A
vida sexual - seculo XII a XVII
Em pleno seculo XVII uma mulher podia ser
executada por adultério de um extremo ao outro da Europa. As relações sexuais
fora do matrimónio eram ilegais, e a igreja dedicava um enorme esforço a
perseguir esta prática. Era um rasgo fundamental da civilização cristã que ia
adquirindo sem cessar, desde a antiguidade, cada vez em maior número de casos.
A grande revolução assentou novas bases da
cultura sexual do mundo moderno entre os meados do seculo XVII e durante todo o
seculo XVIII.
A
Grã-Bretanha foi o primeiro país seguindo-se França, alastrando-se por toda a
Europa com uma grande quantidade de filósofos a fazerem a mudança das
mentalidades, ficando só Espanha e
Portugal com as classes mais tímidas quanto às tertúlias sexuais.
Esta
tremenda mudança dá-se com um grande número de crianças concebidas fora do
casamento por mulheres da nobreza que se relacionaram com monarcas e
eclesiásticos, que fez com que se abolisse o castigo imputado ao adultério.
As relações
sexuais com mutuo consentimento entre homens e mulheres passaram a ser uma
questão privada, e fora do alcance da lei.
Os ingleses revolucionaram e difundiram a
liberdade sexual, e vieram de seguida a publicar literatura erótica, e os
pintores começaram-se a pintar corpos nus. Os filósofos e escritores franceses,
Casanova, Marquês do Sade romperam os velhos preconceitos, e os tabus sexuais
dos fr5anceses com escritas e poesias libertinas. Quanto a Espanha, os usos e
costumes amorosos deixaram de ser tao retraídos, pelo que leva a pensar quando
lê-mos alguma da sua literatura e vê-mos quadros desnudados do final do seculo
XVII, mas sempre a mostrarem-se muito reservados. Portugal, era o país mais
fechado. Dominado por um grande contingente de eclesiásticos que condenavam com
o consentimento da monarquia, pouco interessada em assuntos pouco plausíveis. Só
apos do reinado de D. Maria II e seu esposo D. Fernando com uma visão mais
aberta surgem mudanças com novas filosofias e tolerância religiosa. Mudaram os
hábitos, os estigmas históricos e a obrigatoriedade que a mulher era sujeita à
sexualidade atípica dos monarcas vinda desde a antiguidade
Um grande número de personalidades
Britânicas e francesas romperam os preconceitos com as suas preferências sexuais,
e por elas, se converteram em modelos de referência quanto ao colectivo de homossexuais
e libismo, a surgirem a céu aberto à sociedade.
Registaram-se rumores contados por alguns
e agentes de autoridade que
eram silenciados pelo regime do estado que não lhes interessava a divulgação;
por serviçais das grandes famílias reais, e o que nenhum historiador ou
escritor se atrevia a escrever para não ser acusado, começaram a desvendados
factos
conhecidos, e tornaram-se os impulsores da nova corrente de pensamento a
ilustrar à luz o que antes havia sido escondido. Henrique III de Valóis,
Federico III da Rússia, Papa Júlio III, Jacob III de Inglaterra e Cristina da
Suécia, mantiveram relações platónicas abertas com pessoas do mesmo sexo, sem
temor às represálias pela sua elevada posição social.
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