segunda-feira, 25 de março de 2013

“ficar a ver navios” nasceu no Tejo!


Sabia que a expressão “ficar a ver navios” nasceu no Tejo? A história remonta à primeira invasão francesa, com o general Junot e o seu exército de 35 mil homens a tentarem chegar a Lisboa. Sem sucesso: o afluente Zêzere, ali para os lados de Constância, com as suas cheias e pontes destruídas, atrasou-lhes a missão – que era a de aportarem na capital antes que a família real abandonasse o país, rumo ao Rio de Janeiro, para ali governar – à distância, mas em segurança.


Não conseguiram: a família real partiu a 27 de Novembro de 1807 e Junot só chegou dois dias depois. E rezam as lendas que ainda vislumbrou as últimas embarcações a zarparem do Tejo, debaixo do seu nariz, como refere Luís Ribeiro: “O fracasso de Junot foi alvo de zombaria por parte do povo invadido – começou a dizer-se pelas ruas da cidade que o general tinha ficado a ver navios”. E assim nascia uma expressão popular, que perdura até hoje.

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