quinta-feira, 28 de abril de 2022

O mosteiro de Midões foi ficção ou realidade ?


 

  O mosteiro de Midões foi ficção ou realidade ?

surge uma referência ao Mosteiro de Speraindeo no  coutamento de Midonis  em  1133 promovido por D. Afonso Henriques em favor do Mosteiro de Lorvão.

     É muito provável que nesse época  tivessem existido um mosteiro no termo de Midões.   Admite-se, como crível, a existência de um mosteiro no lugar do Esporão,  (arrabalde da Vila de Speraindeo)O mosteiro de Midões foi ficção ou realidade?

  surge uma referência ao Mosteiro de Speraindeo no  coutamento de Midonis  em  1133 promovido por D. Afonso Henriques em favor do Mosteiro de Lorvão,     É muito provável que nesse época  tivessem existido um mosteiro no termo de Midões.   Admite-se, como crível, a existência de um mosteiro no lugar  de Speraindeo( arrabalde do Esporão).

Agiologio Lusitano, designa, a proximidade do lugar do Couto e da Serra da Estrela, «a existência do convento de Midões, com a invocação de Nossa Senhora do Couto, fundado em 1539, por Maria Borges, moradora na Rua Nova de Lisboa.»

     No meu entender «O que se escreve,  sobre o convento de Midões assenta numa forte tradição oral de uma comunidade que habita o local e, nele reconstituíram um lugar de grande importância. Camilo Castelo Branco descreve a eventual existência de um cenóbio do «Santo de Midões», integrado a colectânea Quatro horas inocentes (Lisboa, 1872).     As visões místicas do capelão António da Fonseca, no ano de 1648, de cuja inspiração resultou a fundação da congregação feminina, em número de 13 freiras. O romance caracteriza o processo de selecção das Religiosas por noviças, escolhidos entre anata da fidalguia da região (Midões, Tábua e Bobadela),denunciando o comportamento desviante do fundador da congregação.

      Uma das religiosas, é identificada pelo nome de D. Helena Pereira, filha de Gonçalo Pereira de Midões, a denunciar as gravidezes das monjas como não sendo obra divina.         Camilo Castelo Branco refere o padre António da Fonseca como sendo o capelão fundador e principal responsável pela extinção do mosteiro de Midões.» Relata Camilo Castelo Branco com fina ironia: «o Santo de Midões». É Julgado pelo Santo Ofício de Coimbra!

        A santa inquisição ouviu Santo António de Midões e admoestou-o três vezes para confessar tudo (...) Por final, os juízes condena o padre António apagar as custas do processo. Não poder confessar, a não dizer missa, a não trabalhar, a não sair de casa, a comer, beber, dormir, e vestir à sua custa.  - só podeserirónivo!

Na ausência de certezas sobre a história do mosteiro de Midões torna-se extremamente difícil relaciona-lo com o que vem mencionado no testamento medieval de D. Muna ao Mosteiro de Lorvão, no ano de 951-955.

       O escritor Camilo Castelo Branco diz que teve acesso à  copia da sentença  da condenação do clérigo de Midões em  1809,  e recolhido a  opinião impressa.  Porém, se levarmos o romance em consideração, e  a tradição local,  temos que admitir  a existência de uma casa de recolhimento   em Midões, extinta nos finais do séc. XVII. Desconhecendo-se qualquer referência da existência de qualquer mosteiro ou regra monástica. Podemos admitir a fundação de uma casa de recolhimento pela  Maria Borges, moradora na Rua Nova de Lisboa,» que não necessitava de provisão régia e episcopal, com D. Helena Pereira, filha de filha de Gonçalo Pereira de Midões na sua administração.  

 O mosteiro de Midões foi ficção ou realidade ?

O enigma do mosteiro de Midões éO enigma do mosteiro de Midões é complementado com um romance. 

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