quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A vida sexual - seculo XII a XVII

     Em pleno seculo XVII uma mulher podia ser executada por adultério de um extremo ao outro da Europa. As relações sexuais fora do matrimónio eram ilegais, e a igreja dedicava um enorme esforço a perseguir esta prática. Era um rasgo fundamental da civilização cristã que ia adquirindo sem cessar, desde a antiguidade, cada vez em maior número de casos.
     A grande revolução assentou novas bases da cultura sexual do mundo moderno entre os meados do seculo XVII e durante todo o seculo XVIII.
A Grã-Bretanha foi o primeiro país seguindo-se França, alastrando-se por toda a Europa com uma grande quantidade de filósofos a fazerem a mudança das mentalidades, ficando só Espanha  e Portugal com as classes mais tímidas quanto às tertúlias sexuais.

      Esta tremenda mudança dá-se com um grande número de crianças concebidas fora do casamento por mulheres da nobreza que se relacionaram com monarcas e eclesiásticos, que fez com que se abolisse o castigo imputado ao adultério.
      As relações sexuais com mutuo consentimento entre homens e mulheres passaram a ser uma questão privada, e fora do alcance da lei.
     Os ingleses revolucionaram e difundiram a liberdade sexual, e vieram de seguida a publicar literatura erótica, e os pintores começaram-se a pintar corpos nus. Os filósofos e escritores franceses, Casanova, Marquês do Sade romperam os velhos preconceitos, e os tabus sexuais dos fr5anceses com escritas e poesias libertinas. Quanto a Espanha, os usos e costumes amorosos deixaram de ser tao retraídos, pelo que leva a pensar quando lê-mos alguma da sua literatura e vê-mos quadros desnudados do final do seculo XVII, mas sempre a mostrarem-se muito reservados. Portugal, era o país mais fechado. Dominado por um grande contingente de eclesiásticos que condenavam com o consentimento da monarquia, pouco interessada em assuntos pouco plausíveis. Só apos do reinado de D. Maria II e seu esposo D. Fernando com uma visão mais aberta surgem mudanças com novas filosofias e tolerância religiosa. Mudaram os hábitos, os estigmas históricos e a obrigatoriedade que a mulher era sujeita à sexualidade atípica dos monarcas vinda desde a antiguidade

     Um grande número de personalidades Britânicas e francesas romperam os preconceitos com as suas preferências sexuais, e por elas, se converteram em modelos de referência quanto ao colectivo de homossexuais e libismo, a surgirem a céu aberto à sociedade.
     Registaram-se rumores contados por alguns e agentes de autoridade que eram silenciados pelo regime do estado que não lhes interessava a divulgação; por serviçais das grandes famílias reais, e o que nenhum historiador ou escritor se atrevia a escrever para não ser acusado, começaram a desvendados factos conhecidos, e tornaram-se os impulsores da nova corrente de pensamento a ilustrar à luz o que antes havia sido escondido. Henrique III de Valóis, Federico III da Rússia, Papa Júlio III, Jacob III de Inglaterra e Cristina da Suécia, mantiveram relações platónicas abertas com pessoas do mesmo sexo, sem temor às represálias pela sua elevada posição social.     


Sem comentários:

Enviar um comentário