sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Hábitos primitivos das religiosas




Hábitos primitivos das religiosas pelas “recolhidas” do convento

Túnica e escapulário de burel castanho, com uma insígnia do santíssimo sacramento no peito sobre o coração.
Cordão franciscano á cintura
Toalha branca e véu azul sobre a cabeça

Pertencia ao sumo pontífice dar o aval à construção de Mosteiros e conventos, como aprovar os estatutos das ordens, e nomear os seus fundadores

 Século XVIII – a grande fluxo de mulheres desejosas em abraçar a vida religiosa, chegaram a esperar uma década e mais para professarem e, tomarem o hábito de freiras para seguirem os rigores que a regra da ordem religiosa impunha, cumprindo fielmente todas as obrigações do seu estado. A grande quantidade que ocorria aos conventos para professar, fez com que, as irmãs mais velhas ou as que se sentiam a sua saúde debilitada, nomeavam uma das filhas de um parente interessadas em ocupar o seu lugar depois da sua morte.
Os conventos eram por vezes pequenos ou estavam completamente lotados. O factor principal seria também a incapacidade económica para suportar mais mulheres.
As filhas dos nobres eram as que melhor se instalavam nos conventos com algumas mordomias a exercerem cargos destacados: abadessa ou madre, mestra das noviças e vigária. As mais instruídas, com conhecimento na escrita, de música, e de enfermagem sendo as parteiras da população, tinham uma vida um pouco diferente das suas companheiras recolhidas, não se dedicavam à oração como estava consagrada na regra, por passarem uma parte do tempo fora do convento em assistência ao povo e aos senhores patrocinadores da ordem.

Geralmente a iniciação de um noviciado na ordem corria durante cinco meses, e sempre que uma monja troca-se de ordem tinha que professar de novo.

Documentam-se vários exemplos: senhoras da nobreza, que embora tenham professado na Ordem Terceira Franciscana, e doado alguns dos seus bens, de acordo com os seus esposo, ao Santíssimo sacramento para edificações de mosteiros, conventos, nunca fizeram vida de recolhidas, viveram com a sua família em sua casa, considerada Franciscana secular.
(Ana cordeira - documento das Clarissas do Louriçal)

Quando qualquer mulher entrava num convento, na tomada do hábito adoptava um novo nome, considerado religioso. Normalmente ficava sempre com o seu nome próprio. Havia nomes que sucediam após da morte da anterior titular. Todas exerciam com esmero a sua actividade no coro com o ofício de cantora com a voz lírica harmoniosa, mas a sua profissão religiosa era designada como todas as outras recolhidas no convento, “escrava” do Santíssimo sacramento

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