terça-feira, 28 de junho de 2022

Asilos

 

Asilos / Mercearia

 


       O primeiro asilo para órfãos e enjeitados foi criado pela rainha D. Brites, mulher de D. Afonso III, antes de 1330, denominado Hospital dos Meninos, situado na Mouraria, perto da actual Capela de Nossa Senhora da Saúde.

 

       A instituição asilo, era designada por mercearia (séculos XIII-XV). O asilo mais antigo de Portugal foi criado pelo o Bispo D. Domingos Jardo, Chanceler-mor do rei D. Dinis em 1284, na cidade de Lisboa no Hospital de S. Paulo, Hospital S. Clemente e hospital de Santo Elói, onde se situou o quartel da Guarda Republicana, no Largo dos Lóios.

Os hospitais surgiram no  século XIV ; os recolhimentos no século XVI-XVIII.

 

       No século XVI, foram estabelecidos as instituições do Criandario e a casa da Roda na Rua da Betesga; o recolhimento para donzelas órfãs, dirigida por D. Antónia de Castro, próximo da igreja da Misericórdia. Os estabelecimentos pertenciam ao Hospital de Todos-os-Santos.

 

       No século XIX generalizaram-se os asilos. O monarca  D. Pedro IV estabeleceu o primeiro Asilo da Infância desvalida para crianças com menos de sete anos, em 1834, semelhantes às Salles d’Asyle parisienses – considerado  antecessoras dos actuais infantários.

          O asilo era um estabelecimento que recolhia e educava crianças, mendigos e inválidos. Hoje em dia, o termo é conotado com a terceira idade, mas durante muitos séculos foi entendido como instituição de assistência, de caridade, referindo-se aos estabelecimentos hospitalares que recebiam os que não tinham lar, crianças e idosos, pessoas com doenças incuráveis, órfãos e viúvas.

 Convento de Santo António do Capuchos com « Asilo da Mendicidade»  que  funcionou de 1836 até 1928, quando foi transformado em hospital dos tuberculosos.

  Convento do Rato, Asilo da Nossa Senhora da Conceição, aberto em 1871. Recolhia raparigas abandonadas que obtinham o ensino básico, e aprendiam as tarefas domésticas, que eram recrutadas para criadas de servir. A partir de 1911 Só podiam sair com catorze anos e com a 2.ª classe.

 

O asilo das Irmãzinhas dos Pobres de Campolide para a vida dos idosos com um funcionamento muito rigoroso. os idosos eram obrigados a  levantarem-se  muito cedo, hora em que o sol nasce,( cerca de 5 ou 6 horas  da manhã)para   rezarem  Laudes.    Aquando da instauração da República as Irmãzinhas dos Pobres foram expulsas de Portugal (1911) e  o  Asilo passou a depender da Provedoria Central da Assistência aos idosos, que comiam, bebiam, dormiam e passeavam. As senhoras podiam usar rapé e os homens tabaco. Podiam dormir mais tempo, e não tinham horário rígido para rezar.

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