1786) David Ambrósio Pollet (1744-1824),
Pollet pai morre em Fevereiro de 1785, depois
de ter redigido testamento no dia 16 desse mês. Ambrósio Pollet seguiu as
pisadas de seu pai na profissão de ourives do ouro e «engastador de pedraria»,
seria natural ter sido ele a tomar os encargos do progenitor, já que o legítimo
herdeiro e sócio do pai representa a firma Pollet. O apuramento das contas da
casa, à morte de Adão, tinha importância, mesmo do ponto de vista das partilhas
entre irmãos. Coube a Ambrósio Pollet herdar a oficina do pai, mas também os
compromissos financeiros, e como o pai era devedor ao santuário do Senhor Santo
Cristo por via da casa Ribeira Grande teve ele de saldar as dívidas e terminar
a obra que seu pai deixara por finalizar .
Na documentação da casa Pollet,
publicada por Isabel Godinho (Mendonça, 2011), surge, entre a vasta clientela
nobre na qual se incluía o fabrico de «joias esponsalícias para a casa real.
A entrega a Custódia da Bemposta, a 4 de Setembro de
1785 no nome de Luís António Arnaud «na casa do conde
da Ribeira» (procurador e administrador da casa condal) que salda as contas no ano 1786.
Sem comentários:
Enviar um comentário