quarta-feira, 26 de junho de 2013

Topónimos Actuais

 Topónimos Actuais

     Os nomes topónimos actuais vieram com a evolução semântica das palavras, e com a origem da forma clássica do vocábulo arcaico.
     Embora muitas vezes os vestígios arqueológicos não permitam concluir a origem para que se faça a semelhança do que sucedeu no outrora, surgem um elevado numero de topónimos. Cada um revela a sua versão fantasiosa que nos leva a excluir a possibilidade da verdadeira designação.
     Os nomes, topónimos actuais, apareceram com a evolução da semântica das palavras, com a origem clássica do vocábulo arcaico.
     Embora não exista explicação plausível para a origem do nome de certas localidades, há quem opine, embora com pouca convicção. Tudo se relaciona com vocábulo arcaico com varias interpretações, em termos latinos e árabes. Entre várias hipóteses existe a mais provável, que sustenta a designação mais credível.
     A origem dos topónimos possivelmente pudera sido todavia outros.
     Segundo, existem muitos estudiosos e várias versões, todas elas a sintonizarem-se por diferentes vocábulos e suas teses, argumentadas pelo estudo de documentos com origens e designações de topónimos em galo-celta, árabe e latim. A maioria remete a origem dos topónimos para a presença romana, defendendo as versões vindas do vocábulo do latim, mas há quem discorde dos seus antropónimos e os considere fito topónimos. Quanto a outros investigadores continuam sem saberem dar resposta consensual, deixando a lendas descreverem-se por si.
       Uma grande parte das actuais cidades teria sido anteriormente povoadas com fortificações pré-históricas, romanizadas, sucessivamente ocupadas pelos visigóticos, árabes, mais tarde acastelados e circunvizinhados por judeus e moçárabes.
     A actual cidade de Seia, documentada fundada há 2400 anos pelos túrdulos sob a dominação de “ Oppidum Sena” que na reconquista cristã passou a chamar-se “Civitatem Senam.” Fundada por pastores vindos do norte da europa em direcção ao sul, que procuravam um lugar com bom pasto para se fixarem com os seus rebanhos e suas famílias. Faziam-se crer de um mito que, os Deuses conduziam os seus animais até que eles decidissem parar. E este lugar seria o escolhido. Com o ajuntamento de muitas famílias no mesmo lugar veio a constituição de “ Oppidum Sena.”



     Podem-se ver em vários documentos antigos –“pesquisadores procuravam o melhor lugar para assentar a construção de um mosteiro ou castelo. Escolhiam um lugar favorável aos seus augúrios, e lançavam os seus fundamentos: ” os castelos eram construídos em lugares de difícil acesso, a permitir a defesa e o espaço aberto de vigia ao horizonte.
     Avis, foi escolhido por terem sido encontradas duas aguias sobre uma azinheira. O primeiro edifício a ser edificado era uma torre muito elevada, a alcáçova, - o único reduto de resistência mesmo da seguintes construções, as muralhas à sua volta.
     Em certas localidades das províncias da Beira, aparecem desígnios de corvos gravados em pedra, e pelo estudo, aquelas aves que ali teriam existido eram consideradas pássaros divinos. O corvo era uma ave profética sagrada – símbolo, segundo as crenças antigas, “de um mau agoiro, que pressentiam a morte e a transmitiam com o seu gosmar.”

Muitos nomes provêm de forma genitiva antemedieval, do antropónimo germânio, como Sesmordi para Sermonde

Topónimos      – nome de uma localidade
Étimo              – palavra considerada como origem de outra
Fito topónimo – propósito que se pensa do nome de uma localidade
Homónimos    – o que tem o mesmo nome
Antropónimos - nome próprio, sobrenome ou apelido

Frádigas – (freguesia. De Vide conselho De Seia) - um povoado que suscita muita polemica quanto a várias interpretações…
Topónimo associado a “Frádiques”  - povoação ou local  pertencente a uma comuna  de frades. Mas há quem remeta para a existência de fragas: rocha escarpada, penhasco, rochedo, e superfície pedregosa com altos e baixos. Não ficando por essas possibilidades, porque, pode-se também associar a “aforádigas”- vocábulo do português arcaico, que é um lugar com a concepção de uso e fruto de propriedade por longo prazo mediante de uma renda paga através de” lagarádigas” produtos vinícolas, ou “eirádigas” produtos de cultura, renda abolida no seculo XVII.

Sesimbra- há quem defenda que a designação Sesimbra, provem de Zambra de origem romana, mas os estudiosos recuaram mais no tempo, e afirmam que o nome primitivo “Sesimbrigue” de origem Celta Zimbro-celtibera ou caspiana numa grafia geográfica ptolemaica que se situava estendida alem da periferia da serra da Arrábida. Que se tornou a tese mais provável, escrita num documento do seculo IV a referir pela primeira vez “Ceupsi briga” ou “Censi briga” de origem celta, o burgo de Cempsos que, de origem celta. Chegando aos tempos de hoje através de vários vocábulos a Sesimbra. - Segundo Carlos Tavares da Silva, encontrou e registou material do Outeiro Redondo em Sesimbra, sugerindo um período de ocupação situado cronologicamente por volta de 2500/2400 a.C.

     Castelo Mendo – A população que vivia numa povoação de menor altitude, transferiu-se para o Castelo Mendo, pelo ataque de uma praga de formigas. Praga essa que também faz parte das origens lendárias de castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha e Piódão.
     Castelo Novo – conselho do fundão – terá havido um castelo velho a poente  do castelo novo, onde ainda restam vestígios de uma fortificação no alto da serra.

Adicionar legenda


Beja                  – Pax Julia – Latim
Castelo Branco – Castra Leuça, elevada a cidade em 1771 pelo rei D. José que lhe fez a mudança do nome.
Braga                – Bracara Augusta – Latim
Buçaco             – teve varias grafias como Bruzzarcro
Alfarim             – lugar sagrado para mulheres
Alcobaça          – teria sido Alcoboxa em latim e Helcobatie em árabe.
Benquerenças – lugar defensor dos fracos e dos pobres perante os poderosos
Castelo Viegas, como tudo indica, provém da existência de um castelo antiguíssimo do seculo XII pertencente a Salvador Viegas.

     No entanto, o topónimo «Granja», segundo Almeida Fernandes, apenas terá começado a ser utilizado em Portugal aquando da entrada da Ordem de Cister em Portugal – primeiro em Tarouca entre 1138 e 1143, e depois em São Pedro das Águias, tratando-se pois de um topónimo de origem monástica referente ao latino «granu-», adaptado para a língua franco-francesa, e que designa as quintas fundadas dentro dos coutos dos mosteiros de Cister.

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