Sabia
que a expressão “ficar a ver navios” nasceu no Tejo? A história remonta à
primeira invasão francesa, com o general Junot e o seu exército de 35 mil
homens a tentarem chegar a Lisboa. Sem sucesso: o afluente Zêzere, ali para os
lados de Constância, com as suas cheias e pontes destruídas, atrasou-lhes a
missão – que era a de aportarem na capital antes que a família real abandonasse
o país, rumo ao Rio de Janeiro, para ali governar – à distância, mas em
segurança.
Não
conseguiram: a família real partiu a 27 de Novembro de 1807 e Junot só chegou
dois dias depois. E rezam as lendas que ainda vislumbrou as últimas embarcações
a zarparem do Tejo, debaixo do seu nariz, como refere Luís Ribeiro: “O fracasso
de Junot foi alvo de zombaria por parte do povo invadido – começou a dizer-se
pelas ruas da cidade que o general tinha ficado a ver navios”. E assim nascia
uma expressão popular, que perdura até hoje.
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