quarta-feira, 11 de maio de 2022

António Goncalves. Mattoso

 

 António Gonçalves Mattoso

 


      António Gonçalves Mattoso, nasceu em Vila Cova de Alva, Arganil, em 1895 e faleceu em Lisboa, em 1975. Foi seminarista e veio a Licenciar-se em Direito por Coimbra e, por influência do pedagogo João Soares (pai de Mário Soares) obtivera em Leiria o primeiro emprego, como funcionário do  Banco Nacional Ultramarino, em Leiria.  Nesta cidade casou e teve os seus oito filhos,  cinco rapazes e três raparigas.

         António Goncalves. Mattoso tornou-se professor de história na Escola Industrial de Leiria, e mais tarde historiador. É o primeiro director da Escola Técnica Elementar de Eugénio dos Santos, em Lisboa.

   Tornou-se uma figura de referência da historiografia e do ensino da História como autor de manuais de História para o ensino liceal, durante várias décadas, desde 1938.

         Monárquico convicto e, ao ser aluno Salazar, foi seu admirador. Era irmão de um pároco e sua esposa era sobrinha do bispo da Guarda, José Alves Mattoso, nascido em Coja, (18 de Fevereiro de 1860 -- 1 de Fevereiro de 1952).  Pai do Historiador, José Mattoso (Frei José de Santa Escolástica Mattoso) nasceu em Leiria, em 22 de Janeiro de 1933. Entrou na Ordem dos beneditinos aos 17 anos, passando a viver no mosteiro de Singeverga. Licenciou-se e doutorou-se (1966) em Ciências Históricas na Universidade Católica de Lovaina. Deixou a ordem religiosa em 1968, passou ao estado laical mas nunca perdeu a vocação e o hábito da vida contemplativa. José João da Conceição Gonçalves Mattoso casou-se  e  tem três filhos.

   Cunhado do pintor Lino António da Conceição (Leiria, 26 de Novembro de 1898 — Lisboa, 23 de Outubro de 1974) O meu padrinho de baptismo de Jose Mattoso ,  irmão da sua  mãe, foi um  artista reconhecido.   Faleceu vítima de um acidente vascular, quando se encontrava a trabalhar.

           António Goncalves. Mattoso em 1946, mudou-se a família para a capital passou a trabalhar num projecto de escola experimental ligado ao Ministério da Educação. António Mattoso tornar-se-ia mais tarde bem conhecido por sucessivas gerações de estudantes portugueses, como autor dos três tomos do Compêndio de História Universal, livro único para o 2° ciclo liceal; o compêndio de História de Portugal, que conheceu 11 edições, em 11 anos, entre 1938 e 1949; o Compêndio de História Universal, publicado pela primeira vez também em 1938, foi reeditado 9 vezes, até 1967; a História da Civilização, editada 12 vezes, desde 1938 até 1964. Destacam-se ainda, na sua produção bibliográfica os títulos História de Portugal, Erros de História: resposta a um crítico, Compêndio de Geografia Económica.

      O interesse pelo estudo, pela leitura e pela escrita levaram-no a desenvolver também o gosto pelos livros, comum a todos os homens de cultura, tendo constituído uma biblioteca pessoal de 8500 livros raros e de valor.

 

    Segunda conta o seu filho: -o meu pai admirava Salazar como homem excepcionalmente inteligente e um grande político, mas desagradavam-lhe a sua frieza e o carácter implacável, manifestado nos exames, na maneira como interrogava os alunos. O meu pai ficou-lhe com um certo medo; de vez em quando sonhava com Salazar, e isso para ele era um pesadelo.

 

 

 

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