O Emigrante Europeu em Nova Amesterdan
As
viagens ao continente americano começaram praticamente desde o tempo dos
descobrimentos, com soldados, clérigos e marinheiros, que não tinham condições
dignas de prosperarem no velho continente cheio de feudalismo. Mas a classe
media pouco favorecidas, senhores com pouca reputação social, e que atraíram
por um sonho de explorarem ninas de prata e ouro e exploração de terras de
cultivo.
Gente
com pouco estatuto na Europa que mais tarde vieram a ter o gozo através do
êxito do trabalho dos seus súbditos nativos. Com a abolição da escravatura,
veio a mão-de-obra paga não parou a economia, pelo contrário, melhorou o estilo
de vida de todos os que anteriormente viveram debaixo do mando dos capatazes
que os exploravam, abusivo com a afeição latida.
Como
se sabe através do que conta a história “ durante os seculos a emigração ocupou
toda a América com portugueses e Espanhóis, cada um nas suas colonias, e que
fez a explosão demográfica e criou a modernização dos territórios.
Uma
das causas mais tarde reconhecidas, foi a redução da mortalidade e a explosão
da natalidade apesar de haver algumas doenças tropicais.
O
emigrante na normalidade tinha sempre menos de 40 anos, geralmente solteiro,
quando casado, depois de ter emigrado raramente voltava ao seu seio familiar.
Os primeiros tempos, todos partiam com o desejo de voltar ou de fazer com que a
família fosse ao seu encontro. Partilhavam correspondência, fotos e mandavam
dinheiro. Mas o tempo fazia com que as missivas fossem cada vez mais escassas,
de longe-a-longe omitiam nas suas cartas êxitos e penúrias. Muitos homens
constituíram novas famílias e deixaram esfriar o seu casamento sem notícias do
seu paradeiro, outros, caídos na desgraça não escreviam por vergonha, apesar de
também não conseguirem reunir dinheiro para poderem regressar ao país de
origem. Mas também houve não regressa-se para que não soubessem do seu
fracasso.
Existem varias versões com estas afirmações,
na qual uma de um Galego que dizia: “elas suelem quedarse en su tierra, en
Galicia, se las llama viudas de vivos. Y en
pocas ocasiones tienem hijos ilegítimos
durante la eterna ausência de sus maridos” estes homens mantiveram as
suas raízes fundamentais vivas, mas o seu silencio com as suas famílias,
separando-se dela para sempre.
Muitas
cartas não eram reclamadas pelos destinatários, os que morriam ou esqueciam a
família, e os que não sabiam ler nem tinham a quem dar a ler as suas cartas.
Entre outras histórias, uma dela passada com um asturiano a viver na argentina.
Narrou para uma sua conterrânea quase indigente dez anos depois de chegar
aquele país. “ Sacou de um monte de cartas de Espanha ainda por abrir, e pediu
para que ela as lesse. Eram da sua mulher, e das suas irmãs, que contavam a sua
vida de miséria e pediam ajuda.
Muitos das realidades eram surpreendentes;
quando emigraram viajaram em 3º classe e regressaram em 1º classe no navio que
os transportava. Estes, restauraram igrejas e fundaram hospitais.
Quando
emigraram não passavam de labregos e analfabetos e regressaram como
empresários-comerciantes com grandes conhecimentos contabilísticos, não só
porque tinham aprendido a ler e a escrever como se qualificaram á medida de
inovação. Tiveram o conhecimento da história, geologia e geografia, e o
espirito inovador do modernismo. Partilharam com outras ideias em comunidade,
que mais tarde serviu para modernizar a agricultura, que veio a ajudar as novas
gerações ao desenvolvimento económico. Só os conflitos e as guerras dariam o
traste do atraso e da efémera prosperidade.
II
No século XVII a América do Norte era um território selvagem, em disputa pelas potências mercantilistas. Os indígenas, verdadeiros donos da terra, eram caçados, mas resistiam bravamente contra franceses, espanhóis, ingleses e holandeses. Esses últimos fundaram um povoado ao qual chamaram Nova Amsterdã num interessante porto natural que fica no nordeste dos atuais Estados Unidos. Em 1640 contava com quase 300 habitantes, contingente insuficiente para resistir às investidas dos índios de Lenape. A solução foi construir uma muralha no melhor (pior) estilo medieval ao redor do povoado. Além de não deixar os índios entrarem, o muro servia para não deixar os escravos saírem. O muro de madeira e terra era impenetrável para as lanças e flechas dos nativos, mas não seria o suficiente para conter os ingleses, que chegaram pelo mar com armas de fogo tão poderosas ou mais que a dos mercadores de Nova Amsterdãn. Expulsos os holandeses, os ingleses criaram uma nova vila em cima e ao redor da cidadela e rebaptizaram o lugar com o nome de Nova Iorque.
"A Queda de Nova Amsterdã" |
Junto à muralha, abriram uma importante via que desde aquela época tinha por vocação ser centro de trocas e negociações, a Rua do Muro, em inglês Wall Street. Como os indígenas já tinham sido pacificados (isso é, expulsos e exterminados), o muro foi derrubado e a rua ficou e ao longo dos séculos foi palco de importantes acontecimentos históricos.
No fim do século XVIII, quando os descendentes dos colonos resolveram se libertar dos grilhões (e dos impostos, principalmente) pagos à coroa britânica, fundando a independente confederação a qual chamaram Estados Unidos da América (que à época eram apenas 13 colônias na costa leste do atual império), Nova Iorque se tornou a primeira capital do jovem e inspirador país. Na Rua do Muro, número 26, George Washington (o tiozinho de peruca na nota de um dólar) toma posse como primeiro presidente dos EUA em 1789.
Wall Street era o centro da política e dos negócios do novo país. Ali, no meio da rua mesmo, os homens se juntavam para combinar novas empreitadas e investimentos conjuntos, além de vender e comprar participações em empresas de negócios diversos. Era uma efervescência. Três anos depois da posse de Washington, de baixo de uma árvore que ficava em frente ao número 68 da Rua do Muro, 24 homens de negócios resolveram organizar as coisas por ali, redigindo tarifas e regras para os negócios de parcelas de empresas. Nascia a Bolsa de Valores de Nova Iorque, que em pouco tempo ganharia um edifício sede na mesma rua, onde até hoje é o endereço preferido dos principais bancos americanos.
Os estadunidenses construíram posteriormente uma outra cidade, Washington, para ser a sede do seu governo, mas, de fato, Wall Street nunca deixou de ser a sede do poder daquele país. As decisões de deputados, senadores, juízes e presidentes em Washington sempre estiveram submetidas aos interesses dos bancos e dos capitalistas mais ricos da famosa rua de Nova Iorque. O sistema político permitiu que o poder económico permanecesse sendo o poder de fato, tanto via financiamento de campanha, quanto por meio de lobby, chantagem e especulação.
George Washington toma posse como primeiro] presidente dos EUA em Wall Street |
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